31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil destaque para a divulgação da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central

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Por Politica Real com agências
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Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 29/10/2025) A Política Real teve acesso a ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil destaque para a divulgação da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central

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Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: 0,2%; Nasdaq 100: +0,4%) após os principais índices renovarem recordes na véspera, com o S&P 500 superando os 6.900 pontos durante o dia pela primeira vez. Investidores aguardam o desfecho da reunião do Federal Reserve, que deve anunciar hoje o segundo corte de juros do ano. A atenção também se volta para o tom do discurso do presidente do Fed Jerome Powell, que pode indicar novos cortes até dezembro. Entre os destaques da temporada de resultados, Alphabet, Meta e Microsoft divulgam seus números após o fechamento, enquanto Apple e Amazon reportam na quinta.

Na Europa, as bolsas avançam (Stoxx 600: +0,2%) à espera da decisão do Fed e em meio a uma nova rodada de balanços. O destaque é a disparada de 7,2% das ações da Mercedes-Benz, que mesmo após queda de 70% no lucro operacional do 3º trimestre, tem seu melhor pregão desde 2022. Santander divulgou lucro recorde nos nove primeiros meses do ano (+7,8% A/A), enquanto Deutsche Bank avançou 1% após superar expectativas com lucro líquido de 1,56 bilhão de euros.

Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: fechado; CSI 300: +1,2%) em meio ao otimismo com as negociações comerciais e à expectativa de novos estímulos monetários nos EUA. O Japão foi o destaque asiático, com o Nikkei 225 avançando 2,2%, superando os 51.000 pontos pela primeira vez na história, impulsionado pela assinatura de um novo acordo de terras raras entre Trump e a primeira-ministra Sanae Takaichi.

IBOVESPA +0,31% | 147.428 Pontos.   CÂMBIO -0,19% | 5,36/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta de 0,3%, aos 147.429 pontos, renovando máximas históricas em sua quinta alta consecutiva. Apesar de uma agenda mais esvaziada, o mercado doméstico seguiu com sua tendência de apetite ao risco em meio às negociações comerciais entre Brasil e EUA e perspectivas mais positivas para o início do ciclo de corte de juros no Brasil devido às leituras recentes mais benignas de inflação.

O destaque positivo do dia foi MBRF (MBRF3, +15,6%), após a companhia anunciar um acordo com a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do fundo soberano da Arábia Saudita, pelo qual a MBRF cederá seus ativos Halal para a Sadia Halal (antiga BRF Arabia Holding, uma JV existente entre MBRF e HPDC). A administração também mencionou que o acordo é o primeiro passo para um IPO da JV no mercado acionário da Arábia Saudita após 2027 (veja aqui o comentário completo dos nossos analistas). Na ponta negativa, Equatorial (EQTL3, -3,2%) recuou após o parecer da MP 1304, que trata da reforma do setor elétrico, assegurar que os benefícios fiscais das áreas da Sudam e da Sudene sejam revertidos em tarifas menores aos consumidores das Regiões Norte e Nordeste, o que tende a impactar negativamente o papel. A MP 1304 deve ser votada nesta quarta-feira (29) na comissão mista do Congresso Nacional.

Nesta quarta-feira, todos os olhos se voltam para a decisão de juros do banco central americano (Fed) nos EUA. No Japão, também teremos decisão de juros. No lado micro, destaque, pela temporada de resultados do 3T25, para a divulgação dos balanços de Bradesco, ISA Energia, Kepler Weber, Mercado Livre, Motiva e Santander.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com leve abertura ao longo da curva. No Brasil, o movimento refletiu uma correção das taxas após sessões consecutivas de descompressão dos prêmios na curva a termo. Assim, o DI jan/26 encerrou em 14,88% (+0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,82% (+0,8bp); DI jan/29 em 13,08% (+6bps); DI jan/31 em 13,38% (+8,9bps).

Nos EUA, as taxas permaneceram estáveis, com investidores à espera das decisões de política monetária do Federal Reserve e diante de uma agenda mais esvaziada. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,49% (+0,13bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 3,99% (- 1,15bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sessão de terça-feira com leve alta de 0,04%, em um dia marcado pela ausência de eventos domésticos relevantes diretamente ligados ao setor. Os investidores mantiveram radar à trajetória da taxa de juros local, diante das recentes leituras benignas de inflação e das movimentações nas relações comerciais entre Estados Unidos e Brasil. Com esse desempenho, o índice acumula queda de 0,14% no mês de outubro, mas ainda registra valorização de 15,02% no ano. Na sessão, tanto os fundos de papel quanto os fundos de tijolo apresentaram variações positivas, com altas de 0,07% e 0,01%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se TRBL11 (2,2%), JSRE11 (1,8%) e CPSH11 (1,8%). Nas principais quedas, figuraram CYCR11 (-0,7%), BROF11 (-0,7%) e PCIP11 (-0,6%).

Economia

Nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) provavelmente anunciará o segundo corte consecutivo de 0,25 p.p. na taxa básica de juros, para o intervalo entre 3,75% e 4,00%. Os agentes de mercado buscarão, no comunicado pós-decisão e na coletiva de imprensa a ser conduzida pelo Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicações sobre os próximos passos de política monetária, os desafios impostos pela falta de dados econômicos correntes – como reflexo da paralisação do governo – e o fim do programa de aperto quantitativo (QT, em inglês). 

No Brasil, destaque para a divulgação da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central. Esperamos desaceleração adicional no saldo total de crédito, principalmente devido ao recuo nos segmentos de PJ com recursos livres e PF com recursos direcionados. Enquanto isso, o segmento de PF com recursos livres deve mostrar resiliência, incluindo uma aceleração no novo consignado para trabalhadores do setor privado, e o segmento de PJ com recursos direcionados tende a mostrar fortes resultados puxado por programas governamentais.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)