Entre amigos.
A coluna de Rangel Cavalcante questiona diz que se monta uma armação no Senado
Publicado em
( Brasília-DF, 24/06/2007) A atual legislatura do Senado Federal, que mal completou seis meses, caminha para ser a pior de toda a história do nosso legislativo. Presidida por um senador que não teve um voto sequer, o Conselho de Ética daquela casa ofereceu ao país um espetáculo deprimente, uma ópera bufa, uma das maiores farsas da política brasileira. Lá armaram um circo para salvar o mandato do senador Renan Calheiros, acusado de ter suas despesas pagas por uma empreiteira, e que usa do cargo para comandar o próprio salvamento. Logo Renan será mais um ícone da impunidade nacional. Mais um na longa lista dos parlamentares a quem a pouca vergonha nacional assegura o direito de estar sempre fora do alcance da Justiça. É triste ver o senador Epitácio Cafeteira encerrando a carreira de forma tão humilhante e vergonhosa, não respeitando as próprias cãs. Dignas de prêmios as atuações de atores como os senadores Almeida Lima, Gilvan Borges e Sibá Machado, que animaram o picadeiro, humilhando testemunha na beatificante defesa de Renan. O Conselho de Ética não estava apurando para julgar. Reuniu-se para absolver, para livrar a pele do presidente do Senado. O grave é que nem tentou disfarçar. Fez tudo às claras. Até mandou um diretor do Senado, subordinado de Renam, investigar o próprio chefe, em Alagoas. Logo o espetáculo termina e em pouco cai no esquecimento. Uma fortuna do contribuinte foi gasta em mais um festival da impunidade. Uma ação entre amigos que não conseguiu limpar o nome do senador alagoano e certamente contribuiu para sujar ainda mais a imagem do legislativo brasileiro, já desmerecedor da confiança e do respeito de 99 por cento dos cidadãos brasileiros.
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Na esteira
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E na esteira da impunidade nacional, cresce na Câmara o movimento para impedir o Tribunal de Contas da União de fiscalizar as agências reguladoras, mais uma nova couraça de proteção para a roubalheira nacional.
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Coerência
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A Câmara legislativa fez sessão especial dedicada ao “Dia do Quadrilheiro” – dançarino de quadrilha – que ela mesma inventou. Nada a ver com os seus integrantes que estão nas páginas policiais por envolvimento com quadrilhas de verdade.
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Memória
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Na há nada de novo nessa história de obras públicas inacabadas, embora pagas por todo o país. Em 2001 houve uma CPI das Obras Inacabadas no Congresso. Parlamentares, à frente o então senador Carlos Wilson, catalogaram no Brasil milhares de casos, os mais escabrosos de roubalheira. No Paraná havia 1.055 obras inacabadas, entre federais, estaduais e municipais. Não deu em nada.Como hoje, políticos eleitos com dinheiro de empreiteiras impediram a coisa de ir à frente..
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Incoerência
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O deputado Ônix Lorezzoni é um democrata nada coerente. Briga aqui no Brasil pelas liberdades democráticas na Venezuela e, ao mesmo tempo, defende com unhas e dentes a lista fechada para a eleição de deputados, uma coisa típica das ditaduras.
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Mais grana
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Ex-deputados e ex-senadores que recebem aposentadoria pela Câmara e pelo Senado – muitos com apenas dois mandatos – vão entrar na justiça, através e sua associação, contra as duas casas do Congresso: querem receber o 13º. salário, que já é pago aos parlamentares da ativa. .
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Socorro
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Quando a produção de álcool cai, o preço aumenta para o consumidor; Quando sobra álcool nas usinas, o governo cuida de socorrer os pobres usineiros aumentando a dosagem etílica na gasolina para estraga os carros da gente. Afinal, usineiro é grande financiador de campanhas eleitorais.
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Boca
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Mal começou a receber a grana como deputado federal aposentado, o ex-senador João Castelo, do Maranhão, derrotado nas últimas eleições para o Senado, já ganhou uma nova boca no governo: acaba de ser nomeado para o Conselho de Autoridades Portuárias do Porto de Itaqui. Ele entende tanto de porto quanto o Lula de
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Companheiros
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Aumento de até 150-% para os servidores públicos. Mas só para os mais de 20 mil cargos em comissão, preenchidos sem concurso, nos quais milhares de companheiros do PT sem qualquer qualificação se lambuzam com o poder.
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Incompetente
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Além de inútil e cara, a Câmara Legislativa de Brasília é incompetente. Quase 500 leis aprovadas pelos deputados distritais foram para a lixeira, declaradas inconstitucionais pelo Judiciário. Quase todas, que custaram uma fortuna ao contribuinte, patrocinando mutretas, como a mudança de destinação de lotes urbanos, doações de áreas públicas etc.
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Nem morto
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Nem morto está escapando das malhas do TCU. É ocaso o ex-prefeito de Ererê, no Ceará, José Pessoa de Queiroz Moura, que acaba de ser condenado a devolver R$ 60 mil que recebeu do governo federal para construir uma barragem e nunca prestou contas da grana. Como ele já morreu, a condenação foi para o espolio. Ora, se vivo nunca devolve, avaliem morto.
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Fila
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Mais de 50 mil pessoas que não podem pagar advogado formam em Brasília a imensa fila dos que buscam atendimento na Defensoria Publica. É que não há defensores para atendê-los.Enquanto isso, o governo manda um magote desses advogados – que faltam em três mil municípios brasileiros – para o Timor-Leste, onde passarão um ano, ganhando US$ 42 mil cada um.
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Rangel Cavalcante
e-mail: [email protected]
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Na esteira
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E na esteira da impunidade nacional, cresce na Câmara o movimento para impedir o Tribunal de Contas da União de fiscalizar as agências reguladoras, mais uma nova couraça de proteção para a roubalheira nacional.
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Coerência
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A Câmara legislativa fez sessão especial dedicada ao “Dia do Quadrilheiro” – dançarino de quadrilha – que ela mesma inventou. Nada a ver com os seus integrantes que estão nas páginas policiais por envolvimento com quadrilhas de verdade.
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Memória
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Na há nada de novo nessa história de obras públicas inacabadas, embora pagas por todo o país. Em 2001 houve uma CPI das Obras Inacabadas no Congresso. Parlamentares, à frente o então senador Carlos Wilson, catalogaram no Brasil milhares de casos, os mais escabrosos de roubalheira. No Paraná havia 1.055 obras inacabadas, entre federais, estaduais e municipais. Não deu em nada.Como hoje, políticos eleitos com dinheiro de empreiteiras impediram a coisa de ir à frente..
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Incoerência
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O deputado Ônix Lorezzoni é um democrata nada coerente. Briga aqui no Brasil pelas liberdades democráticas na Venezuela e, ao mesmo tempo, defende com unhas e dentes a lista fechada para a eleição de deputados, uma coisa típica das ditaduras.
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Mais grana
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Ex-deputados e ex-senadores que recebem aposentadoria pela Câmara e pelo Senado – muitos com apenas dois mandatos – vão entrar na justiça, através e sua associação, contra as duas casas do Congresso: querem receber o 13º. salário, que já é pago aos parlamentares da ativa. .
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Socorro
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Quando a produção de álcool cai, o preço aumenta para o consumidor; Quando sobra álcool nas usinas, o governo cuida de socorrer os pobres usineiros aumentando a dosagem etílica na gasolina para estraga os carros da gente. Afinal, usineiro é grande financiador de campanhas eleitorais.
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Boca
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Mal começou a receber a grana como deputado federal aposentado, o ex-senador João Castelo, do Maranhão, derrotado nas últimas eleições para o Senado, já ganhou uma nova boca no governo: acaba de ser nomeado para o Conselho de Autoridades Portuárias do Porto de Itaqui. Ele entende tanto de porto quanto o Lula de
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Companheiros
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Aumento de até 150-% para os servidores públicos. Mas só para os mais de 20 mil cargos em comissão, preenchidos sem concurso, nos quais milhares de companheiros do PT sem qualquer qualificação se lambuzam com o poder.
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Incompetente
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Além de inútil e cara, a Câmara Legislativa de Brasília é incompetente. Quase 500 leis aprovadas pelos deputados distritais foram para a lixeira, declaradas inconstitucionais pelo Judiciário. Quase todas, que custaram uma fortuna ao contribuinte, patrocinando mutretas, como a mudança de destinação de lotes urbanos, doações de áreas públicas etc.
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Nem morto
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Nem morto está escapando das malhas do TCU. É ocaso o ex-prefeito de Ererê, no Ceará, José Pessoa de Queiroz Moura, que acaba de ser condenado a devolver R$ 60 mil que recebeu do governo federal para construir uma barragem e nunca prestou contas da grana. Como ele já morreu, a condenação foi para o espolio. Ora, se vivo nunca devolve, avaliem morto.
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Fila
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Mais de 50 mil pessoas que não podem pagar advogado formam em Brasília a imensa fila dos que buscam atendimento na Defensoria Publica. É que não há defensores para atendê-los.Enquanto isso, o governo manda um magote desses advogados – que faltam em três mil municípios brasileiros – para o Timor-Leste, onde passarão um ano, ganhando US$ 42 mil cada um.
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Rangel Cavalcante
e-mail: [email protected]
