31 de julho de 2025
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Ilan Goldfajn, do BID, antes de chegar na COP-28 disse que a instituição vai anunciar US$ 150 bilhões à sustentabilidade

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( Publicada originalmente às 15h 59 do dia 30/11/2023) 

Da redação com BBC News Brasil

(Brasília-DF, 01/12/2023). Antes de viajar para a 28a Conferência do Clima da ONU em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, adiantou à BBC News Brasil que a instituição que ele dirige será o primeiro banco multilateral a triplicar os recursos investidos em projetos de financiamento de combate às mudanças climáticas, atendendo a um chamado feito pelos líderes do G-20 em setembro último.

Segundo o brasileiro Goldfajn, o montante destinado pelo banco à sustentabilidade passará de US$ 50 bilhões, nos últimos dez anos, para US$ 150 bilhões, na próxima década.

Na carta de beneficiados, há variedade: serão US$ 1,2 bilhão para a conservação do arquipélago de Galápagos, no Equador, e US$ 350 milhões para Recife reformar seu sistema de drenagem e contenção de encostas.

Serão US$ 400 milhões para a descarbonização da República Dominicana e US$ 750 milhões de dólares para pequenos e microempreendedores sustentáveis na Amazônia brasileira.

Em meio a questionamentos e pedidos de reforma de líderes globais, entre os quais o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, os bancos multilaterais como o BID ou o Banco Mundial têm sido questionados sobre seu empenho em garantir investimentos em sustentabilidade econômica e ambiental.

Goldfajn admite a necessidade de reformas, mas as atrela ao processo de entendimento dos governos e da sociedade sobre a urgência da discussão climática.

"É verdade que há um amadurecimento sobre a questão do aquecimento global, já está muito claro que a região (das Américas) está enfrentando uma quantidade de choques climáticos", diz ele, citando o recente e devastador furacão Otis em Acapulco.

( da redação com BBC Mundo. Edição: Genésio Araújo Jr.)