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  • 13/10/2021 07h49

    SERMÃO NO DIA DA PADROEIRA: Pátria amada, não deve ser armada, nem de fake news, nem de corrupção, diz Dom Orlando, arcebispo de Aparecida; ele pediu um abraço nas autoridades por um Brasil

    Dom Orlando Brandes defendeu encíclica Fratelli Tutti, carta social do Papa Francisco lançada em 2020
    Foto: Imagem de streaming

    Dom Orlando Brantes em Aparecida

    ( Publicada originalmente às 12h06 do dia 12/10/2021) 

    (Brasília-DF, 13/10/2021) A Basílica de Aparecida do Norte, na cidade do mesmo nome, chamou atenção de todos nesta terça-feira,12, e a fala de Dom Orlando Brantes, arcebispo de Aparecida, chamou atenção pelo seu cunho social, uma marca de suas falas, apesar dele não ser incluso entre os clérigos progressistas. Ele saudou os brasileiros e as crianças, assim como as autoridades, a quem pediu um abraço. Sua fala foi visto de cara como uma reprimenda ao presidente Jair Bolsonaro e apoiadores, porém ele falou de “corrupção”, um assunto que atinge os petistas e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mesmo conseguindo vencer processos da Lava Jato, acabou associado com a corrupção.

    "Para ser pátria amada não pode ser pátria armada", e completou, "seja uma pátria sem ódio, uma república sem mentira e fake news", disse. 

    A homilia de Dom Orlando Brantes foi realizada na missa das 9 horas, a quarta realizada até então.   A basílicaa opera somente com 30% da capacidade, recebendo 2,5 mil romeiros por celebração. Dentro do santuário o distanciamento tem sido respeitado e uso de máscara é obrigatório. O local espera receber entre 60 e 80 mil fiéis nesta terça-feira.

    Dom Orlando começou saudando os povos que formaram o Brasil, saudou as crianças e pediu um abraço as autoridades, também.

    “ Eu quero pedir a vocês, abracem o Brasil. Abrace o nosso povo. A começar pelo povo mais original. Vamos abraçar os nossos índios.  Primeiro povo dessa terra de Santa Cruz. Vamos abraçar os negros, que logo vieram fazer parte desta terra. Vamos abraçar os europeus que aqui chegaram.

    Mas, nesses dias, abracemos o Brasil enlutado pelas  600 mil mortes, vamos abraçar nossas crianças, pois hoje é Dia das Crianças. Vamos abraçar nossos pobres. E abracemos, também, nossas autoridades, para que juntos construamos um Brasil.

    Pátria Amada. E para ser pátria amada, não pode ser pátria armada. Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma pátria, uma república sem mentiras e fake news.  Pátria amada sem corrupção. E pária amada com fraternidade. Fratelo Tutti. Todos irmãos construindo a pátria brasileira”, disse para fazer uma segunda fala.

    A missa contou com a presença dos ministros da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e da Cidadania, João Roma. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também estava entre as autoridades presentes.

    Dom Brantes durante sua homilia

    Dom Orlando Brandes destaca a Fratelli Tutti, que vem a ser um encíclica do Papa Francisco de 2020.

    Papa Francisco define-a como uma "Encíclica Social" (6) que toma o seu título das "Admoestações" de São Francisco de Assis, que usava essas palavras "para se dirigir a todos os irmãos e irmãs e lhes propor uma forma de vida com sabor do Evangelho" .

    A Encíclica tem como objetivo promover uma aspiração mundial à fraternidade e à amizade social. No pano de fundo, há a pandemia da Covid-19 que - revela Francisco - "irrompeu de forma inesperada quando eu estava escrevendo esta carta". Mas a emergência sanitária global mostrou que "ninguém se salva sozinho" e que chegou realmente o momento de "sonhar como uma única humanidade", na qual somos "todos irmãos". 

    (da redação com informações dos sites da Arquidiocese de Aparecida e Vatican News. Edição: Genésio Araújo Jr).


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