Chamem as Forças Armandas
A coluna de Rangel Cavalcante é publicada todos os domingos aqui e nos "Florida Review" e
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( Brasília-DF) O governo precisa se convencer de que está perdendo a guerra contra o crime em todo o país e que jamais conseguirá vencê-la com os métodos e instrumentos de combate que vem usando, sem sucesso. Do jeito que as coisas estão sendo conduzidas, quanto mais policia nas favelas e morros, mais tiroteio, mais inocentes mortos, maior a escalada da violência. Já está provado e comprovado que as nossas polícias não têm condições de ganhar esse jogo. Mal equipadas, mal treinadas, com equipamentos e armas inferiores em muitos casos aos dos bandidos, sem um eficiente serviço de inteligência e infiltradas pelos agentes do tráfico e do crime organizado, elas já comprovaram a sua impotência diante do poder de fogo do inimigo. Já está na hora de os nossos governantes deixarem de lado os discursos e partirem para o xeque-mate contra o banditismo. E isso só será feito na hora em que as Forças Armadas entrarem de rijo na guerra. É preciso por de lado essa história de que o combate ao crime interno não é função constitucional dos nossos Exercito, Marinha e Aeronáutica. Isso é conversa mole, se levarmos em conta que todo dia mudam a Constituição e as leis para criar privilégios, suprimir direitos dos cidadãos, ampliar impunidades e para tudo quanto é casuísmo, muitos deles violando princípios tidos como imutáveis pela própria Carta. Por que então não mudar para salvar do país dessa que é a maior das ameaças dos últimos cem anos à segurança dos nossos cidadãos e apropria ordem pública? É preciso que se tenha consciência de que a luta contra o tráfico e o crime organizado deixou de ser uma guerra interna. Ela é realmente uma invasão externa, já que vem de fora a droga, epicentro de todo o problema. O tráfico é internacional. Diante da heróica resistência dos que acham que forças armadas só servem para desfilar no Sete de Setembro, vale perguntar por que os nossos soldados do Exército, da Marinha e da Aeronáutica podem atuar no combate ao crime no Haiti – e com invejável êxito – mas não podem fazer a mesma coisa aqui no Brasil? Lá eles praticamente acabaram com o banditismo urbano, sem o trucidamento de inocentes como ocorre aqui com as ações policiais nos morros e favelas. Uma das poucas instituições que ainda merecem a admiração e a credibilidade dos brasileiros, as Forças Armadas são a última esperança dos brasileiros que sonham um dia viver em paz em suas cidades.
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Desestímulo
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O ministério da Fazenda revogou as nomeações de 551 Assistentes Técnicos-Administrativos aprovados no último concurso porque os nomeados não apareceram para tomar posse. A causa: o desestimulo diante dos baixos salários, mesmo com a segurança do emprego público, no pais em que qualquer companheiro analfabeto ganha R$ 10 mil num cargo em comissão, sem fazer concurso e muitas vezes sem trabalhar.
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Boas vindas
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O Senado dá as boas vindas ao seu mais novo integrante, que chega para engrossar as fileiras dos fichas-suja no Congresso. O empresário Acir Marcos Gurgacz toma o lugar de Expedito Júnior, de Rondônia, que o derrotou nas urnas em 2006 mas teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral por comprar uns votos a R$ 100,00 cada um. Gurgacz tem currículo mais reforçado, onde constam mais de 200 processos, que contemplam desde estelionato até crime ambiental e falsidade ideológica, passando por fraude e uso de documento falso, que correm na Justiça do Paraná e Rondônia e agora, graças ao foro privilegiado, irão mofar no Supremo.
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por Rangel Cavalcante
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