IBGE e Nordeste.
Migrações mantém tendências históricas; O nordestino continua sendo o que mais migra, porém é o povo que prefere ficar em seu torrão natal.
( Brasília-DF,24/02/2005) Em
Os nordestinos são o grupo de maior peso entre os emigrantes brasileiros (57%). O Sudeste mantém-se, historicamente, como maior pólo de atração d desses emigrantes: 70,7% deles se dirigiram para esta região. O segundo grupo que historicamente mais emigrou (20,6% do total de emigrantes) saiu do Sudeste e dirigiu-se, em sua maioria, para o Centro-Oeste (37,0%) em razão, provavelmente, dos movimentos de ocupação das últimas fronteiras agrícolas.
( da redação com informações do IBGE)
Piauí.Deputado B. Sá(PPS-PI) informa que seu Estado será beneficado com a interligação de bacias; O parlamentar, que é o coordenador da Bancada do Nordeste, contou as idas e vindas da exclusão e entrada do Piauí na questão das águas do São Francisco.
( Brasília-DF,21/02/2005) O deputado B. Sá(PPS-PI) coordenador da Bancada do Nordeste na Câmara dos Deputados falou no início da tarde desta segunda, em pequeno expediente, destacando a inclusão de seu Estado entre os que serão beneficiados com a obra da interligação de bacias que levará águas do São Francisco para o Semi-àrido brasileiro e nordestino. Ele contou as idas e vindas da decisão do Governo que, primeiro, excluíram o Piauí do eixo oeste da obra, e, depois incluo o Estado como um dos favorecidos.
O deputado é um dos que mais se voltou para a obra de interligação, antes conhecida como transposição de águas do São Francisco, e que não tinha entendido como seu Estado tinha sido excluída da obra.
O deputado vinha evitando tratar do assunto, pois como coordenador do Nordeste receava a reação dos antagônicos a obra, porém fez questão de destacar que falava como parlamentar do seu Estado, que aceitaria e desejaria a obra.
Veja a íntegra da fala:
“ Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, desde o Governo do Presidente Itamar Franco, quando esta Casa voltou a falar sobre a transposição das águas do São Francisco para rios secos do Nordeste setentrional transposição ou interligação de bacias, como se quer falar atualmente , eu me coloquei à frente desta luta não só para que obra de grande magnitude e enorme importância fosse executada para benefício não só da Região Nordeste, particularmente do seu semi-árido, mas também para que meu Estado, o Piauí, nela fosse incluído, posto que quando os estudos iniciais do século passado foram executados no início da década de 80, já naquela ocasião imaginava-se um eixo que traria água desde a Barragem de Sobradinho até as nascentes secas dos rios Canindé e Piauí, no Estado do Piauí.
Qual não foi a minha surpresa, quando, em dezembro, o programa foi finalmente anunciado, já com data para ser iniciada a obra, a partir de agora de abril, a Deus querer, recebemos a informação de que o Estado do Piauí estava fora. Recorri ao Ministro Ciro Gomes, que naquela hora me disse que a solução do Piauí era uma outra.
Não me conformei. Continuei apelando, até que, na semana passada, numa nova conversa com o Ministro, S.Exa. me disse que tinha se equivocado e que, de fato, desde os estudos originais, havia um eixo, o eixo oeste, que contemplava o Estado do Piauí.
Assim posto, há o eixo norte, que trará água desde a altura de Cabrobó, para as regiões secas do Ceará, do Rio Grande do Norte e da Paraíba; e um eixo oeste, que sai da Barragem de Itaparica, para atender várias regiões semi-áridas do Estado de Pernambuco. Também, esse eixo oeste é o que vai chegar para o Estado do Piauí.
Disse ao Ministro que o Governo Federal, junto com o Governo do Estado do Piauí, estava executando obra de enorme importância no semi-árido do Piauí, a Adutora do Garrincho, que vai do Açude São Lourenço até chegar a vários Municípios do sudeste do Estado do Piauí, encabeçados por São Raimundo Nonato e vários outros Municípios menores ao derredor.
Mostrei ao Ministro que essa barragem foi concluída há oito anos. E, mesmo no ano passado, quando se teve uma precipitação de chuvas inusitada, que, há 70 anos não ocorria na região, ainda assim esse açude não alcançou a sua cota máxima. Ou seja, a dimensão da bacia hidrográfica é boa, mas não há condições, pela pluviosidade na região, de esse açude alcançar a sua cota máxima, em torno de 160 milhões de metros cúbicos de água. Resultado: a adutora está sendo construída para preencher a finalidade mais importante dessa barragem: abastecer de água vários Municípios daquela região sudeste. Mas, com certeza, a tendência seráa de aumentar ainda mais a dificuldade para que essa barragem venha um dia a alcançar a sua cota máxima e sangrar. E água parada por muito tempo redunda naturalmente no fenômeno de salinização, como acontece com alguns outros açudes de menor porte, situados nessa região semi-árida do Piauí, de solo cristalino e de pouco pluviosidade.
Por conseguinte, está aí enfatizada a importância da interligação da Bacia do São Francisco com esses rios intermitentes do Piauí, no caso, o Rio Piauí, posto que vai fazer com que essa barragem nunca chegue ao ponto de secar de vez, cumprindo, dessa maneira, o objetivo fundamental da interligação da Bacia do São Francisco com esses rios secos do semi-árido.
Sr. Presidente, agradeço ao Ministro Ciro Gomes a sensibilidade de ter enviado seus técnicos para reparar essa observação que eu havia feito no início de dezembro que, de fato, está aí. O Estado do Piauí também faz parte do Programa de Interligação de Bacias, programa que se o Governo Lula levar a cabo, embora ele não venha a concluí-lo, sem dúvida alguma fará uma obra ciclópica para o benefício do Nordeste como um todo e particularmente da sua região semi-árida. As críticas dos que são contra existem, mas se eles se debruçarem detidamente sobre o significado dessa obra e sua importância para aquela região vai ver que o rio São Francisco não vai morrer porque vai dar um pouco de água, pelo contrário, será muito mais revitalizado como vários programas que o próprio Ministério da Integração Nacional já começa a executar em benefício do próprio rio São Francisco.
Muito obrigado."