31 de julho de 2025
CRIME ORGANIZADO

Veja a lista dos 115 dos 117 suspeitos mortos na megaoperação “Operação Contenção”

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Por Politica Real com agências
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Imagem da frente do IM: do RJ Foto: Arquivo da Política Real

Com agências.

(Brasília-DF, 03/11/2025) Na noite desse domingo, 02, a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou a lista com os nomes de 115 dos 117 suspeitos mortos na megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão na semana passada.

A operação também deixou um saldo de quatro policiais mortos. Segundo a polícia, dois mortos ainda não foram identificados, com perícias inconclusivas até o momento.

A operação policial contra o Comando Vermelho realizada na terça-feira da semana passada ,28 de outubro, foi a mais letal já registrada no país. Ela envolveu 2,5 mil agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro para cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão em uma área de 9 milhões de metros quadrados.

A operação não atingiu parte da cúpula do Comando Vermelho: Edgard Alves de Andrade, o Doca, apontado como maior líder da facção em liberdade, segue sendo procurado. Assim como Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala, Juan Pedro Ramos, o BMW, e Carlos da Costa Neves, o Gardenal.

Movimentos de direitos humanos classificam a operação como "chacina" e questionam sua eficácia como política de segurança. O grande número de vítimas também foi criticado pelo Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que se disse "horrorizado" com a operação nas favelas.

Sobre os mortos na operação, a polícia do Rio afirmou em nota que "mais de 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do Estado".

"O trabalho de inteligência desenvolvido pela cúpula de Segurança Pública do Estado identificou que 59 tinham mandados de prisão pendentes, pelo menos 97 apresentavam históricos criminais relevantes", afirma a nota.

As informações do governo do Rio também indicam que 17 dos mortos identificados não apresentavam histórico criminal. Destes, "12 apresentaram indícios de participação no tráfico em suas redes sociais", afirma a nota.

No documento divulgado, a polícia anexou fotos de algumas das postagens que supostamente apontariam para as atividades criminosas dos suspeitos. Em algumas delas, eles aparecem em fotos carregando armas ou usam emojis que, segundo as autoridades, fazem alusão à bandeira do Comando Vermelho.

Os outros 5 mortos não possuem anotações criminais e não figuram como autor ou envolvido em registros de ocorrência no Rio de Janeiro, de acordo com a própria polícia. Também não há indício de envolvimento com o tráfico em suas redes sociais.

Ainda segundo o governo carioca, 62 suspeitos mortos são de outros Estados: 19 do Pará, 12 da Bahia, 9 do Amazonas, 9 de Goiás, 4 do Ceará, 3 do Espírito Santo, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 1 do Mato Grosso, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.

"A apuração concluída é o verdadeiro retrato do cenário que eu venho insistentemente falando. Foi um duro golpe na criminalidade", disse o governador Claudio Castro, na nota.

"Entre os que morreram ao reagir à ação das forças policiais, havia diversos líderes criminosos. Inclusive de outros Estados, como chefes do tráfico do Espírito Santo, Amazonas, Bahia e Goiás. Se não tiver uma integração efetiva de poderes e demais entes, sob a ótica e apoio federal, vamos vencer batalhas, mas não a guerra."

O secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, disse que a lista não encerra o trabalho de investigação, e que relatórios estão sendo produzidos para serem entregues aos órgãos competentes.

Ele disse que a "mínima fração de narcoterroristas neutralizados que não possuíam anotações criminais, nem imagens em redes sociais portando armas ou demonstrando vínculo com facções criminosas não significa nada".

"Se eles não tivessem reagido à abordagem dos policiais, teriam sido presos em flagrante pelo porte de fuzis, granadas e artefatos explosivos, por tentativa de homicídio contra os agentes de segurança e também pelos crimes de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. Portanto, são narcoterroristas que saíram do anonimato", disse o delegado.

A lista dos mortos na megaoperação

Os nomes dos 115 mortos divulgados pela Polícia Civil são:

 

Adailton Bruno Schmitz da Silva

Adan Pablo Alves de Oliveira

Aleilson da Cunha Luz Junior

Alessandro Alves de Souza

Alessandro Alves Silva

Alessandro Martins Moreira de Oliveira

Anderson da Silva Severo

André Luiz Ferreira Mendes Junior

Arlen João de Almeida

Brendon César da Silva Souza

Bruno Almeida de Oliveira

Bruno Correa da Costa

Bruno dos Santos Raimundo

Carlos Eduardo Santos Felício

Carlos Henrique Castro Soares da Silva

Cauãn Fernandes do Carmo Soares

Célio Guimarães Júnior

Cleideson Silva da Cunha

Cleiton Cesar Dias Mello

Cleiton Souza da Silva

Cleiton Souza da Silva

Cleys Bandeira da Silva

Danilo Ferreira do Amor Divino

Diego dos Santos Muniz

Diogo Garcez Santos Silva

Diogo Souza Nunes

Douglas Conceição de Souza

Douglas Henrique Simões da Costa

Eder Alves de Souza

Edione dos Santos Dias

Edson de Magalhães Pinto

Eliel Castro de Jesus

Emerson Pereira Solidade

Erick Vieira de Paiva

Evandro da Silva Machado

Fabian Alves Martins

Fabiano Martins Amancio

Fabio Francisco Santana Sales

Fabricio dos Santos da Silva

Felipe da Silva

Fernando Henrique dos Santos

Francisco Machado dos Santos

Francisco Myller Moreira da Cunha

Francisco Nataniel Alves Gonçalves

Francisco Teixeira Parente

Gabriel Lemos Vasconcelos

Gilberto Nascimento da Rocha

Gustavo Souza de Oliveira

Hercules Salles de Lima

Hito José Pereira Bastos

Jean Alex Santos Campos

Jeanderson Bismarque Soares de Almeida

Jonas de Azeredo Vieira

Jônatas Ferreira Santos

Jonatha Daniel Barros da Silva

Jorge Benedito Correa Barbosa

Jorge Santos dos Anjos

José Paulo Nascimento Fernandes

Josigledson de Freitas Silva

Juan Marciel Pinho de Souza

Kauã de Souza Rodrigues da Silva

Kauã Teixeira dos Santos

Keven Vinicius Sousa Ramos

Kleber Izaias dos Santos

Leonardo Fernandes da Rocha

Luan Carlos Dias Pastana

Luan Carlos Marcolino de Alcântara

Lucas Alves Araujo

Lucas da Conceição

Lucas da Silva Lima

Lucas Guedes Marques

Luciano Ramos Silva

Luiz Carlos de Jesus Andrade

Luiz Claudio da Silva Santos

Luiz Eduardo da Silva Mattos

Maicon Pyterson da Silva

Maicon Thomaz Vilela da Silva

Marcio da Silva de Jesus

Marcos Adriano Azevedo de Almeida

Marcos Antonio Silva Junior

Marcos Aurelio Amaral Carreira

Marcos Vinicius da Silva Lima

Marllon de Melo Felisberto

Maxwel Araújo Zacarias

Michel Mendes Peçanha

Nailson Miranda da Silva

Nelson Soares Dos Reis Campos

Rafael Correa da Costa

Rafael de Moraes Silva

Ricardo Aquino dos Santos

Richard Souza dos Santos

Robson da Silva Monteiro

Rodolfo Pantoja da Silva

Ronald Oliveira Ricardo

Ronaldo Julião da Silva

Rubens Lourenço dos Santos

Tarcisio da Silva Carvalho

Tiago Neves Reis

Vanderley Silva Borges

Victor Hugo Rangel de Oliveira

Vitor Ednilson Martins Maia

Wagner Nunes Santana

Waldemar Ribeiro Saraiva

Wallace Barata Pimentel

Wellington Brito dos Santos

Wellington Santos de Jesus

Wellinson de Sena dos Santos

Wendel Francisco dos Santos

Wesley Martins E Silva

William dos Santos Barbosa

Willian Botelho de Freitas Borges

Yago Rakhel Rodrigues Rios

Yan dos Santos Fernandes

Yure Carlos Mothé Sobral Palomo

Yuri dos Santos Barreto

Os quatro policiais mortos na operação já tiveram suas identidades divulgadas na semana passada:

 

Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, comissário da 53ª DP (Mesquita);

Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);

Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope);

Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.

 

 

( da redação com informações da BBC Brasil. Edição: Polític a Real)