COP30: Manifestantes entram em conflito com as forças de segurança da ONU; Marcha pela Saúde e Clima divulga nota de esclarecimento
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(Brasília-DF, 11/11/2025). Nesta terça-feira, 11, dezenas de pessoas, entre elas indígenas e integrantes de movimentos sociais, entraram em confronto com forcas de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) no início da noite no pavilhão onde acontece a COP30, em Belém.
Um integrante do serviço de atendimento médico de urgência falou à BBC News Brasil que pelo menos uma pessoa, um segurança, foi removido por paramédicos com um ferimento na cabeça.
Segundo relatos colhidos pela BBC News Brasil, o protesto começou quando um grupo de indígenas tentou entrar no pavilhão onde fica a zona azul da COP30, local onde ocorrem as negociações da conferência.
O acesso ao pavilhão só é dado a que tem credenciais.
Após a ocorrência, os seguranças e bombeiros militares montaram um cordão de isolamento impedindo o acesso.
Agentes da Polícia Federal armados com fuzis também foram colocados em frente à entrada do pavilhão.
A BBC News Brasil enviou questionamentos à organização da COP30, a cargo do governo brasileiro, mas foi informada de que assuntos relativos à segurança do local devem ser endereçadas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC), órgão responsável pelas COPs.
A UNFCC não respondeu aos questionamentos de BBC News Brasil.
Veja a nota que chegou à redação:
Nota de esclarecimento - Marcha pela Saúde e Clima
“A Marcha pela Saúde e Clima, realizada nesta Terça-feira, 11 de novembro, foi um sucesso de público, reunindo milhares pessoas de pessoas em Belém (PA). O ato teve concentração na Embaixada dos Povos e contou com a participação de instituições nacionais e internacionais, além de diversas entidades da área da saúde e da sociedade civil. O objetivo da marcha foi chamar atenção para os impactos das mudanças climáticas na saúde pública e para a necessidade urgente de políticas que protejam tanto as pessoas quanto o planeta.
Todos os participantes da marcha cumpriram integralmente o trajeto e os acordos previamente firmados com a organização da COP30, evento histórico sediado pelo Brasil em Belém do Pará.
Os atos que ocorreram após a marcha não fazem parte da organização do evento que tratou de saúde e clima.
A marcha, que se encerrou na Travessa Lomas Valentina com a Duque de Caxias, foi uma expressão legítima, pacífica e organizada de mobilização popular, construída com diálogo, responsabilidade e compromisso coletivo.
Reafirmamos nosso respeito às instituições organizadoras da COP30 e o compromisso com uma Amazônia viva, saudável e sustentável para todos.”
( da redação com informações da BBC e agências. Edição: Política Real)