31 de julho de 2025
REGISTRO CIVIL

Nascimentos caem pelo sexto ano consecutivo e chegam a 2,38 milhões em 2024, informa IBGE

Veja mais

Por Politica Real com agências
Publicado em
Veja quadro sobre óbitos Foto: site do IBGE

(Brasília-DF, 10/12/2025) Na manhã desta quarta-feira, 10, o IBGE divulgou mais dados das Estatísticas do Registro Civil.

O país teve 2,38 milhões de nascimentos ocorridos em 2024, uma queda de 5,8% em relação a 2023 (2,52 milhões). Esses nascimentos foram registrados até o primeiro trimestre de 2025. Este é o sexto recuo consecutivo na série histórica, iniciada em 1974. Já os outros 65.825 registros de nascimentos realizados em 2024 são de nascimentos ocorridos em anos anteriores a 2024 ou com o ano de nascimento ignorado.

Todas as grandes regiões tiveram queda no número de nascimentos entre 2023 e 2024, especialmente no Sudeste (-6,3%), Norte (-6,2%) e Sul (-6,0%). Nordeste (-5,3%) e Centro-Oeste (-4,7%) tiveram quedas menos intensas. Entre as unidades da federação, destaques para Acre (-8,7%), Rondônia (-8,6%) e Piauí (-8,2%), com os maiores recuos, e Paraíba (-1,9%), Alagoas (-2,4%) e Goiás (-3,0%), com reduções menos expressivas.

Em 2024, 88,5% dos registros de nascimentos gerados por mães residentes no país foram realizados no prazo de até 15 dias e 98,9% em até 90 dias. As áreas com mais de 20% dos registros realizados após os 90 dias estão concentradas em 11 municípios, sendo 7 deles na Região Norte, 3 no Piauí e 1 em Minas Gerais. Para a Região Norte, cerca de 1 a cada 4 registros de nascimentos (25,1%) foram realizados após o prazo de 15 dias, enquanto no Sul essa participação foi de 3,5%.

Proporção de mães com até 24 anos cai de mais da metade (51,7%) para pouco mais de um terço (34,6%) em duas décadas

Cerca de 34,6% dos nascimentos eram de mães com até 24 anos em 2024, uma redução considerável em comparação a 2004, quando mais da metade (51,7%) dos nascimentos eram de mães nessa faixa etária. Na Região Centro-Oeste houve a principal queda neste indicador, de 55,1% para 35,1% no mesmo período, enquanto Sul (29,9%) e Sudeste (30,7%) apresentaram valores mais baixos em 2024.

Houve diminuição também do número de registros de nascimentos gerados por mães adolescentes com até 19 anos, variando de 20,8% em 2004 para 11,3% em 2024. Mesmo assim, foram 267.446 nascimentos concebidos por mães com até 19 anos no país, considerando que a maternidade entre mulheres jovens pode ser um fator que dificulta sua permanência na educação formal.

Em 2024, 2.370.945 registros de nascimentos ocorridos no ano foram de filhos de mães que residiam no Brasil, sem considerar aquelas que moram no estrangeiro ou cuja residência é ignorada. Desse total, 0,9% (22.290) eram filhos de mães que nasceram em país estrangeiro e residiam no Brasil. Venezuela (32,4%), Bolívia (18,8%) e Paraguai (9,9%) foram os países de nacionalidade dessas mães estrangeiras, que residiam no Brasil, com maior participação percentual.

País teve 1,50 milhão de óbitos em 2024; 6,9% por causas não naturais

Em 2024, aconteceram 1,50 milhão de óbitos no país, uma alta de 4,6% em comparação ao ano anterior. Esses óbitos foram registrados até o primeiro trimestre de 2025. O grupo de idosos com 60 anos ou mais representou 71,7% dos óbitos registrados, o que corresponde a 1,07 milhão de mortes. Na comparação com 2023, houve alta de 5,6% ou 57.133 óbitos a mais nessa faixa etária.

Considerando a natureza do óbito, 90,9% das mortes foram por causas naturais, 6,9% por causas externas e em 2,2% não foi possível obter a natureza.

Os óbitos por causas externas ou não naturais (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc) acometem especialmente os homens. Em 2024, o número de óbitos dessa natureza entre homens (85.244) foi 4,7 vezes maior que o de mulheres (18.043); entre os adolescentes e jovens de 15 a 29 anos, essa sobremortalidade masculina (27.575 óbitos) por causas não naturais é ainda mais acentuada, 7,7 vezes maior que a feminina (3.563 óbitos).

O aumento no número de óbitos aconteceu em todas as grandes regiões e em 26 unidades da federação. Sul (7,4%) e Centro-Oeste (6,2%) tiveram as maiores elevações na quantidade de óbitos, enquanto o aumento foi menor no Sudeste (4,0%), Nordeste (3,8%) e Norte (3,2%). Distrito Federal (11,6%), Rio Grande do Sul (7,6%), Santa Catarina e Goiás (ambos com 7,5%) e Paraná (7,0%) tiveram as maiores variações no número de óbitos. Roraima foi o único estado com queda (-5,7%).

Na comparação por sexo, aconteceram e foram registrados 815.608 mil óbitos masculinos e 678.372 femininos em 2024. O aumento no número de óbitos masculinos em relação ao ano anterior foi de 4,2% e dos femininos, 5,0%. Consequentemente, a razão de óbitos entre os sexos diminuiu de 121,2 para 120,2 óbitos masculinos a cada 100 femininos.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)