31 de julho de 2025
CRIME ORGANIZADO

CRIME ORGANIZADO: Guilherme Derrite, ao lado de Hugo Motta, recua em novo relatório e mantém prerrogativas da PF no enfrentamento do crime organizado; Hugo Motta quer votar o texto nesta quarta-feira

Veja a íntegra do terceiro texto de Derrite

Por Politica Real com agências
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Hugo Motta ao lado de Guilherme Derrite faz faz no final di dia Foto: Marina Ramos

(Brasília-DF, 11/11/2025)    Na tarde desta terça-feira, 11, o deputado Guilherme Derrite (PL-SP), o relator do projeto do marco legal do combate ao crime organizado (PL 5582/25), ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu um texto de consenso que endureça as penas, valorize as forças de segurança e integre municípios, estados e governo federal no combate ao crime organizado.  Veja a íntegra do novo texto do relator Derrite AQUI.

O relator,  em vez de alterar a Lei Antiterrorismo, como proposto anteriormente,

vai prever novos tipos penais, como domínio de território, explosão de caixas eletrônicos e uso de armamentos restritos, em uma nova lei. Ele também manterá as competências da Polícia Federal no combate ao crime organizado.

“Não queremos deixar qualquer margem de dúvidas sobre o papel da Câmara sobre segurança pública: estamos endurecendo as penas, dificultando a vida de quem participa do crime organizado. Não vamos compactuar com aquela narrativa de que a Câmara não está agindo”, destacou Hugo Motta.

Soberania nacional

Segundo Motta, no processo legislativo, deve-se buscar convergência nos grandes temas, como a segurança pública. Ele ressaltou novamente que a proposta em nenhuma hipótese coloca em risco a soberania do País nem restringe o papel da Polícia Federal.

Consenso para votar

Motta afirmou que pode colocar o texto em votação neta quarta-feira ,12,, se houver consenso entre os líderes e o relator.

“Eu vejo aqui o momento de uma grande construção política. Quero registrar que essas pautas de segurança foram, na sua grande maioria, votadas por unanimidade, unindo a oposição e o governo, demonstrando o compromisso com essa pauta", ressaltou o presidente da Câmara.

"Espero que, até o dia de amanhã, esse relatório possa ser debatido com as bancadas e, quem sabe, possamos aí construir uma convergência para termos uma votação amanhã.”

Maior tempo em regime fechado

Derrite negou que houvesse qualquer restrição da atuação da Polícia Federal na sua proposta original e afirmou que o novo marco legal vai endurecer as penas, como, por exemplo, exigir que líderes de facções criminosas cumpram de 70% a 85% das penas em regime fechado.

Derrite também afirmou que retirou as alterações da Lei Antiterrorismo para evitar a interpretação de que os integrantes das facções criminosas são equiparados a terroristas, o que poderia acarretar interferências externas no País e perdas de receitas de investimentos internacionais.

“Dentro dessas condutas, as mais graves são as que acontecem por parte de membros de organizações criminosas. Algumas delas, domínios de território, explosões de caixas eletrônicos, que são conhecidos como domínio de cidades ou novo cangaço, a exploração de atividade econômica em determinada área, como acontece em algumas comunidades no Brasil, seja distribuição de energia, distribuição de gás, entre outras, utilização de armamento de uso restrito das forças armadas, como fuzis, como granadas”, explicou o parlamentar.

Penas de 20 a 40 anos

Segundo Derrite, enquanto a Lei Antiterrorismo continua do jeito que está, com previsão de 12 a 30 anos de prisão, no marco legal do combate ao crime organizado, as penas vão de 20 a 40 anos de prisão para membros de organizações criminosas.

“Líderes de organizações criminosas que praticarem esses novos tipos penais previstos vão cumprir pena direto no sistema penal federal, onde eles não terão acesso à visita íntima, os seus dependentes não terão direito ao auxílio-reclusão e todas as comunicações desses líderes, dessas organizações criminosas, serão monitoradas, gravadas, inclusive com seus advogados”, detalhou Derrite.

O relator destacou ainda que o objetivo é desarticular as principais lideranças do crime organizado no Brasil.

( da redação com informações de assessoria e Ag. Câmara. Edição: Políica Real)