Novos ou velhos tempos!? <P>
Pois bem, de regra a coisa deve parar, mas até o fechamento da coluna não se tinha novidade sobre o tamanho do quorum, hoje, na Câmara e no Senado e se o Banco do Brasil iria mudar seus procedimentos visto que não tratou de divulgar nada de novo com vista a questão dos depósitos bancários a que os municípios têm direito. Na semana passada, durante o evento realizado pelo Banco do Nordeste, o presidente do STF, Nélson Jobim, um dos mais importantes constitucionalistas nacionais que chegou a ser constituinte face ao seu período como parlamentar disse que era bom dar uma lipoaspitação na Constituição, tirando gorduras e ?desconstitucionalizando? normas tributárias.
Bem, vamos deixar de lado essa questão da LDO e vamos a essa questão regional que provoca vários questionamentos.
O evento que o BNB realizou em parceria com o Brasilinvest, a tal Rodada de Negócios com os governadores e grandes empresários, não serviu só para mostrar as contradições históricas de uma importante personalidades da República, mas para reafirmar a nova cara dos, agora, donos do poder e o que isso significa para a região Nordeste.
É evidente que a intenção do evento foi lincar o poder ao dinheiro. Grandes investidores nacionais ainda estavam de orelhas em pé e olhos arregalados com as acusações feitas pelas autoridades nacionais e parlamentares ligados ao Governo contra empreendedores vindos de fora do Nordeste e que se aproveitavam da mecânica permitida pela Sudene e que gerou investimentos fajutos que ajudaram a minar a antiga instituição, que,agora, reluta em sair do papel.
A ida de empresários nacionais, levados por Mário Granero, do Brasilinvest, é importante para medir o novo estilo, porém o que se revelou de intenso nisso foi a postura de se incentivar a guerra fiscal. Para quem teve oportunidade de conferir as notícias da Agência Politiciareal na sexta-feira,09, ou nos jornais no sábado, deve ter visto como os governadores e seus representantes se postaram durante o evento, especialmente na salas reservadas aos Estados que recebiam os empresários. Falavam de vantagens operacionais para atuar nesse ou noutro estado. Ora bolas, é evidente que a postura tem a cara da velha postura dos anos 90, a guerra de vantagens. Pode parecer um contra-senso se movimentar com velho costumes numa época em que se deseja outra coisa. Bem, parece! ? a regra será a das parcerias público privadas. Essa é a nova lógica, mas cabe ao leitor atento aguardar a definição das regras para se colocar essa turma toda no inferno ou no céu!
Vamos ver!
Bom dia, guerreiros e pacíficos.
PONTUANDO.
Ontem, o presidente Lula disse em seu programa de rádio ?Café com o Presidente?, que ninguém ouve mas todo mundo acaba sabendo, sobre a evolução na indústria revelado pela CNI na semana passada, e que a Politicareal deu destaque. Ele disse que estamos a caminho do desenvolvimento sustentado e falou das PPP´s. É bom lembrar que é na Bahia que a indústria mais cresce.
Em seguida, José Genoíno disse em entrevista coletiva que a coisa vai ser aprovada em agosto! Bem, não vai ser fácil. Teve senador do PMDB, como Ramez Tebet(PMDB-MS) que foi logo dizendo que não era assim não! O Senado terá que ter responsabilidades e disse que a coisa tem que ir com calma. Lula só fala nessas tais de PPP´s.
Nas regras que se imagina aí, os Bancos nacionais que não operam em infraestrturua, a não a ser o BNDES - o que é um problemão ! - vão poder operar onde uma empresa pública estiver atuando. Pode ser uma evolução, mas também uma senhora promiscuidade.
Tem um deputado da Bahia que está ansioso para falar ao Política Real sobre o assunto. Ele soube que já tem gente ligado ao Governo participando de reunião com empresário do lado, do ladinho. Tudo arranjado. È bom ficar esperto.
As PPP´s podem ser um achado para o Governo, mas também pode sê-las para as oposições.
Chamou atenção a entrevista que o presidente dos Correios, João Henrique Sousa, deu à ?Isto É? na edição da revista que começou a circular no fim de semana. A empresa que dirige já é a maior prestadora de serviço do país. Ele defende o monopólio da ECT mas garante que trabalhará na base dos resultados. Ele tem fama de organizado e operoso. Vamos aguardar.
Nota de Rodapé: Quem foi que disse que a vida é fácil.
Por Genésio Araújo Junior
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