DESTAQUES DO DIA: Mercados globais recuam e no Brasil expectativa do Novo Caged
Veja mais números
Publicado em
(Brasília-DF, 30/10/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em recuam e no Brasil expectativa dos números do Novo Caged.
Veja mais:
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,2%) após a reunião entre Donald Trump e Xi Jinping em Busan, na Coreia do Sul, que resultou em um acordo de um ano sobre terras raras e minerais críticos e na redução das tarifas sobre o fentanil para 10%. Investidores digerem também a nova rodada de resultados das Big Techs e a decisão do Federal Reserve. Alphabet saltou 6% após lucro acima do esperado, enquanto Meta e Microsoft recuaram 8% e 4%, respectivamente, pressionadas por preocupações com custos em inteligência artificial — incluindo uma despesa única de US$ 15,9 bi da Meta relacionada ao “One Big Beautiful Bill Act” e impacto de US$ 3,1 bi nos lucros da Microsoft devido ao investimento na OpenAI.
Na Europa, as bolsas recuam levemente (Stoxx 600: -0,3%) com investidores à espera de novos balanços, dados de crescimento e a decisão do Banco Central Europeu, que deve manter a taxa de depósito em 2%. Airbus sobe 3% após divulgar alta de 42% no lucro operacional e +14% na receita, impulsionada por maior entrega de aeronaves e câmbio favorável. O foco também está nos resultados de TotalEnergies, Volkswagen, Crédit Agricole, Société Générale e Anheuser-Busch InBev. O otimismo global foi moderado pelas falas de Powell e pelo tom cauteloso após o encontro Trump–Xi.
Na China, os mercados fecharam em queda (HSI: -0,2%; CSI 300: -0,8%) após o término da reunião entre Trump e Xi, que sinalizou avanços, mas sem compromissos estruturais de longo prazo. O Japão manteve estabilidade (Nikkei 225: +0,0%; Topix: +0,7%), enquanto o Kospi avançou 0,1%, renovando recorde em 4.086 pontos com ganhos em estaleiros e montadoras. A Coreia do Sul também anunciou investimento de US$ 200 bilhões nos EUA, voltado a cooperação em construção naval.
Na agenda do dia, destaque para a repercussão da reunião entre os presidentes Donald Trump e XI Jinping. Além disso, teremos a decisão de política monetária do banco central da Zona do Euro (ECB), que deve manter as taxas de juros inalteradas
IBOVESPA +0,82% | 148.632 Pontos. CÂMBIO -0,06% | 5,36/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quarta-feira em alta de 0,8%, aos 148.632 pontos, renovando suas máximas históricas e alcançando, pela primeira vez, a marca dos 149 mil pontos durante o dia. O destaque do pregão foi a decisão de juros do Federal Reserve, que reduziu a taxa em 25 bps, em linha com as expectativas. No entanto, a sinalização de uma divergência entre os membros do comitê em relação à decisão da reunião de dezembro acabou pesando sobre o sentimento dos investidores, levando as bolsas americanas a caírem após o comunicado. Do lado micro, a performance do índice foi sustentada pelo sólido desempenho dos bancos, impulsionados pelos resultados positivos de Santander (SANB11, +1,6%).
As ações de Hypera (HYPE3, +4,8%) avançaram após a empresa divulgar resultados do 3T25. Na ponta negativa, MBRF (MBRF3, -7,8%) recuou em movimento técnico, devolvendo parte dos ganhos de 15,6% registrados no pregão anterior.
Nesta quinta-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação do Caged de setembro, além da decisão de juros na Europa. Pela temporada de resultados do 3T25, teremos balanços relevantes de Ambev, Gerdau, Marcopolo, Multiplan, Vivo, Vale e Vulcabras. No exterior, destaque para os resultados de Amazon e Apple.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura ao longo da curva, seguindo o mercado internacional. Nos EUA, o movimento foi influenciado pela sinalização de Jerome Powell, de que um novo corte em dezembro não está garantido, reduzindo expectativas de afrouxamento adicional. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,59% (+10,55bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,07% (+8,18bps). No Brasil, o movimento refletiu o cenário externo, com os vértices de longo prazo sofrendo maior pressão, ampliando a inclinação da curva de juros local. O DI jan/26 encerrou em 14,75% (+0,1bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,86% (+2,6bps); DI jan/29 em 13,16% (+8,6bps); DI jan/31 em 13,46% (+9,9bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sessão de quarta-feira com alta de 0,15%, em um dia marcado pela decisão de política monetária nos Estados Unidos. Com esse desempenho, o IFIX acumula valorização de 15,15% no ano.
Economia
O Federal Reserve reduziu as taxas de juros em 0,25 pontos percentuais nesta quarta-feira, em linha com o esperado, para a faixa de 3,75% a 4%. Contudo, o destaque da decisão veio do tom mais duro adotado pelo presidente da instituição, Jerome Powell, que rejeitou a perspectiva de um novo corte em dezembro, indicando a ausência de um consenso sobre o caminho da política monetária. O Fed também anunciou o reinício do programa de compras de títulos do Tesouro. O presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, anunciou que reduzirá as tarifas de importação para produtos chineses de 57% para 47% após reunião com o líder chinês Xi Jiping. O anúncio trouxe reações positivas, mas maiores detalhes ainda são esperados. No Brasil, dados de crédito mostraram leve expansão de 1,2% em setembro puxadas pelas concessões às empresas, que subiram 2,6%.
No Brasil, dados do Caged devem mostrar criação líquida de 165 mil empregos em setembro, e o governo central deve registrar déficit de R$ 15,1 bilhões no mesmo mês.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)