Moradores do Rio de Janeiro, 50%, defendem que primeiro a PM deve abordar sem atirar; 60 % dos fluminenses entendem que Lula fala com a opinião dele de que os traficantes são vítimas dos usuários
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(Brasília-DF, 02/11/2025). Neste domingo, 02 de novembro, Quaest Pesquisa em parceria com a Genial Investimentos divulgou a sua Genial/Quaest sobre como os moradores do Estado do Rio de Janeiro viram a Operação Contenção.
Um dos pontos de destaque é que apesar das pessoas terem se mostrado a favor da operação com 21 mortes, 50% defendem que a PM deve abordar um criminoso para tentar prender sem atirar.
Foram vários questionamentos, mas a pesquisa quis ssaber como os fluminenses viraa a recente declaração do presidente Lula de que os traficantes são usados pelos usuários que depois ele disse que era um mal-entendido. 60% dos moradores do estado acreditam que esta é uma opinião sincera dele de que os traficantes são reféns dos usuários.
Veja as postagens do CEO da Quaest, cientista político Felipe Nunes:
Pesquisa Genial/Quaest mostra que 50% dos moradores do estado do RJ defendem que a PM deve abordar um criminoso para tentar prender sem atirar, enquanto 45% defendem que a PM já chegue atirando.
As opiniões sobre a abordagem que deve ser usada pela PM se dividem mesmo em um contexto em que 87% afirmam que a cidade do RJ vive uma situação de guerra.
Mesmo sendo aprovada, sendo um sucesso para a maioria, a operação policial não conseguiu produzir mais sensação de segurança nos moradores do estado do RJ: 52% se sentem menos seguros, enquanto 35% se sentem mais seguros.
Junto com a sensação de insegurança vem o medo de que haja uma reação das facções criminosas: 74% dos moradores do estado tem esse medo.
Dá pra entender esse medo, já que a população do RJ não parece acreditar que as forças policiais do estado estão preparadas para um conflito armado contra as facções criminosas (48 x 44).
Para 62% dos moradores do estado a PM do RJ não tem capacidade de combater o crime organizado sozinha, enquanto 36% defendem que sim. O carioca acredita que vive uma guerra, mas não tem certeza que sua PM pode defendê-lo apropriadamente
Para completar esse quadro de medo e preocupação, a pesquisa revela uma insatisfação significativa: para 53% dos moradores do estado o governo federal não tem ajudado os estados no combate às organizações criminosas e para 24% tem ajudado pouco
Se a operação não conseguiu melhorar a sensação de segurança da população, provocou uma mudança muito significativa na avaliação do trabalho do governo do estado na segurança pública: avaliação positiva passou de 22% para 39% entre agosto e outubro.
Como consequência, provocou uma aumento expressivo na aprovação do governador Claudio Castro: em agosto, era aprovado por 43% dos moradores do estado; depois da operação policial, passou a ser aprovado por 53%.
A melhora na aprovação do governador aconteceu porque a maioria dos cariocas acreditam que a operação foi autorizada para combater o crime organizado (54%), não como uma ação para ganhar popularidade. Se fosse em período eleitoral, as percepções poderiam ser diferentes
Se o governador se beneficiou com a operação, a aprovação do presidente não sofreu mudanças significativas. Muita coisa aconteceu entre ago e out, vários efeitos positivos podem ter sido anulados com a operação, ou a população não premia/pune o presidente por esse caso.
O que a pesquisa nos permite constatar é que a população do estado do RJ não avalia bem o trabalho do governo Lula na segurança pública: 18% de positivo versus 60% de negativo.
A população também não viu com bons olhos a fala do presidente Lula sobre traficantes serem vítimas dos usuários de drogas: 60% dos moradores do estado acreditam que esta é uma opinião sincera dele, não um mal entendido (33%), como o presidente justificou em suas redes.
Além de não acreditar no pedido de desculpas do presidente, a população do estado também não concorda com o conteúdo do que foi dito por ele (84%), independentemente se a frase foi mal interpretada ou não.
A Quaest ouviu 1.500 pessoas no estado do RJ entre os dias 30 e 31/10. O nível de confiabilidade da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 3 pp. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
( da redação com informações de redes sociais. Edição: Politica Real)