31 de julho de 2025

Ainda as FF.AA

A coluna de Rangel Cavalcante é publicada todos os domingos aqui e nos "Florida Review" e

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(Brasília-DF)  Foi grande o número de mensagens que recebemos, a maioria de apoio e algumas poucas contrárias – teve até desaforo de general – à atuação das Forças Armadas no combate ao crime organizado e ao trafico de drogas e armas no país. O próprio governo já está inclinado a dar o poder de policia aos nossos militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. Está provado que as policias fracassaram nessa guerra, despreparadas, mal equipadas e infiltradas pelos criminosos. Mas os sinais de que as medidas a serem propostas pelo governo ao Congresso nesse sentido mostram que elas ainda são por demais tímidas e não atingem o objetivo. Pelas declarações do ministro da Defesa, que não é do ramo, as Forças Armadas atuariam apenas como uma espécie de suplente das policiais estaduais e federal. Segundo ele, a Aeronáutica e a Marinha poderiam atuar como policia nas regiões de fronteira, podendo prender e fazer o flagrante, “se por acaso não tiver nenhum policial civil ou federal”. Ora, o que o país precisa é de uma ação completa e eficiente, que no momento só as Forças Armadas podem assegurar. Para constatar isso basta dizer que nos últimos tempos intensificam-se as ofensivas policiais nos morros e favelas do Rio de Janeiro e, apesar disso, a violência e a criminalidade aumentaram de forma galopante. Todo dia morre gente baleada nos confrontos - a maioria pessoas inocentes ou bandidos de quinta categoria. Nenhum chefão é preso ou morto. E o tráfico de armas e de drogas – especialmente do crack – crescem assustadoramente. Mas não é só botar as FFAA na luta. É preciso que o Estado ocupe os espaços por elas abertos e limpos. De nada adianta uma grande operação se logo depois os morros e favelas ficam ao abandono do poder público. Lembra bem o coronel Paulo Castelo Branco de quando o Exército ocupou o complexo do Alemão, no Rio, e fez uma limpeza geral, sem matar ou ferir ninguém. Ao deixar o local, ficou no alto do morro apenas a bandeira brasileira. O resto, um vazio que o Estado deixou de ocupar com escolas, delegacias, postos de saúde, áreas de lazer, creches etc. Aí os bandidos voltaram e tomaram tudo de novo. Vale repetir sempre que estamos na verdade diante de uma guerra, uma invasão externa de um inimigo quase invisível que atravessa as nossas fronteiras com os mais terríveis meios de destruição, as armas e as drogas.
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A 13a.
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A Caixa Econômica inovou mais uma vez. No acordo salarial que firmou com os seus funcionários, além das dezenas de vantagens concedidas, criou uma nova regalia para o pessoal: a 13ª. Cesta Alimentação, que se acopla ao 13º salário da turma.
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Mérito
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A TAF, a empresa cearense de aviação do nosso comandante Ariston, ganhou o selo de “Organização Parceira do Transplante”, conferido pelo ministério da Saúde, por relevantes serviços prestados no transporte gratuito de órgãos, tecidos ou parte do corpo humano para fins de transplantes.
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Visitinha
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Parece que já está na hora de o rei Juan Carlos, da Espanha, fazer uma visitinha ao Brasil.
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Contra a fome
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O governo decidiu dar apoio firme e destinar uma grana preta a um novo programa para a erradicação da fome em todo o país até o ano 2025. Em El Salvador.
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Besteira
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Digna do festival de besteiras que assolava o país nos tempos do Stanislaw Ponte Preta a mais nova lei emanada do nosso laborioso Congresso Nacional e sancionada pelo cara, instituindo o 6 de junho como o “Dia Nacional da Luta Contra as Queimaduras”.Além de queimado, o sujeito ainda vai apanhar.
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por Rangel Cavalcante