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- Contato Brasil, 26 de dezembro de 2024 07:48:37
(Brasília-DF) “Casa onde não há pão, todos brigam (ou ralham) e ninguém tem razão” A frase é vista como sabedoria popular, mas outros a vê como provérbio.
Todo mundo sabe que o Mundo precisa de um ajuste nos gastos que tiveram avanço sem serem fruto do trabalho ou da geração de capital. Aqui no Brasil, o bolsa família era restrito a R$ 200,00 por família e saltou no auxílio emergencial da pandemia para R$ 600,00, nunca mais parou de crescer. É tolice imaginar que foi só para os pobres, todas na sociedade, de uma forma ou de outra tiveram, um suporte.
Depois de semanas, tem gente que diz que foram meses pensando e preparando o terreno, o Governo Federal anunciou um “corte de gastos”. Todo mundo reclamou, ricos e pobres.
Os ricos estão irritados. O Distrito Federal, maior renda per capita do país, não quer perder R$ 800 milhões por ano, os ricos que aplicam em fundos de investimentos não querem pagar mais imposto para bancar a isenção do imposto de renda para quem ganha R$ 5 mil, embutida no anúncio do corte de gasto.
Os mais pobres ao saberem que o dólar está aumentando temem pelos preços dos produtos que consomem em casa e os remediados da classe C e D que se encantaram com a isenção do IR não tem certeza se vão tê-lo, nem em 2026.
Todo mundo reclamando. As próximas semana, até o Natal ,vão ser uma montanha russa, preparem-se!
No entanto, tem uma questão que está chamando muita atenção desde sexta-feira. Paulo Amador da Cunha Bueno, um dos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse em entrevista à GloboNews que o ex-presidente não se beneficiaria com um eventual golpe. A defesa do ex-presidente passou a usar a tese de que os generais que comandariam uma junta iriam ser o beneficiados e aplicariam um golpe sobre o ex-presidente, que não seria o beneficiado.
“Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do ‘Plano Punhal Verde e Amarelo’, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro”, disse. Bolsonarista com mandato já afirmam que não há declaração no inquérito que diga que Bolsonaro é o homem do golpe.
Lula e sua turma tem um problemão para resolver. Bolsonaro e os militares tem um problemão para resolver.
O de Lula tem relação com o futuro de seu governo, que poderá ser mortal para ele. O de Bolsonaro, todos sabem, poderá levá-lo a condenação com prisão. Lula vai lidar com o Congresso que precisa dar validade as medidas. Os congressistas vão se encontrar também sob pressão, mais adiante com a aprovação da isenção de R$ 5 mil. Vai ser difícil votar contra.
No caso de Bolsonaro, o rompimento dele com os generais que trouxe para dar legitimidade institucional a seu governo é imprevisível. Se Bolsonaro seguir com essa estratégia de colocar a culpa nos generais arrisca ver mais delações que o prejudique, mas ele conta que o eleitorado que lhe é simpático, tal qual Donald Trump, o tolerará sob argumento do Messias, o perseguido.
Infelizmente, para você que gostaria de nova música, vamos ter que continuar ouvindo os boleros doídos sobre as perdas do “pai dos pobres” e as agruras de “Messias, o perseguido”. Meu Deus!
Por Genésio Araújo Jr, jornalista.
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