31 de julho de 2025

Nordeste e Safra.

Em 2006, safra poderá atingir 126 milhões de toneladas; Nordeste será responsável por 8,8 por cento da produção nacional.

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( Brasília-DF, 07/02/2006)  O IBGE realizou, em janeiro, a primeira avaliação, em nível nacional, da safra agrícola de 2006. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - LSPA, neste ano, a produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) é estimada em 126,083 milhões de toneladas, 12,12% maior do que a obtida no ano anterior (112,454 milhões de toneladas).

Entre as grandes Regiões produtoras, esse volume esperado para 2006, está assim distribuído: Sul, 51,196 milhões de toneladas, participação na produção nacional em 40,61%; Centro-Oeste, 42,358 milhões de toneladas, participação de 33,59%; Sudeste, 17,736 milhões de toneladas, participação de 14,07%; Nordeste, 11,105 milhões de toneladas, participação de 8,80% e Norte, 3,688 milhões de toneladas, participação de 2,93%. Traçando um comparativo à produção obtida em 2005, esses valores significam acréscimos de:  32,96% para a Região Sul, 10,73% para a Nordeste, 1,08% para a Sudeste, 0,03% para a Centro-Oeste e redução de 8,49% para a Região Norte do Brasil.

 

 

Feijão, milho e café crescem segundo primeira estimativa da safra 2006 -   Dentre os principais produtos investigados pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - LSPA, apresentam variação positiva em relação à produção colhida em 2005: café em grão (16,69%), cana-de-açúcar (4,35%), cebola (3,70%), feijão em grão 1ª safra (34%), mandioca (3,42%), milho em grão 1ª safra (24,36%), soja em grão (7,39%) e sorgo em grão (4,53%).  A variação é negativa nos casos das culturas de algodão herbáceo em caroço (-23,88%), arroz em casca (-13,07%) e batata-inglesa 1ª safra (-4,34%).

 

 

IBGE estima que país colherá 42 milhões de sacas de café em 2006 - Em janeiro, foi informada a primeira estimativa de produção do café em grão, em nível nacional, a ser colhida durante o ano de 2006.  Estima-se uma produção de 2,503 milhões de toneladas de café, significando cerca de 42 milhões de sacas de café.  Relativamente à safra passada, observam-se incrementos de 17% na produção, 16% na produtividade e 0,55% na área plantada.

 

 

 

 

Dentre os principais fatores que explicam essas mudanças positivas no ambiente cafeeiro para esse ano, destacamos o fenômeno da bianualidade (alternância de produção em razão das características da planta), preços, condições climáticas favoráveis e maior freqüência na realização dos tratos culturais da lavoura, com destaque para as podas, desbrotas e controle fitossanitário (pragas/doenças).

 

 

 

Minas Gerais e Espírito Santo lideram o cultivo de café no país, produzindo 73% do total nacional dessa rubiácea, sendo que no primeiro estado predomina o café arábica e no segundo o café canephora (conilon).  Minas Gerais deverá produzir 1,3 milhão de toneladas (participando com 49% da produção nacional) e o Espírito Santo 589 mil toneladas (participando com 24% da produção nacional).  Ambos Estados apresentam variação positiva da produção em relação ao ano anterior, sendo os acréscimos estimados em 22% e 11%, respectivamente.

 

 

Produção de feijão 1ª safra, milho e soja deverá crescer na safra 2006-  No caso do feijão 1ª safra, espera-se para o ano em curso, uma produção de 1,887 milhão de toneladas, 34% superior a obtida em 2005 (1,408 milhão de toneladas).  Numa área a ser colhida de 2,377 milhões de hectares, a produtividade poderá alcançar 794 kg/ha.  A razão principal para esse aumento foi o desempenho positivo dos preços na comercialização da safra anterior.  Os principais estados produtores - Paraná, Bahia e Minas Gerais - apresentam os seguintes acréscimos em relação à safra passada: 11%, 99% e 7%, respectivamente, significando produções de 439 mil toneladas, 245 mil toneladas e 259 mil toneladas.

Em relação às culturas do milho e da soja, observam-se incrementos nas produções aguardadas de 24% e 14%, respectivamente.  Espera-se para o milho em 2006 uma produção da ordem de 34 milhões de toneladas, e de 59 milhões de toneladas para soja.  Os níveis de produtividade situam-se nos patamares de 3.500 kg/ha para a gramínea e 2.700 kg/ha para a leguminosa.  Entre os maiores estados produtores de milho 1ª safra, destacam-se Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Goiás; enquanto para a soja, sobressaem-se Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia.

 

 

Ressalta-se que, por causa das fortes estiagens ocorridas nos meses de novembro e dezembro de 2005, no Paraná e Santa Catarina, ambas as culturas, apresentam quebras de produção em relação aos primeiros prognósticos sobre a safra de 2006, divulgados nos meses de novembro de 2005 e janeiro de 2006.

 

 

 

 

Preços baixos do algodão e arroz resultam em redução na safra de 2006 - A estimativa de janeiro para o algodão herbáceo indica uma produção de 2,787 milhões de toneladas, 24% menor em relação à obtida na safra algodoeira de 2005 (3,661 milhões de toneladas).  Essa queda provém das baixas cotações da fibra nos mercados interno e, principalmente, externo.  O Mato Grosso, maior produtor nacional, responsável por 46% do algodão brasileiro, espera colher um volume de cerca de 1,3 milhão de toneladas, 24% inferior ao colhido em 2005.

 

 

Para a cultura do arroz, observa-se a tendência de decréscimo já detectada nas primeiras perspectivas levantadas nos meses de outubro e dezembro/2005, em face dos baixos preços praticados na comercialização da safra anterior.  Numa área plantada de 3,177 milhões de hectares (-19%), aguarda-se uma produção de 11,500 milhões de toneladas, 13% inferior à colhida em 2005 (13,2 milhões de toneladas).  Os maiores estados produtores - Rio Grande do Sul e Mato Grosso - apresentam, respectivamente, produções de 6,08 milhões de toneladas e 877 mil toneladas, sendo menores 0,32% e 61% em relação à safra anterior.

 

 

 

 

 

( da redação com informações do IBGE)