Nordeste e o IBGE.
Maranhão e Alagoas são os estados que possuem mais jovens ;Mais da metade das famílias brasileiras tem pelo menos um membro com até 14 anos de idade.
(Brasília-DF,24/02/2005) Em 2003, havia, no País, 47,2 milhões de crianças com entre 0 a 14 anos, representando 27,2% da população; 10,4 milhões de adolescentes de 15 a 17 anos (6%) e 23,4 milhões de jovens de 18 a 24 anos (13,4%). Maranhão e Alagoas eram os estados com população mais jovens do Brasil, com as crianças de até 14 anos representando 34% do total da população de cada estado.
Mais da metade (51%) das famílias brasileiras tinham, em 2003, pelo menos um dos seus integrantes na faixa etária de 0 a 14 anos. Dessas famílias, 38% viviam com rendimento médio familiar per capita de até meio salário mínimo. Em alguns estados nordestinos, como Maranhão, Alagoas e Piauí, essa proporção atingia 65%, contrastando com as regiões Sul e Sudeste, cujas proporções variavam de 14,8% em Santa Catarina a 38,3% em Minas Gerais. No Brasil, apenas 2,8% das famílias com crianças de até 14 anos de idade tinham rendimento per capita superior a 5 salários mínimos, e no Norte e Nordeste esse percentual ficava em torno de 1%.
Há uma associação direta entre escolarização e rendimento familiar e o aspecto que merece maior destaque é relativo à freqüência a creche ou pré-escolar das crianças de 0 a 3 anos. Em 2003, das crianças que pertenciam a famílias com rendimento de até meio salário mínimo, apenas 8% freqüentava creche ou escola, enquanto que nas famílias com rendimento superior a 5 salários mínimos, esse percentual era de 28,3%, ou seja, 3,5 vezes maior.
No grupo de 4 a 6 anos de idade, verificou-se uma taxa de escolarização bem mais elevada para todas as classes de rendimento, sendo de 60,8% para as crianças das famílias menos favorecidas e subindo para 94,6% para as crianças de famílias com melhores rendimentos. É interessante que os estados da região Nordeste vem sistematicamente apresentando índices elevados de freqüência escolar nessa faixa etária, alcançando 72,6% em 2003, comparados à baixa taxa de escolarização das crianças gaúchas, por exemplo, que ficou em 50,1%.
Na faixa etária de 7 a 14 anos, correspondente ao ensino fundamental, a freqüência escolar está praticamente universalizada, independentemente de sexo, cor ou rendimento familiar. Já no grupo de adolescentes de 15 a 17 anos, faixa correspondente ao ensino médio, as desigualdades voltam a se revelar. Os adolescentes das camadas mais pobres possuíam uma taxa de escolarização de 75,8%, enquanto 98,3% daqueles pertencentes às mais favorecidas freqüentavam escola, em 2003. Chama a atenção a baixa freqüência à escola dos adolescentes de 15 a 17 anos em famílias com rendimento per capita de até meio salário mínimo nos estados do Paraná e de Santa Cataria, cujas taxas ficaram abaixo da média nacional: 62,5% e 67,7%, respectivamente.
Entre 1993 e 2003, cresceu significativamente a população de 15 a 17 anos que tinha o estudo como atividade exclusiva: de 40,7% para 60,9%. Ainda assim, no Nordeste, um contingente expressivo de adolescentes já trabalhava e estudava, com percentuais que variavam de 19,0% no Rio Grande do Norte a 34,9% no Piauí.
No caso dos jovens de 18 e 19 anos, o percentual referente aos que tinham o estudo como atividade exclusiva era de 30,4%. Nessa faixa etária, 21,3% trabalhavam e estudavam. Entre os jovens de 20 a 24 anos, apenas 11,7% somente estudavam. Quanto à ocupação dos jovens de 15 a 24 anos, mais da metade deles (50,8%) já estavam no mercado de trabalho, em 2003.
( da redação com informações do IBGE)