31 de julho de 2025

Nordeste e o Emprego.

Horas pagas na indústria nordestina caíram 3,6 por cento; Número de horas pagas cai 1,8 por cento em relação a fevereiro, na média nacional.

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( Brasília-DF, 15/05/2006)  Em março, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, na série com ajuste sazonal, registrou decréscimo de 1,8%, em relação a fevereiro, após crescer 1,9% no mês anterior. A trajetória do índice de média móvel trimestral apresentou ligeira variação negativa (-0,2%) entre os trimestres encerrados em março e fevereiro, enquanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior (outubro-dezembro de 2005) observou-se virtual estabilidade (0,1%).

 

No confronto com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas recuou 0,6%. Os indicadores para períodos mais abrangentes mostraram desempenhos diferenciados: resultado negativo no acumulado no primeiro trimestre do ano (-0,4%), enquanto o acumulado nos últimos doze meses assinalou variação positiva (0,2%). A jornada média de trabalho registrou taxas positivas nos índice mensal (0,2%) e acumulado no ano (0,6%), ao passo que o indicador acumulado nos últimos doze manteve variação nula.

 

 

No indicador mensal (-0,6%), observou-se redução no número de horas pagas em 11 das 18 atividades e em 10 das 14 regiões pesquisadas. No corte setorial, madeira (-17,0%), máquinas e equipamentos (-7,6%) e calçados e artigos de couro (-7,6%) exerceram as maiores pressões negativas, enquanto alimentos e bebidas (5,6%), seguido por máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,8%) e meios de transportes (4,5%) foram as contribuições positivas mais relevantes no cômputo geral.

 

 

Na análise regional, os locais com os maiores impactos negativos na média nacional  foram: Rio Grande do Sul (-8,1%), região Nordeste (-3,8%) e Paraná (-5,3%). Nestes, observou-se predomínio de atividades que assinalaram taxas negativas, cabendo as principais pressões a calçados e artigos de couro (-13,5%), na indústria gaúcha; alimentos e bebidas (-9,0%), na região Nordeste; e madeira (-32,1%), na indústria paranaense. Por outro lado, a região Norte e Centro-Oeste (8,9%), seguida por São Paulo (1,3%) e Minas Gerais (3,2%) têm as influências positivas mais significativas.

 

 

O indicador trimestral, na passagem do último trimestre do ano passado (-0,6%) para o primeiro deste ano (-0,4%), atenuou a trajetória descendente observada ao longo de 2005. Este movimento reflete sobretudo o avanço registrado em 12 dos 18 segmentos pesquisados, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool, que passou de 3,8% para 9,7%; e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 5,4% para 9,8%). Entre os sete locais que mostram aumento no número de horas pagas, na passagem do quarto trimestre de 2005 para o primeiro de 2006, destacou-se a região Norte e Centro-Oeste, que passou de 2,0% para 9,5%.

 

 

O indicador de horas pagas acumulado no primeiro trimestre, em relação a igual período do ano passado, recuou 0,4%, com queda em 10 dos 18 setores industriais e em nove dos 14 locais pesquisados. Dentre os setores que registraram taxas negativas, madeira (-16,4%), máquinas e equipamentos (-8,0%) e calçados e artigos de couro (-8,1%) figuraram com os maiores impactos na média geral. Por outro lado, vale destacar a contribuição positiva vinda de alimentos e bebidas (6,1%). Regionalmente, a maior influência negativa no resultado global veio do Rio Grande do Sul (-8,3%), em função da redução observada em calçados e artigos de couro (-14,3%), seguido por Paraná (-5,7%), região Nordeste  (-3,5%) e Santa Catarina (-4,4%). Em sentido contrário, a região Norte e Centro-Oeste (9,5%) e São Paulo (2,0%) exerceram os principais impactos positivos. Nestes locais, sobressaíram os avanços observados em alimentos e bebidas (22,1%), no primeiro, e em alimentos e bebidas (11,2%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,8%), na indústria paulista.

 

 

 

O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou resultados positivos, ainda que decrescentes nos últimos três meses: 0,5% até janeiro; 0,4% até fevereiro e 0,2% até março.

 

 

 

 

( da redação com informações do IBGE)