Nordeste e os Sanguessugas.
FFL inocentou os deputados César Bandeira(MA) e Robério Nunes(BA, 1); PFL é o único partido, até agora, a julgar deputados citados no relatório parcial da CPMI.
( Brasília-DF, 29/08/2006) O Partido da Frente Liberal (PFL) concluiu na tarde desta terça-feira ,29, os processos disciplinares internos abertos contra os deputados citados no relatório preliminar da CPI das Sanguessugas. Dos sete parlamentares implicados no caso, dois se anteciparam ao julgamento e pediram desfiliação, um teve a expulsão do Partido aprovada pela Comissão Executiva e quatro tiveram os processos arquivados por falta de provas.
O relator dos processos João Roma Neto, presidente do PFL Jovem, ofereceu parecer – acatado pela Executiva - pela expulsão do deputado Almir Moura (RJ), por entender que há provas da participação do parlamentar no esquema das ambulâncias, tanto nos depoimentos quanto nas transcrições da escutas telefônicas efetuadas pela Polícia Federal. Além disso, pesou contra Moura o fato de o deputado não ter apresentado defesa no sentido de negar as acusações.
Além de Almir Moura, que terá sua desfiliação comunicada à Justiça Eleitoral e, conseqüentemente, apresentado o pedido de cancelamento do registro de candidatura do parlamentar pelo PFL, se anteciparam ao julgamento interno do Partido os deputados Coriolano Sales (BA) e Marcos de Jesus (PE), que pediram desfiliação e, portanto, não chegaram a ser julgados.
A Comissão Executiva decidiu, ainda, pelo arquivamento dos processos, por falta de provas, dos deputados César Bandeira (BA), Robério Nunes (BA), Celcita Pinheiro (MT) e Laura Carneiro (RJ) – esta, inclusive, teve o registro de candidatura aprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), em entrevista à imprensa logo após a reunião da Executiva, afirmou que o Partido usou o rigor na apreciação de cada caso, sendo, inclusive, o único partido político que imediatamente abriu processo e obrigou seus deputados a apresentarem defesa.
"O PFL teve a coragem de enfrentar o problema com correção, dentro do estatuto e dos prazos, aplicando pena máxima para os culpados e evitando injustiça com os inocentes", disse o senador, observando que outros partidos nem tomaram conhecimento das acusações contra seus filiados.
“Dois se auto-puniram, um foi punido e quatro nós não podemos punir quando não há provas. Pode ser que a CPI, prosseguindo com as investigações, produza prova”, explicou Bornhausen, garantindo que, se surgirem novos fatos ou provas contra esses quatro deputados, o PFL reabrirá os processos internos. “Nós não vamos cometer injustiças, aonde foi encontrado prova, nós praticamos a pena máxima que é expulsão do Partido”, destacou.
Jorge Bornhausen ressaltou que o PFL julgou se os deputados citados na CPI deveriam ou não continuar candidatos. “Nós não absolvemos ou condenamos, nós decidimos se eles deveriam ou não manter candidaturas. E por falta de provas, permitimos as candidaturas de quatro.”
( da redação com informações do PFL)