31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil sem índices em destaque

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Por Politica Real com agências
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Mercados em estabilidade Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 19/11/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil sem divulgações de índices e dados para o dia.

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Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam próximos à estabilidade (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%) após uma nova sessão negativa, marcada pela fraqueza do setor de tecnologia e pela expectativa em torno dos resultados da Nvidia. A pressão veio novamente das empresas ligadas à AI, com Nvidia, Palantir, Microsoft e AMD encerrando o pregão no vermelho, levando o ETF XLK (Setor de Tecnologia) a recuar 1,6%. Bitcoin chegou a cair abaixo de US$ 90 mil antes de recuperar parte das perdas, enquanto o ouro subiu a partir de mínimas de uma semana. O mercado aguarda o balanço da Nvidia, que deve apresentar forte crescimento impulsionado pela demanda por chips de IA, mas enfrenta expectativas muito elevadas após o rali do setor.

Na Europa, as bolsas operam em leve queda (Stoxx 600: -0,1%) com investidores cautelosos diante das dúvidas sobre valuations de IA e à espera do balanço da Nvidia. Entre destaques, Kering cai 2,4% após o novo CEO afirmar que a volta ao crescimento exigirá reduzir lojas e a dependência da Gucci. Roche avança 6,3% após divulgar resultados positivos de um estudo clínico de sua nova pílula contra câncer de mama. No Reino Unido, a inflação desacelerou para 3,6% em outubro, em linha com expectativas e reforçando a probabilidade de corte de juros no Natal.

Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: -0,4%; CSI 300: +0,4%), acompanhando a queda nos EUA. O setor de tecnologia voltou a pressionar as bolsas, com quedas expressivas em nomes como Advantest, Renesas e Xiaomi após alertas sobre custos crescentes de chips. Nos juros, os JGBs avançaram, com o rendimento do título japonês de 20 anos atingindo 2,81%, o maior desde 1999.

Na agenda do dia, o principal evento é a divulgação da ata da última reunião do FOMC, o comitê de política monetária dos Estados Unidos. A ata deve apresentar mais detalhes sobre a decisão que cortou 25 pontos-base da taxa de juros norte-americana. Também haverá a divulgação da balança comercial, a primeira após o retorno das atividades do governo. Na Europa, a inflação ao consumidor deve mostrar queda na margem para o indicador cheio, mas estabilidade acima da meta para o núcleo da inflação. Na China, o banco central (PBoC) define a taxa de juros de 1 e 5 anos.

IBOVESPA -0,3% | 156.522 Pontos.  CÂMBIO -0,24% | 5,32/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira em queda de 0,3%, aos 156.522 pontos, acompanhando o desempenho dos mercados globais (S&P 500: -0,8%; Nasdaq: -1,2%), e continuando a apresentar um desempenho mais tímido após a forte sequência de altas dos dias anteriores.

O destaque positivo do dia foi Cogna (COGN3, +9,9%), em movimento de recuperação, retomando patamares anteriores após a queda da semana passada, quando a companhia divulgou seus resultados do 3T25. Na ponta negativa, Hapvida (HAPV3, -5,6%) voltou a recuar, ainda refletindo o impacto do balanço do 3T25, que veio significativamente abaixo das expectativas do mercado.

Nesta quarta-feira, o Federal Reserve divulga a ata da última reunião de política monetária, enquanto os investidores permanecem divididos entre um corte de 25 bps ou manutenção da taxa na próxima decisão do FOMC, em dezembro. No lado micro, todas as atenções estarão voltadas para a divulgação dos resultados da Nvidia.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros fecharam esta terça-feira com leve alta ao longo da curva, após um dia de baixa oscilação. A agenda doméstica foi pouco relevante, mas, diante do feriado de quinta-feira, os investidores voltaram as atenções para o leilão de títulos prefixados que ocorrerá amanhã, após o leilão da semana passada ter registrado o maior volume financeiro desde março e o maior risco (DV01) desde dezembro de 2020. Assim, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,67% (+5,1bps); DI jan/29 em 12,92% (+9,4bps); DI jan/31 em 13,24% (+7,3bps). Já nos EUA, os rendimentos dos Treasuries recuaram, refletindo a continuidade do movimento de aversão ao risco global, enquanto investidores aguardam sinais mais claros sobre a trajetória dos juros do Federal Reserve (Fed). Os títulos de dois anos terminaram o dia em 3,57% (- 3,03bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,10% (- 2,22bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sessão de terça-feira praticamente estável, com uma leve queda de 0,02%. No acumulado de novembro, o índice registra alta de 0,62%, enquanto no ano o avanço é de 16,03%. Os fundos de tijolo mantiveram-se estáveis ao longo do dia, sem variações significativas. Já os fundos de papel apresentaram leve valorização de 0,03%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se BROF11 (1,5%), TRBL11 (1,1%) e KNIP11 (0,8%). Já entre as principais quedas, figuraram BTAL11 (-2,4%), URPR11 (-1,5%) e WHGR11 (-1,4%).

Economia

As encomendas à indústria mostraram recuperação em agosto nos Estados Unidos, crescendo 1,4% após uma queda de 1,3% em julho, em linha com as expectativas. Apesar do resultado positivo, a indústria americana continua enfrentando dificuldades como consequência das tarifas de importações. Já os dados de pedidos de seguro-desemprego, divulgados pela primeira vez após o fim da paralisação do governo americano, mostraram alta ante o período anterior e atingiram o maior nível desde 2021, em linha com evidências de enfraquecimento do mercado de trabalho. No Brasil, o Senado aprovou um projeto de lei que resgata as medidas de redução de despesas e uma parte das de aumento de receita que acabaram caindo após o prazo da MP nº 1303/25 expirar. As medidas são consideradas fundamentais para o governo atingir a meta de resultado primário no ano que vem.

Não há divulgação de dados no Brasil.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)