Aí tem!?
Os senadores na CAE ouviram uma fala cheia de circunstâncias da parte de Palocci. De quebra teve que se ver a fala de alguns líderes de oposição, pedindo que seja garantida a meta de inflação do ministro! Novamente, se sentiu nas oposições muito menos restrições ao Governo e seu homem de economia que entre os ?do outro lado?. A suprema contradição, inclusive, o senador Aloízio Mercadante(PT-SP), líder do governo, pediu mudanças no Cofins e ICMS. Bem, o problema, pelo que já tinha sido antecipado, é com a decisão da Câmara votar ou não a PEC paralela, do jeito que o Senado quer.
O deputado José Pimentel, piauiense de Picos e cidadão cearense onde cumpre seu terceiro mandato na Câmara terá até hoje, quarta, para ter confirmado, na Comissão, seu relatório que joga o acordo da PEC do Senado no lixo. Palocci é amigo pessoal, assim como Berzoini, o ex-previdência que é ligado a Luiz Gushiken - de Pimentel. Todos eram do núcleo petista de finanças e tributação na Câmara. Já é de conhecimento público que Gushiken defende a política de Palocci que disse aos senadores - a política econômica não vai mudar! Ele, Palocci, não foi questionado sobre os movimentos de seus amigos na Câmara, pelos senadores, que depois demonstraram intensa irritação com a possibilidade da tal PEC ir para o vinagre.
Bem, ontem, para complicar, o deputado José Pimentel deu uma entrevista à rádio Senado, confirmando, com seu jeito político e professoral, o que já se tinha anunciado ? a quase total manutenção do texto da Câmara. Em verdade, pode parecer um exagero imaginar que Pimentel esteja passando por cima de um acordo que teria caráter suprapartidário. Em verdade, se se conversar com os sindicalistas públicos que estão bem situados sobre essa questão, eles não deixam dúvidas: a tal da fórmula montada pelos senadores pouco ou quase nada muda na proposta da Câmara. Eles, os sindicalistas públicos, tirando uma pela outra, entendem que as reformas são ruins e que só seria bom para o servidor se tudo voltasse ao status anterior. Eles entendem que a reforma previdenciária, seja da Câmara ou do Senado, deve ser anulada, ?jogada na lata do lixo legislativo nacional?.
Bem, o problema é esse aí. Tudo indica que teremos ramificações intensas.
Bom dia, aposentados e aposentantes.
PONTUANDO
Nota de Rodapé: Hoje ficamos poraqui. A tecnologia é uma boa aliada na comunicação mas quando ele cisma de nos deixar na mão não é fácil. Amanhã estaremos de volta.
por Genésio Araújo Junior
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