DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em evolução e no Brasil destaque para divulgação do IPCA de setembro e estatísticas do Banco Central
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(Brasília-DF, 20/10/2025) A Política Real teve acesso ao relatório do “Moorning Call” apontando que os mercados globais estão em evolução e no Brasil, a principal divulgação será o IPCA-15 de outubro. Ademais, o Banco Central publicará as estatísticas do setor externo referentes a setembro.
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Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA avançam (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,3%) à medida que investidores se preparam para uma semana marcada por balanços de grandes empresas e pela divulgação do CPI de setembro, prevista para sexta-feira. O otimismo inicial foi reforçado por reportagem do Wall Street Journal indicando que o governo Trump isentou dezenas de produtos das tarifas recíprocas e avalia remover tarifas de centenas de outros itens não produzidos domesticamente. O foco também recai sobre o prolongado shutdown, que entra na quarta semana, e sobre os resultados de Netflix, Coca-Cola, Tesla e Intel.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,7%), revertendo parte das perdas da semana passada. O destaque do dia é a Kering (+4,0%), após anunciar a venda de sua divisão de beleza e fragrâncias para a L’Oréal por 4 bilhões de euros, medida voltada à redução de endividamento antes da divulgação de seus resultados na quarta-feira. O setor de defesa também mostra força após novo encontro entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky sobre a guerra na Ucrânia. Os bancos europeus sobem (Stoxx 600 Banks: +1,6%), à medida que as preocupações com crédito se concentram nos EUA.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,5%; HSI: +2,2%) após dados indicarem crescimento de 4,8% no PIB do terceiro trimestre, em linha com as expectativas, e apoiados pela manutenção das taxas de empréstimo de um ano em 3%. O Japão foi o destaque regional (Nikkei 225: +3,4%) e renovou recorde histórico, impulsionado pela notícia de que o Partido Liberal Democrata e o Partido da Restauração do Japão chegaram a um acordo para formar um novo governo de coalizão.
Economia
Nos Estados Unidos, os índices futuros de Nova York apontam para uma abertura positiva nesta segunda-feira, refletindo o otimismo dos investidores diante de sinais de trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China após Donald Trump indicar que as tarifas de 100% sobre produtos chineses podem ser insustentáveis. Na China, a economia cresceu 4,8% no terceiro trimestre de 2025, em linha com as projeções. Foi o ritmo mais fraco em um ano, refletindo a fragilidade da demanda interna e a dependência crescente das exportações em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos.
IBOVESPA +0,8% | 143.398 Pontos. CÂMBIO -0,7% | 5,40/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada em alta de 1,9% em reais e 3,3% em dólares, aos 143.398 pontos.
O destaque positivo da semana foi Usiminas (USIM5, +14,4%), à medida que o mercado precificou uma maior probabilidade de implementação de medidas antidumping sobre importações de aço da China.
Na ponta negativa, os papéis da Brava caíram (BRAV3, -2,6%), acompanhando a queda no preço do petróleo (Brent -2,3%).
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimentos mistos ao longo da curva, refletindo a apreciação do real frente ao dólar e as preocupações dos investidores frente ao cenário de crédito nos EUA. As taxas de juro real tiveram abertura, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 terminando em 8,07% a.a. (vs. 8,02% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,4bp no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,01% (+1bp); DI jan/29 em 13,33% (- 8bps); DI jan/31 em 13,61% (- 7bps); DI jan/35 em 13,76% (- 6bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,46% (-10,30 bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,01% (-10,75bps).
IFIX
A semana passada foi marcada por uma agenda doméstica amena, com impactos limitados sobre os fundos imobiliários, o que levou o IFIX a se manter estável no período. No acumulado de outubro, o índice recua 0,33%, refletindo uma correção após o movimento de valorização dos últimos meses. Entendemos que essa retração na primeira metade do mês também reflete o estreitamento dos prêmios de risco (spreads) em relação às taxas das NTN-Bs de referência, que seguem em patamares elevados. Na análise por segmento, os fundos de tijolo foram o destaque positivo, com alta de 0,19% na semana. Já os fundos de papel recuaram 0,13%, ainda impactados pelos efeitos da deflação observada em agosto.
Na agenda internacional desta semana, destaque para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro nos Estados Unidos – a divulgação do dado será atrasada, devido ao shutdown que ainda incorre sobre a máquina pública americana.
No Brasil, a principal divulgação será o IPCA-15 de outubro. Ademais, o Banco Central publicará as estatísticas do setor externo referentes a setembro.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)