31 de julho de 2025
SECA EM SÃO PAULO

Governo de SP, que vive momento de estiagem, lança sistema com o objetivo de proteger reservatórios e mananciais do Sistema Integrado Metropolitano, que atende a Grande São Paulo

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Por Politica Real com assessoria
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Foi declarada escassez na porção de competência paulista da Bacia Hidrográfica do Piracicaba, que abastece o sistema Cantareira. Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

Com Ag. SP

(Brasília-DF, 24/10/2025). Nesta quarta-feira, 24, o Governo de São Paulo  lançou o modelo para acompanhamento e gestão integrada dos recursos hídricos da Grande São Paulo, com o objetivo de proteger reservatórios e mananciais do Sistema Integrado Metropolitano (SIM) e garantir o abastecimento da população. O Estado de São Paulo vive um momento de seca e o Governo de SP se prepara para que não falta água na maior cidade do Brasil.

A metodologia do Governo do Estado estabelece 7 faixas de atuação de acordo com os níveis de reservação nos períodos de chuva e de estiagem.

 “Estamos reforçando a transparência sobre o sistema e traçando o planejamento, olhando o futuro, não só para o curto prazo, mas no longo e médio. Em 2023, estabelecemos dois eixos principais de estratégia para resiliência climática: o da mitigação e o da adaptação e resiliência. Isso tudo se baseia na transparência e governança bem estabelecida”, ressaltou a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Natália Resende.

A metodologia é uma iniciativa para  permitir o planejamento de ações a partir de projeções que consideram patamares de segurança para reservação no SIM, afluências, consumo e volume de chuvas, monitorados permanentemente pela SP-Águas de modo a garantir a atualidade das projeções caso as variáveis se alterem. São definidas faixas de atuação sobre uma curva de projeção de 12 meses e o objetivo é que as medidas previstas em cada faixa sejam aplicadas sempre que necessário durante todo o ano, visando a estabilidade dos reservatórios.

“O trabalho integra a SP Águas, sob coordenação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e a Defesa Civil, para garantir segurança hídrica no curto, médio e longo prazo, considerando todas as variáveis necessárias de segurança hídrica”, afirmou Thiago Mesquita Nunes, diretor-presidente da Arsesp.

O modelo está alinhado ao plano SP Sempre Alerta, adotado desde 2023 para prevenção e redução de impactos de eventos climáticos, e ao Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática.

Metodologia e faixas

As 7 faixas de atuação representam etapas graduais de criticidade e orientam quais medidas de contingências serão adotadas em cada cenário. Para assegurar previsibilidade, as restrições só acontecem após sete dias consecutivos dos índices em uma mesma faixa, com relaxamento após 14 dias consecutivos de retorno ao cenário imediatamente mais brando.

Nas faixas de 1 a 3, o foco é em prevenção, consumo racional de água e combate a perdas na distribuição. As faixas 1 e 2 estabelecem o Regime Diferenciado de Abastecimento (RDA) e a gestão de demanda noturna de 8 horas, respectivamente. A faixa 3, onde São Paulo se encontra atualmente, prevê gestão de demanda noturna de 10 horas por dia e intensificação de campanhas de conscientização.

Já nas faixas 4, 5 e 6, os cenários são de contingência controlada, com períodos ampliados de redução da pressão na rede, por 12, 14 e 16 horas. Por fim, na faixa 7, o cenário mais grave inclui o rodízio de abastecimento entre regiões, com obrigação de fornecimento de caminhões-pipa para apoio a serviços essenciais. “O rodízio é uma medida de caráter excepcional e de impacto muito alto. Ele só será considerado quando todas as medidas anteriores se revelarem insuficientes para garantir a preservação dos reservatórios”, explicou o diretor-presidente da Arsesp.

Estiagem

Há um mês, em 24 de setembro, a SP Águas, agência reguladora de águas de São Paulo, suspendeu a emissão de novas outorgas de água para usos não prioritários nas bacias do Alto Tietê e Piracicaba até que os níveis dos reservatórios sejam recompostos.

A suspensão integra os esforços do Governo de São Paulo para proteger os níveis dos reservatórios e acontece com a declaração de escassez hídrica na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, cujo principal sistema produtor apresentava volume útil de 25,7% .

Também foi declarada escassez na porção de competência paulista da Bacia Hidrográfica do Piracicaba, que abastece o sistema Cantareira, este com 29,4% de volume útil na quarta, data da publicação das declarações no Diário Oficial do Estado.

( da redação com informações de assessoria e Ag. SP. Edição: Política Real)