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  • 08/11/2024 06h37

    Emissões de CO2 reduzem 12% em 2023 comprado com 2022, informa Observatório do Clima; é a maior redução desde 2009

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    Foto: Portal Agro

    Emissões de cabono no Brasil reduzem

    ( Publicada originalmente às 17h 57 do dia 07/11/2024) 

    (Brasília-DF, 08/11/2024)  Nesta quinta-feira, 7, o Observatório do Clima divulgou os dados do seu SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima)

    O Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e) em 2023. Isso representa uma redução de 12% em relação a 2022, quando o país emitiu 2,6 bilhões de toneladas. É a maior queda percentual nas emissões desde 2009, quando o país registrou a menor emissão da série histórica iniciada em 1990.

    Os dados mostram que a queda do desmatamento na Amazônia foi a responsável solitária pelo feito, que ao menos por enquanto põe o Brasil mais perto de cumprir suas metas climáticas para 2025.

    De acordo com o SEEG, as mudanças de uso da terra – que respondem por 46% de todos os gases-estufa que o Brasil lançou na atmosfera em 2023, ou 1,062 GtCO2e – tiveram uma queda de 24% nas emissões. O controle do desmatamento na Amazônia, retomado em 2023 com a volta do PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), foi o único responsável pela redução. Nos outros biomas as emissões por conversão de vegetação nativa aumentaram: 23% no Cerrado, 11% na Caatinga, 4% na Mata Atlântica e 86% no Pantanal. No Pampa as emissões por conversão também caíram, 15%, mas o bioma responde por apenas 1% do setor.

    Mesmo com a desaceleração na Amazônia, a devastação dos biomas brasileiros emitiu 1,04 GtCO2e brutas em 2023. Ela torna o Brasil o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Se fosse um país, o desmatamento do Brasil seria o oitavo maior emissor do planeta, atrás do Japão e à frente do Irã.

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    Os outros setores da economia também tiveram aumento nas emissões, na esteira do crescimento de 2,9% do PIB no ano passado. A agropecuária teve seu quarto recorde consecutivo de emissões, com elevação de 2,2%, devido principalmente a mais um aumento do rebanho bovino. A maior parte das emissões vem da fermentação entérica (o popular “arroto” do boi), com 405 milhões de toneladas em 2023 (mais do que a emissão total da Itália). A agropecuária respondeu por 28% das emissões brutas do Brasil no ano passado. Somando as emissões por mudança de uso da terra, a atividade agropecuária segue sendo de longe a maior emissora do país, com 74% do total.

    O setor de energia teve um pequeno incremento de 1,1% em suas emissões, devido ao aumento do consumo de óleo diesel, gasolina e querosene de aviação no ano passado, que causaram, por sua vez, uma elevação de 3,2% nas emissões de transporte, que chegaram a seu recorde histórico (224 MtCO2e). Essa elevação mais do que compensou a redução de emissões devido à queda de 8% na geração de eletricidade por termelétricas fósseis no ano passado, no qual não houve crise hídrica para impactar a geração hidrelétrica. No total, energia e processos industriais emitiram 22% do total nacional, 511 MtCO2e.

    No setor de resíduos as emissões cresceram 1%, para 92 MtCO2e. Historicamente, as emissões desse setor são marcadas pelo forte crescimento, que acompanha o aumento da população e, felizmente, avanços no acesso aos serviços de saneamento.

    Emissões de queimadas

    O SEEG também reporta neste ano emissões por queimadas. À medida que a crise do clima se agrava, o fogo é um fator cada vez mais importante no balanço de carbono do Brasil; como visto em 2024, mesmo com o desmatamento em queda as queimadas vêm aumentando, só que o carbono do fogo não associado ao desmatamento (que afeta, por exemplo, florestas em pé na Amazônia e na Mata Atlântica) não é contabilizado nos inventários nacionais. O OC vem monitorando essas emissões desde 2018, a fim de reduzir a incerteza em suas medições, para que elas possam passar a ser contabilizadas. Neste ano também foram monitoradas, pela primeira vez, emissões de metano e de óxido nitroso (dois potentes gases de efeito estufa) por queima de pastagens.\

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)

     

     

     


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