Lula disse que não tem problemas com o Congresso, mas que era contra as emendas impositivas e que elas são um erro histórico
Veja mais
Publicado em
(Brasília-DF, 04/12/2025). Durante seu discurso na manhã desta quinta-feira, 04, na durante reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CNDES), o “Conselhão”, no Palácio do Itamaraty, chamou atenção, além das pautas agendadas, quando o chefe de Governo falou da relação com o Congresso Nacional.
Lula disse que não tem problemas com Congresso, mas disse que não concordava com as emendas impositivas e disse que “sequestrar” 50% do Orçamento da União é um grave erro histórico.
Ele disse que isso só vai mudar quando mudarem as pessoas que comandam o Congresso Nacional.
"Vocês acham que nós, do governo, temos algum problema com o Congresso Nacional? A gente não tem. Eu, sinceramente, não concordo com as emendas impositivas. Eu acho que o fato de o Congresso Nacional sequestrar 50% do Orçamento da União é um grave erro histórico", disse o petista Lula.
Ele continuou:
"Eu acho. Mas você só vai acabar com isso quando você mudar as pessoas que governam, que aprovaram isso", acrescentou.
Mais
Sobre as pautas da reunião do Conselhão, Lula destacou os avanços na recuperação econômica e a responsabilidade do governo na consolidação de políticas públicas sustentáveis.
“Ninguém acreditava que nós pudéssemos chegar no mês de dezembro de 2025 numa situação confortável como essa que nós estamos”, disse Lula sobre o cenário econômico. O presidente também reforçou o papel do Governo: “Somos eleitos para governar para 215 milhões de brasileiros com as suas diferenças de gênero, com as suas diferenças de cor, econômicas e de religião. E nós queremos governar para todos, sem distinção”, ressaltou.
A 6ª Reunião Plenária do Conselhão reuniu governo, sociedade civil e especialistas para avançar em temas estratégicos do desenvolvimento nacional. O encontro apresentou a Estratégia Nacional de Compras Públicas para Inovação, o Guia das Duplicatas Escriturais e diretrizes para o projeto “Pilares de um Projeto de Nação”, que propõe um país mais justo, sustentável, democrático e tecnologicamente soberano.
O colegiado é responsável pelo assessoramento do presidente da República na formulação de políticas públicas e diretrizes de governo.
Lula ressaltou conquistas estruturantes, como o protagonismo brasileiro em energia renovável e os avanços históricos na expansão das universidades e investimentos em educação, ciência e tecnologia.
“Na COP 30, o grande avanço dos países ricos, daqueles que ficam ditando regra para nós, é que em 2050 eles querem chegar a 40% de energia renovável. E nós, em 2025, já oferecemos 53% de energia renovável nesse país”, destacou o presidente. “Esse país tem que se tratar com o respeito de um país que tem um povo capaz, trabalhador, que tem uma base intelectual muito forte, que tem universidades sólidas e que tem gente que quer vencer”, declarou Lula.
Lula também convidou o Conselhão a debater temas estruturais, como a redução da jornada de trabalho e o enfrentamento à violência contra a mulher.
Eu queria que esse Conselho estudasse com muito carinho essa proposta da jornada de trabalho, para acabar com essa coisa de 6x1, porque não tem mais sentido neste país com os avanços tecnológicos”, registrou.
“Essa é uma coisa que eu acho que esse Conselho tem que pensar e apresentar uma proposta dura, para que não seja uma proposta do presidente da República, que seja uma proposta da sociedade civil brasileira. Nós queremos colocar um fim no feminicídio”, enfatizou.
( da redação com redes sociais e Agência Gov. Edição: Política Real)