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  • Contato Brasil, 28 de abril de 2025 05:37:55
Nordeste em Manchete
  • 02/04/2025 06h35

    Gabriel Galípolo, durante homenagem ao Banco Central, justifica altos juros; deputado Luiz Carlos Hauly diz que “parem de mentir para o povo brasileiro que a culpa é do déficit público! Não é”

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    Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

    Gabriel Galípolo no plenário da Câmara dos Deputados

    ( Publicada originalmente às 12h 59 do dia 01/04/2025)

    (Brasília-DF, 02/04/2025) Na manhã desta terça-feira, 1º, a Câmara dos Deputados fez uma sessão solene em homenagem ao Banco Central. Estiveram pressentes, além do presidente do BC, Gabriel Galípolo, alguns ex-presidentes estiveram presentes, como  Henrique Meirelles.

    Em face de várias críticas sobre a alta recente das taxas de juros, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a política monetária no Brasil precisa ser mais dura que a de outros países para obter os mesmos efeitos. Vários deputados fizeram críticas ao nível dos juros em sessão solene de homenagem aos 60 anos do Banco Central.

    Galípolo disse que o Banco Central precisa comunicar essas decisões de política monetária de uma maneira que as pessoas entendam. Segundo o presidente do BC, em outros países, também o setor financeiro não entende por que, mesmo com taxas altas, a economia brasileira ainda consegue manter o dinamismo. Ou seja, por que são necessárias doses tão altas de juros para controlar a inflação.

    “Alguns grupos conseguem exceções para pagar menos, enquanto uma grande maioria é obrigada a pagar mais em compensação. Nós temos uma série de subsídios cruzados, perversos e regressivos na sociedade brasileira. E talvez para nós, do Banco Central, esses ônus e bônus, essas trocas, sejam mais evidentes”, disse.

    Galípolo disse, porém, que seu compromisso com a meta de inflação é “inabalável” e que o desafio da instituição é a comunicação fundamentada das suas decisões.

    O deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR) criticou a decisão unânime do Comitê de Política Monetária em favor do aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic, que hoje está em 14,25% ao ano.

    “Parem de mentir para o povo brasileiro que a culpa é do déficit público! Não é. O déficit público do ano passado foi mínimo. Os Estados Unidos foi dez vezes maior. E vocês também são responsáveis por essa situação caótica do povo brasileiro, empobrecido pelas elevadas taxas de juros que vocês praticam, sem ficar vermelho como estão agora”, disse.

    Já o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles lembrou a época da hiperinflação. “Pior do que taxa de juros elevada é a inflação elevada. Nós já vivemos essa experiência. O povo brasileiro não quer mais”, disse.

    O deputado Pauderney Avelino (União-AM) disse que é preciso ter uma política fiscal sólida para que os juros caiam, porque, segundo ele, ninguém se beneficia com juros altos.

    O ex-presidente da Câmara e atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Rodrigo Maia, comentou que o projeto que aumenta a isenção do Imposto de Renda (PL 1087/25) para R$ 5 mil pode afetar o custo dos bancos ao tributar mais os acionistas.

    ( da redação com informações da Agência Câmara de Notícias. Edição: Política Real)

     

     

     

     


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