Nordeste e Varejo.
Em agosto, varejo registra expansão de 2,32 por cento nas vendas; Alagoas foi o grande destaque na região.
(Brasília-DF, 17/10/2006) Comércio varejista cresceu 2,32% em volume de vendas e 2,35% em receita nominal, na relação agosto/julho 2006, com ajuste sazonal. Nas demais comparações (sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 6,27% sobre agosto/05; 5,30% no acumulado do ano de 2006; e 5,10% no acumulado dos últimos 12 meses. A receita nominal avançou 7,46% ante igual mês de 2005; 6,96% na relação janeiro-agosto 2006/ janeiro-agosto 2005; e 7,47% no acumulado dos últimos 12 meses.
A expansão de 2,32% no volume de vendas na passagem de julho para agosto reverteu quedas seguidas nos dois meses anteriores.
Por atividades
A análise da série ajustada para quatro das oito atividades que compõem o comércio varejista registrou resultado positivo na relação agosto/julho: Móveis e eletrodomésticos (7,70%, 1); Tecidos, vestuário e calçados (3,63%, 1); Combustíveis e lubrificantes (3,41%, 1); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,68%). O segmento de Veículos, motos, partes e peças, que faz parte do comércio varejista ampliado, teve também variação positiva, de 0,54%, sobre o mês anterior.
Na relação agosto06/ agosto05, sete das oito atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem decrescente de importância no resultado global, foram as seguintes: 7,48% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 10,65% para Móveis e eletrodomésticos; 19,04% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 26,57% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 2,36% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 1,15% para Tecidos, vestuário e calçados; 4,28% para Livros, jornais, revistas e papelaria; e -6,58% para Combustíveis e lubrificantes.
A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,48%) respondeu por quase metade da taxa global do varejo. O desempenho reflete basicamente a melhoria do rendimento médio do trabalho, bem como o aumento do emprego com carteira assinada, de 3,5% e de 5,9%, respectivamente, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Com esse resultado, a atividade alcança, nos oito primeiros meses do ano, taxa de 7,23% em relação ao mesmo período do ano anterior, acumulando, nos últimos 12 meses, taxa de crescimento de 5,48%.
O segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu, em agosto, o segundo maior impacto no resultado do comércio varejista (10,65%). Beneficiada basicamente pela permanência de condições favoráveis de crédito ao consumo e pela queda nos preços derivada da concorrência dos importados, a atividade registrou taxas de crescimento de 8,28% e de 9,46% nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses respectivamente.
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,04%) teve o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo. Englobando segmentos como lojas de departamento, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., a atividade vem tendo o seu desempenho influenciado tanto pelas condições favoráveis de crédito como pela evolução da massa salarial. Em decorrência disso, registrou, de janeiro a agosto, expansão de 14,97% sobre igual período de 2005, com a taxa acumulada para os últimos 12 meses atingindo 15,51%.
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (26,57%) tiveram o quarto maior impacto positivo no resultado do varejo. O crescimento dessa atividade resultou da queda dos preços (principalmente dos produtos de informática) e da melhoria das condições de rendimento da economia. Em termos acumulados, a taxa obtida nos oito primeiros meses do ano e nos últimos 12 meses atingiram, respectivamente, 36,02% e 45,95%.
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,36%), com a quinta maior participação na taxa global do varejo, apresentou crescimento acumulado, de janeiro a agosto, da ordem de 3,85%, e, nos últimos 12 meses, de 5,60%.
O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, depois de dois meses de taxas mensais negativas, voltou a registrar crescimento no volume de vendas (1,15%), que pode ser explicado pelo estímulo à compra de produtos importados, cujos preços vêm caindo por causa da valorização da taxa de câmbio. Nos indicadores acumulados, as taxas foram de 1,57% para os oito primeiros meses de 2006 e de 4,46% os últimos 12 meses.
Livros, jornais, revistas e papelaria completam o quadro de participações positivas na formação da taxa global do varejo, com variações no volume de vendas sobre agosto/05 de 4,28%. O crescimento de 1,44%, observado no acumulado do ano, e de 1,49% no acumulado dos últimos 12 meses, colocam a atividade como a que vem obtendo os menores resultados positivos de 2006.
A atividade de Combustíveis e lubrificantes chegou ao vigésimo mês consecutivo de queda no volume de vendas (-6,58%). A desaceleração da taxa de variação pode ser atribuída à diminuição dos preços dos combustíveis dos últimos meses. Em termos de resultados acumulados, as taxas ficaram em -9,59% para o período janeiro-agosto e em -9,05% nos últimos 12 meses.
Corte por Ufs
No corte regional, 26 das 27 Unidades da Federação (UFs) obtiveram resultados positivos no volume de vendas na comparação agosto06/agosto05, com as variações de maior magnitude provenientes de Roraima (37,99%, 1); Acre (26,80%, 1); Amapá (20,62%, 1); Tocantins (18,02%) e Alagoas (16,57%). A única queda ocorreu em Mato Grosso (-12,36%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram São Paulo (4,86%, 1); Minas Gerais (13,85%, 1); Rio de Janeiro (5,89%, 1); Paraná (6,84%) e Santa Catarina (8,39%).
Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontaram, na comparação mês/mês anterior, 26 estados com variações positivas e 1 com queda. Os principais acréscimos ocorreram em Tocantins (8,46%, 1); Maranhão (7,76%, 1); Alagoas (6,21%, 1); Amazonas (5,12%) e Goiás (4,78%). O único resultado negativo ocorreu na Bahia, com -0,42%.
Comércio varejista ampliado
Para o comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as variações observadas na relação agosto06/ agosto05 foram de 7,88% para o volume de vendas e de 8,64% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 4,93% e de 4,13% para o volume de vendas e de 6,77% e 6,74% na receita nominal, respectivamente.
No que tange ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 10,19%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos acumulados dos oito primeiros meses de 2006 e dos últimos 12 meses, as variações atingiram 4,67% e 3,11%, respectivamente. Já o segmento de Material de construção completou o quarto mês consecutivo de crescimento, com variação de 12,40% sobre agosto de 2005, refletindo as medidas de incentivo à construção civil. Em termos acumulados, as taxas foram de 2,54% para o período de janeiro-agosto e de -0,66% nos últimos 12 meses.
Por Unidades da Federação, em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram no Acre (47,40%, 1); Amapá (31,58%, 1); Rondônia (31,17%, 1); Maranhão (26,28%, 1); e Tocantins (24,50%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (3,79%, 1); Minas Gerais (13,23%, 1); Rio de Janeiro (6,91%, 1); Paraná (10,86%) e Santa Catarina (13,53%).
( da redação com informações do IBGE)