Campanha
Virgílio diz que se vencer não entrará em linha de choque contra o Governo e fala numa Câmara para os deputados; Petista lança campanha à presidência da Câmara falando que tem apoio do que ele chama Novo Clero
( Brasília-DF,20/01/2005) O deputado Virgílio Guimarães(PT-MG) lançou ontem à tarde sua candidatura à presidência da Câmara Federal. Ele garantiu que não vai entrar em rota contra o Palácio do Planalto se for eleito em 15 de fevereiro e que irá pedir votos aos deputados do PT que divulgaram manifesto, com 87 assinaturas, hoje, em defesa da candidatura oficial de Luiz Eduardo Greenhalg(PT-SP). Ele afirmou que defende uma Câmara em que os deputados possam opinar sobre os mais variados assuntos sem serem desmerecidos ou estigmatizados. Ele evitou falar em desgaste para o Governo com sua possível eleição e evitou se comprometer com proposição de novas linhas para a questão da edição de Mp´s ou sobre Reforma Política, especialmente fidelidade partidária.
O deputado mineiro não quis regionalizar sua candidatura, como resposta a tendência de paulistanização dos grandes cargos a que compete ao PT. Virgílio é muito identificado com deputados nordestinos e do chamado Baixo Clero, que ele evitou nominar ao tempo que passou a chamar de “Novo Clero”. Um grupo de aproximadamente 30 deputados e vários prefeitos mineiros foram ao lançamento de sua candidatura que se deu hoje na Câmara.
Virgílio marcou o lançamento de sua candidatura com a referência ao fato que defende o respeito aos deputados como regra principal de sua candidatura e que se deve dar maior atenção “sacra” a força do voto. Ele negou que esteja desrespeitando e afrontando seu partido, o PT.
- Sou do PT, sou petista. O Partido sempre defendeu o direito da candidatura avulsa.
O coordenador da Bancada do Nordeste, B. Sá(PPS-PI) não foi ao evento mas vários deputados nordestinos com participação ativa na Bancada estiveram presentes, como os deputados João Leão(PL-BA), Gonzaga Patriota(PSB-PE) e João Caldas(PL-AL).
GOVERNABILIDADE – Sobre a possibilidade da candidatura, que passaria ao largo dos partidos, visto que a candidatura do petista é notoriamente suprapartidária e deslocada dos líderes - contribuir contra a governabilidade ele preferiu dizer que não se estabeleceriam mudanças nesses relacionamento, na Câmara:
-Quem é governo é governo, quem é de oposição continuará oposição.
Ele defendeu uma “governabilidade do mandato” para que os deputados possam ter suas colaborações absorvidas pela Casa.
- Defendo uma governabilidade do mandato. É um absurdo que deputado passe oito ou 12 anos na Casa e não possa tem um projeto aproveitado na Casa. Será que ninguém tem uma idéia que possa ser aprovada?!
MP´s e FIDELIDADE PARTIDÁRIA – Questionado por uma jornalista se não teria opiniões sobre a edição exagerada de MP´s ou sobre a reforma política- com temas como o da fidelidade partidária – num momento em que ele se colocava diretamente contra a força dos partidos e dos cardiais partidários .
Ele disse que isso era um prioridade da Casa e que a Casa iria se posicionar. Na questão das MP´s, ele disse que não tinha medo de trabalho, mas quem deve posicionar é o Governo – que ele insinuou ser o maior perdedor na demora em suas aprovações, ou não.
PROPORCIONALIDADE – Ele afirmou que sua candidatura respeitaria a proporcionalidade e que vencendo a disputa cada partido terá seu lugar no comanda da Câmara Federal.
( da redação com informações de Genésio Araújo Junior)