31 de julho de 2025

Nordeste e Investimentos.

Piscicultura e energia eólica são os destaques nordestinos no início do ano para o BNDES; Aprovações e consultas ao BNDES crescem 37 por cento e 72 por cento, respectivamente.

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( Brasília-DF, 17/02/2006)  O primeiro mês de 2006 registrou para o BNDES expressivo desempenho nas cartas-consulta e aprovações de novos financiamentos, fatores que sinalizam futuro incremento nos desembolsos. As cartas-consulta, que são o primeiro contato com o Banco dos candidatos a financiamento, tiveram aumento de 72% em relação a igual período do ano passado, subindo de R$ 3,9 bilhões para R$ 6,7 bilhões. Esse índice é um importante indicador da disposição dos empresários em realizar investimentos produtivos no país, o que demonstra confiança nos fundamentos da economia e em seu ritmo de crescimento.

 

 

As aprovações de novos financiamentos aumentaram 37% no primeiro mês deste ano e somaram R$ 2,5 bilhões, enquanto foram de R$ 1,8 bilhão em janeiro de 2005. O setor da indústria foi o que apresentou maior crescimento, 75%, passando de R$ 442 milhões para R$ 775 milhões, na comparação mês a mês. O segmento industrial com o maior volume de aprovações, R$ 241 milhões, foi o de agroindústria, que cresceu 96% em relação a janeiro do último ano, quando o total havia sido de R$ 123 milhões. Entre os projetos da agroindústria aprovados no início de 2006 estão empreendimentos relacionados à expansão da piscicultura no Nordeste, à implantação de granjas no Paraná e à construção de uma fábrica inovadora em Campos dos Goytacazes (RJ), que irá produzir goma xantana.

 

 

Merece destaque também o setor de infra-estrutura, cujas aprovações foram 28% maiores e totalizaram R$ 928 milhões em janeiro, enquanto haviam sido de R$ 722 milhões em igual período do ano anterior. Nesse setor, o crescimento mais significativo, 212%, foi o do segmento de energia elétrica, que subiu de R$ 119 milhões para R$ 371 milhões. Os maiores projetos aprovados nesse segmento são a implantação de uma linha de transmissão em Santa Catarina e a construção de um parque eólico no Rio Grande do Norte.

 

 

Os desembolsos no mês de janeiro ficaram em R$ 2,5 bilhões, desempenho 34% inferior aos R$ 3,8 bilhões do mesmo mês em 2005. O principal fator para essa queda está no setor da indústria, no qual caiu em 89% o volume de liberações para o segmento de material de transporte (fabricação e montagem de aeronaves, veículos automotores, embarcações e equipamentos ferroviários). Os desembolsos para esse segmento em janeiro totalizaram R$ 178 milhões, enquanto haviam sido de R$ 1,6 bilhão em igual mês do ano passado. Em janeiro, os enquadramentos somaram R$ 5,4 bilhões, 28% a menos do que os R$ 7,5 bilhões registrados no mesmo mês de 2005.

 

 

Agentes – O agente financeiro com maior volume em desembolsos do BNDES em janeiro foi o Bradesco, com R$ 337 milhões, dos quais 80,5% (R$ 271 milhões) para micro, pequenas e médias empresas. Os outros quatro maiores foram: Banco do Brasil, com R$ 214 milhões, 39,4% para MPME (R$ 84 milhões, 1); Unibanco, com R$ 148 milhões, 19,2% para MPME (R$ 28 milhões, 1); Votorantim, com R$ 113 milhões, 2,9% para MPME (R$ 3 milhões, 1); e DaimlerChrysler, com R$ 95 milhões, 72,4% para MPME (R$ 69 milhões).

 

 

( da redação com informações do BNDES)