A balança e seus pesos!
A coluna arrisca o comentário, pois tudo indica que vinha sendo bem mais difícil para os novos donos do poder compor com o mais tradicional e problemático partido de centro deste país que passar por cima de algumas certezas acalentadas por longos anos, com foram as recém aprovadas reformas e as que andam se prometendo dar continuidade, quando o calendário político permitir!
Parece notório como essa nossa aposta, calcada numa boa dose de fatos que presunções, parece se confirmar. Foram mais de 13 meses, essa negociação com o PMDB. Muita gente só acreditou nesse acordo quando ele saiu. Explica-se.
Ano passado uma boa quantidade de analistas, quase todos paulistanos, fruto até das articulações do início do último ano do Governo FH, arriscavam que se não se instalasse uma campanha muito dura, de sucessão presidencial, até pela postura do próprio Fernando Henrique, em futuro breve poderíamos ver uma união entre petistas e tucanos, tudo por conta da proximidade e origem das principais cabeças dos dois grupos! As dificuldades do primeiro ano do Governo Lula e a sensação de que nada mudou só serviu para essas viúvas de uma retomada paulistana reacenderem suas piras. Pois bem, o PMDB estaria no Governo. Muitos acreditam que isso só se deu para fortalecer José Sarney, a quem José Dirceu e Lula não conseguem ficar longe. Há quem diga que Sarney manda mais hoje do que na época que foi Presidente da República!
Muita gente acredita que essa união entre petistas e peemdebistas não têm futuro. Os paulistas e paulistanos, especialmente. Ora bolas, a política é, de fato, impressionante, daí sua beleza que alguns insistem em não ver. Não há dúvida que tucanos e petistas estão parecedíssimos com um velho casal separado por motivos menores. Nem sempre se deve ver a política, mesmo sendo coisa humana, como se fosse uma extensão pública e cerimoniosa da casa-quarto-cozinha( ou seria melhor casa grande e senzala!?)! Os dois partidos podem ser parecidos mas o que une, dá liga! - numa coalizão política nem sempre são coisas desse tipo. O PT para ter vida longa necessita de um grande partido de centro ,coisa que o PSDB já deu provas que não é. Muita gente acha que se os tucanos favoráveis ao governo eclipsassem o povo de Serra, e FH, seria fácil fazer um PSDB tão grande como o PMDB. ? Um grande partido de centro?. Não é bem assim.
Tem muita gente que não gosta e acha que a coisa não pega, mas o que dá futuro em coalizões são as diferenças, não as semelhanças, Seu!
Bom fim de semana para todos.
PONTUANDO
Tudo indica que muita coisa não vai mudar em postos chave do Ministério da Ciência e Tecnologia! A saída de Roberto Amaral deverá tirar o acento sofisticado e o ar intelectual da pasta, que agora será comandada por um político que deseja futuro, mas boa parte das políticas de expansão nos estados, através do cefet´s , aí no Nordeste, não deverá parar, viu!
Aldo Rebelo é alagoano legítimo, apesar de eleito pelos paulistas. Ele vai dar um toque nosso na batida paulista, que era nítida na Casa Civil. Bem, vamos torcer.
Alguns comunistas se fortalecem, para as eleições municipais com a chegada de Aldo Rebelo à Articulação Política. Em nossas bandas destaca-se Inácio Arruda, no Ceará, e Osmar Júnior, no Piauí. A dúvida é saber como será essa influência. Alguns se enfraquecem, mas a coluna ainda não arrisca dizer quais!
O fortalecimento do PC do B no Governo Lula pode parecer coisa de guarda pretoriana, mas essa turma tem verdadeiro asco pelo tucanos e reconhece no PMDB o parceiro ideal para a coalizão. Vamos ver!
O deputado Inaldo Leitão(PB), ex-PSDB e hoje no PL, anda fugindo sobre a possibilidade de ser candidato a líder na Câmara - coisa estranha pois ele está numa suplência. Não existiria impedimento para um suplente ser líder de uma bancada?! Boa pergunta.
Nota de Rodapé: Que parto, heim?!
por Genésio Araújo Junior
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