Ceará/Pernambuco/Alagoas.
Programa do PPS defende aumento do mínimo e mudanças na economia; Ciro Gomes não participou Rogério Teófilo(AL) encaminhou carta pedindo democracia.
Aumento do salário-mínimo, correção da tabela do imposto de renda, redução da carga tributária e flexibilização da meta de superávit primário, possibilitando investimentos na produção, infra estrutura e projetos sociais deram o tom do programa partidário do PPS que foi ao ar nesta quinta-feira em rede nacional de rádio e televisão. Para que isso aconteça, vários militantes do partido e parlamentares frisaram a necessidade de mudanças na política econômica, rompendo com o caminho neoliberal e financista.
Na abertura do programa, o deputado federal Miro Teixeira (PPS-RJ) afirmou que o partido apoia o governo Lula e deseja que ele tenha êxito. Mas, para que isso aconteça, alertou, é preciso, por exemplo, aprovar um salário-mínimo maior que R$ 260. O presidente do PPS, deputado Roberto Freire, complementou dizendo que o partido resolveu apoiar Lula pela perspectiva de mudança, mas frisou que ela não se dará se o governo resolver manter a atual política econômica que privilegia os organismos financeiros em detrimento do desenvolvimento e da área social.
Em diversos estados do país, dirigentes e parlamentares do partido frisaram os compromissos do PPS com a geração de emprego e renda, educação, saúde, segurança, saneamento básico, habitação, turismo, meio ambiente e transparência nas gestões públicas. O compromisso do partido com o Poder Local também marcou o programa, apontando sugestões a serem aplicadas nas administrações municipais.
Para reforçar a necessidade de mudanças e investimentos, o partido ainda mostrou as realizações dos governos Eduardo Braga, no Amazonas, e Blairo Maggi, no Mato Grosso, onde o PPS trabalha com ações marcados pelo desenvolvimento com justiça social.
O programa do PPS, pago com recursos do fundo partidário, custou pouco mais de R$ 28 mil.
CARTA DE ROGÉRIO TEÓFILO - “ A nossa, a verdadeira democracia, é o governo do povo senhor de si, mas limitado pelo direito, é a representação proporcional das minorias, o reconhecimento de que o direito, ainda que seja de um indivíduo só, não pode sacrificar-se aos interesses, ainda que seja do povo inteiro, é a sagração da prioridade individual, da liberdade de palavra, da liberdade de imprensa, da liberdade de reunião, da liberdade de cultos, da liberdade do trabalho, da liberdade política. Aquém destas raias o povo é tudo: além delas o povo não pode nada. E para o povo saber o que pode e o que não pode, precisa de aprender.” Rui Barbosa
Prezados Companheiros,
A visão de Rui Barbosa a respeito da democracia e da liberdade se adapta aos dias de hoje. O conceito é verdadeiramente atual, moderno e se enquadra em situações diversas, inclusive, ao propósito do qual venho aqui pronunciar-me neste instante: o PPS, enquanto Partido, o Diretório Nacional e seus representantes no Congresso, este “hiato” que está ocorrendo no momento.
Inicio estas minhas considerações lembrando que ingressei no PPS há menos de um ano e para ficar. Vim por acreditar na sua história de lutas, na filosofia e ideais socialistas. Um partido que tem propostas para apresentar e debater com a sociedade. Um partido aberto ao diálogo e com posições firmes.
Vim, também, seguindo a minha vontade de estreitar e partilhar da convivência saudável e construtiva, com os bons exemplos de políticos do PPS do meu Estado de Alagoas e demais Estados desta Federação. Vim para somar.
O PPS é uma agremiação cada vez mais fortalecida e respeitada e, nem preciso ressaltar, que suas idéias e ações é que diferenciam-no historicamente dos demais partidos brasileiros. O Partido é formado de pessoas, de seres humanos e, apesar de lutarem pelos mesmo ideais, podem ter opiniões discordantes. Mas há que se conscientizar que o PPS é mais abrangente que os membros da Diretoria, que os seus representantes no Parlamento. Esta é minha preocupação.
O meu desejo é que as decisões tomadas, tanto pelo Diretório quanto pelo Parlamento, sejam discutidas. Tem que haver diálogo entre ambas as partes, até porque o PPS é feito por importantes representantes da política, da intelectualidade e, portanto, conhecedores da força do diálogo para o entendimento. .Este “hiato” de hoje é resultado da não discussão. Por isso é preciso dialogar!
Pela sua história, pela memória dos seus fundadores, pelas suas lutas em prol das causas democráticas é que o Partido Popular Socialista tem que continuar dialogando, a cada momento em que ocorrer entraves, posições contraditórias, para o fortalecimento da unidade partidária. Afinal é exercitando que se aprende... como disse Rui Barbosa.
( da redação com informações do PPS e de assessoria)