Enquanto o mínimo passa

Ontem não deu mas hoje estamos de volta. Apesar das atenções terem se voltado para a votação do salário mínimo tivemos uma semana importante para os interesses do Nordeste, especialmente na Câmara.

A ida do presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, a uma Comissão da Câmara para falar sobre o principal programa do Banco para o Nordeste se deu também em dia que o presidente da Codevasf, Luiz Carlos Farias, falou aos parlamentares da bancada piauiense mas que pode ser vista também como um indicativo para os maranhenses.

Vamos lá

Smith veio dizer aos deputados que já investiu metade dos recursos que tinha em caixa para o ?Crescer Nordeste?. Disse mais . Informou bem, deu uma idéia do que foi o que ele chamou uma ?intervenção branca? do Banco Central no Banco nos anos 90, que fez com se deixasse de investir e mostrou que não queria briga com a administração anterior, só discrepava, de forma singela, sobre a política de recursos humanos. Bem, Smith tem um estilo leve ? demonstrou aos deputados que o Banco quer emprestar e servir, porém salientou que o modelo do Pronaf hoje é temerário mas deu sinalização de que o plano safra não seria um bicho de sete cabeças. Uma coisa é certa o banco quer emprestar e já sinaliza que poderá faltar recursos. Ele ficou eufórico ao falar do microcrédito que fará com que, em breve, o banco vire referência mundial podendo começar a operar no setor com uma excelência se precedentes. Boas e más notícias ele nos deu.

Disse que o ?Projeto Caatinga? não deverá sair do papel. O governo federal não quer ir para o risco cambial( o programa é bancado pelo japoneses) ou o ambiental. O programa seria tocado com a experiência de combate à dessetificação da Codevasf, mas com recursos no caixa do BNB. O projeto é antigo, mas falando em língua de gente significaria mudanças em estados onde a caatinga estaria sido engolida pela dessertificação. Bem, não ficou muito claro, mas tudo indica que o governo vê algo podre nesta questão. Outro ponto foi ele colocar dúvida no futuro do biodiesel, via mamona. O governo já teria fechado questão com a mamona e esse tipo de defecção não ajuda em nada.

Sobre a Codevasf e os piauienses, podemos dizer que essa visita de Farias aos parlamentares foi para pedir apoio. Farias está trabalhando para colocar R$ 56 milhões na bacia do Parnaíba, que atinge Piauí e Maranhão. Os deputados sinalizaram que vão trabalhar para bancar essa aprovação. Vamos acompanhar.

Bom dia, bancados e banqueiros.

PONTUANDO

O IBGE divulgou ontem os números do emprego na indústria. Caiu o índice, comparado com abril do ano passado. O Nordeste foi desprezível na influência para tal redução.

Nota de Rodapé: Vamos ficar por aqui. Amanhã se volta!

por Genésio Araújo Junior

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