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- Contato Brasil, 28 de março de 2024 10:25:05
( Publicada originalmente às 20h 00 do dia 19/11/2020)
(Brasília-DF, 20/11/2.020) O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira, 19, o PL 172/20, que autoriza o uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para ampliação da internet banda larga nas escolas públicas. A matéria, de autoria do ex-senador Aloízio Mercadante, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Educação e da Casa Civil dos governos da ex-presidente Dilma Rousseff, segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Favorável a iniciativa, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), comemorou a aprovação do projeto que, segundo ele, promoverá uma melhora no acesso por parte dos estudantes dos colégios públicos às redes de telefonia móvel e de banda larga em todo o país. O parlamentar potiguar destaca que o projeto permitirá o uso do Fust também para estimular a expansão, o uso e a melhoria da qualidade das redes e dos serviços de telecomunicações, visando reduzir as desigualdades regionais, bem como o uso e desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade.
Prates avalia que a quase nova lei irá prever, ainda, que nas regiões rurais ou urbana com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e sem viabilidade econômica, o Fust possa ser usado para atender programas, projetos, planos, atividades, iniciativas e ações com vistas a ampliar os serviços de telecomunicações e as políticas de incentivo à inovação tecnológica de serviços oferecidas no meio rural.
Jean Prates defendeu a proposta aprovada, hoje, no Senado
“Sem o PL 172, o Fust só pode ser usado na telefonia fixa. Com sua aprovação hoje, ele poderá também ser usado para melhorias dos serviços de banda larga e telefonia móvel”, comemorou o petista potiguar.
Conselho gestor
A proposição aprovada garante também que a administração do Fust seja feita por um conselho gestor, responsável por formular as políticas, as diretrizes gerais e as prioridades que orientarão as aplicações dos recursos. Além disso, terá a tarefa de definir os programas, projetos e atividades financiados com recursos do fundo.
Uma das principais ações do conselho gestor será a de dotar todas as escolas públicas brasileiras, em especial as situadas na zona rural, de acesso à internet banda larga e em velocidades adequadas, até o ano de 2024. Os recursos do FUST também poderão ser utilizados diretamente pela União, estados e municípios para financiar programas e ações relativos à implementação e ao desenvolvimento da transformação digital dos serviços públicos.
“O Brasil precisa ampliar a universalização do serviço de telecomunicações, principalmente de banda larga”, avalia Jean Paul. Ele lembra que o país tem muitos estudantes e pequenas cidades sem acesso à banda larga. “Vivemos na era da informação e a conexão de internet e o acesso ao conhecimento são o que movem a economia do século 21”, complementou Prates.
Demais projetos
O Congresso analisa mais de 40 projetos no mesmo sentido para garantir uma maior efetividade e democratização dos recursos do Fust. Jean Paul é relator do PL 125/17, que destina mais recursos do referido fundo à ampliação da cobertura de telefonia móvel e banda larga no país. De autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), a iniciativa está em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O texto do senador baiano permite que os recursos do Fust sejam aplicados na melhoria e na expansão de serviços prestados pela iniciativa privada, como telefonia móvel e serviços de banda larga. A proposta veda ainda o contingenciamento destes recursos. A ideia é assegurar as verbas necessárias para a expansão das redes e serviços de acesso à internet em todo o país.
Incra
O Senado aprovou também a Medida Provisória (MP) 993/20, que permite a prorrogação de contratos de pessoal do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) até o ano 2023, para aqueles que foram firmados a partir de julho de 2014. O Projeto de Lei de Conversão (PLV) da MP segue agora a sanção presidencial.
Internet das coisas
Os senadores aprovaram ainda o PL 6.549/19, que isenta de taxas e contribuições os sistemas tecnológicos que compõem a internet das coisas. De autoria do deputado Vítor Lippi (PSDB-SP), o projeto foi relatado pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que não promoveu mudanças ao texto aprovado pelos deputados. A proposta também segue para sanção presidencial.
“Diante do exposto, julgo inadequado que se exija o licenciamento prévio e que se tribute essa tecnologia da mesma forma que se fez com os tradicionais serviços de telecomunicações. A Internet das Coisas deverá ser ainda mais impactante para a economia do que foi a introdução da telefonia móvel celular, que transformou a maneira como as pessoas se comunicam diariamente”, se manifestou o tucano brasiliense, relator da proposta.
(por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)