31 de julho de 2025

Nordeste e o São Francisco.

Falta de coordenação do Governo prejudica relação com o parlamento; Deputados ligados a revitalização não teriam sido convidados por desorganização.

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( Brasília-DF,03/08/2004) A ausência de convite aos deputados federais ligados, ou envolvidos, com a questão do São Francisco durante as discussões que levaram a aprovação do Programa de Revitalização do São Francisco, na sexta-feira passada, em Juazeiro, na Bahia, são creditadas a falta de unidade do Governo quando se trata das discussões tanto sobre o semi-árido, caatinga e a política de recursos hídricos. Essa é a avaliação de várias fontes consultadas pela agência Política Real.

 

Os deputados Fernando de Fabinho(PFL-BA), presidente da Comissão de Revialização do São Francisco na Câmara, Fernando Ferro(PT-PE), relator da mesma Comissão e o deputado Edson Duarte(PV-BA), coordenador do Grupo de Trabalho que estuda a aplicação da Convenção das Nações Unidas para o Combate a Desertificação e Mitigação dos efeitos das Secas, não foram convidados para participar do evento que teve coordenação geral dos Ministérios da Integração Social e do Meio Ambiente.

 

Durante o evento, que foi uma discussão pública envolvendo agentes públicos e sociais com vista a aprovar um plano para o São Francisco, à beira do anúncio do início da aplicação do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN) – o Governo conseguiu aprovar o plano sem incluir a restrição à chamada interligação de bacias. A interligação de bacias seria a senha que institucionalmente se usa no Governo para abrir espaço às chamadas transposições de águas. A chamara transposição de águas do São Francisco só é aceita pelos ribeirnhos se for permitida sua revitalização. O Governo trabalha com uma revitalização com o uso de águas de outras bacias, como a do rio Tocantins. Os ribeirinhos doadores de águas do rio em caso de transposição de águas para o semi-árido setentrional querem uma revitalização sem interligação de bacias.

 

O grande problema m segundo algumas fontes da Política Real, é que durante a discussão e preparação do PAN em nenhum momento teria sido colocada a questão da interligação de bacias como algo fundamental para o combate a desertificação e combate às secas.

 

( da redação)