Esconda a chave

Brasília – Rogério Rosso é o novo governador do Distrito Federal. Não tem ficha suja.Não responde a qualquer processo e nunca foi acusado de corrupção. Nos último 20 anos Brasília só viu um cidadão entrar e sair do governo sem o nome sujo. Foi o hoje senador Cristóvam Buarque. Desde que José Sarney nomeou o fazendeiro Joaquim Roriz para governar a capital do país, implantou-se aqui uma verdadeira cleptocracia. Nunca na história deste país se viu tanta corrupção e tanta impunidade. E tudo com o aplauso dos cidadãos, que, mesmo sabendo quem era quem, elegiam e reelegiam aqueles que saqueavam o seu próprio dinheiro. Ninguém foi punido. Nem pela Justiça nem pelo eleitor. Roriz jamais foi condenado a pelo menos pagar uma cesta básica para uma instituição de caridade. Pelo contrário, os cidadãos de Brasília o elegeram Senador, com votação consagradora. Renunciou aos oito anos de mandato para não ser cassado por corrupção, depois de apanhado numa mutreta. Agora é candidato a governador de novo. Com muita chance de se eleger. Arruda, que chefiou a última quadrilha no saque dos cofres da capital, , não sofreu qualquer punição pela roubalheira. Perdeu o mandato porque se desfiliou do partido. E não foi para cadeia por roubo, mas por pressionar testemunhas que deporiam contra ele na Justiça. Agora o jovem Rosso chega ao Palácio Buriti. Tem tudo para sair como entrou, com a ficha limpa. Só depende dele. Não é um ignaro que precise de conselhos. Mas deve prestar atenção a um sinal de alerta: a primeira coisa que deve fazer é se livrar das más companhias. Pois os 13 votos que lhe garantiram a eleição, oito foram dos deputados envolvidos nos escândalos de corrupção que enlamearam o Distrito Federal nos últimos. E para esse pessoal voto é investimento que tem que dar lucro. E vai cobrar muito caro. É bom fechar logo o cofre e esconder as chaves.

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Discreta

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Deve ser bem menos difícil para o companheiro vereador que deu o título de cidadã de Fortaleza à ex-ministra companheira Dilma Roussef arranjar um motivo para a homenagem do que para o presidente Lula apontar algo que justifique a condecoração de dona Maria Letícia Lula da Silva com a medalha da Ordem do Rio Branco.

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Sem teto

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A companheira Dilma Roussef já deixou a luxuosa mansão em que morava de graça na Península dos Ministros para ocupar outra casa de luxo no lago sul, desta feita paga pelo PT. O ex-ministro Patrus Ananias também perdeu o apartamento que ocupava, sem pagar nada, na asa norte, aqui em Brasília.  

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Aí rodam.

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A frota de carros usada pela Policia Federal para garantir a segurança de Lurian, a filha mais velha do presidente Lula em Santa Catarina, comprou gasolina suficiente para rodar pelo menos 250 mil quilômetros nos próximos meses. Dá para fazer quatro viagens em torno do planeta ou para percorrer dois terços da distancia entre a terra e a lua. E, quem sabe, achar os bandidos que assaltaram a casa da primogênita, que não devem estar tão longe.

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Obra farta

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O senador Romero Jucá, líder do governo no Senado, está matando cachorro a grito para se reeleger lá em Roraima. Mesmo que não consiga, pode se considerar realizado pela copiosa obra que produziu em oito anos de tribuna. O contribuinte já pagou a impressão de nada menos que 38 volumes contendo pronunciamentos de sua excelência na tribuna. Isso sem se falar em duas dezenas de outras publicações.

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Tinha resolvido

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Com os R$ 200 milhões que liberou para ajudar a socorrer as vitimas da calamidade provocada pelas chuvas nos morros do Rio, o governo federal poderia ter construído 10 mil casas populares e abrigado todas as famílias que vivem nas favelas atingidas. O desastre seria evitado e centenas de pessoas não teriam morrido soterradas. Como sempre, chegou atrasado.  

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Mais dois

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Mal o presidente Lula assinou a nomeação do desembargados Raul Araújo Filho para o Superior Tribunal de Justiça e já surgem mais duas vagas naquela corte para ele preencher. Aposentaram-se os ministros Fernando Gonçalves e Nilson Vital Naves.

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Boa, pero no mucho

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O saudoso Alziro Zarur da sopa dos pobres vai tremer no túmulo quando souber que o Ministério Público da União instaurou um inquérito civil público para apurar denúncias de violações dos direitos fundamentais dos empregados pela Legião da Boa Vontade, no Rio de Janeiro.

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por Rangel Cavalcante

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