Nordeste e Registro Civil.
Falta de confirmação pode estar garantindo poucas mudanças na mortalidade infantil no Nordeste; Diminuíram os óbitos de menores de um ano, mas ainda há muita subnotificação.
(Brasília-DF,22/12/2004) No que se refere aos óbitos de menores de 1 ano, verificou que a subnotificação em cartórios, para o País como um todo, era bastante elevada (48). Os maiores índices foram nas regiões Nordeste e Norte, com percentuais médios, em torno de 70 e 50, respectivamente.
Em decorrência dessa situação, são extremamente elevadas as diferenças nos valores das taxas de mortalidade infantil, quando calculadas pelo método direto, relacionando os óbitos de menores de 1 ano com os nascimentos coletados pelo Registro Civil, com os estimados por técnicas indiretas.
A tendência é de declínio durante todo o período de 1993/2003. Para o Brasil, a proporção de óbitos de menores de 1 ano no total de óbitos caiu de 9,6 para 4,5, uma redução de 53,1. As maiores quedas são verificadas nas Regiões Nordeste (58,5), Sudeste (52,4) e Sul (49,3).
Mas a redução nos percentuais de óbitos infantis observada na Região Nordeste pode não espelhar a real situação do seus níveis de mortalidade infantil, que continuam sendo os mais elevados do País. As proporções encontradas podem estar afetadas pelos elevados níveis de subregistro de óbitos infantis, conforme já mencionado.
Estabelecidos os cuidados necessários nos dados coletados pelo Registro Civil, é possível analisar a evolução dos óbitos infantis, ao longo dos anos, e a estrutura da mortalidade infantil de acordo com suas componentes: neonatal precoce (óbitos de crianças de 0 a 6 dias), neonatal tardio (óbitos de crianças de 7 a 27 dias) e pós-neonatal (óbitos de crianças de 28 a 364 dias).
Entre 1993 e 2003, houve uma esperada concentração da mortalidade nos primeiros dias de vida que constituem o período neonatal precoce. Esta concentração, embora esteja se generalizando em todas as regiões, é ainda mais acentuada nas regiões onde a mortalidade infantil é relativamente baixa, ou seja, no Centro Sul do País. Na região Nordeste, é importante frisar que a componente pós-neonatal ainda é expressiva, reflexo das piores condições sociais e da infra estrutura de serviços básicos.
( da redação com informações do IBGE)