31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil sem índices em destaque

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Por Política Real com agências
Publicado em
Mercados em estabilidade Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 10/10/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil sem índices de destaque depois da divulgação do IPCA de setembro.

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Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: 0,0%) após a leve realização de lucros da véspera, quando os índices recuaram de máximas históricas. Investidores seguem cautelosos diante da continuidade do shutdown do governo americano, que já dura nove dias, e aguardam o início da temporada de resultados corporativos na próxima semana, liderada por JPMorgan e Citigroup. O mercado também aguarda o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que ganha destaque em meio à escassez de dados oficiais.

Na Europa, as bolsas operam estáveis (Stoxx 600: 0,0%), após sinais iniciais de trégua no Oriente Médio com o governo de Israel aprovando o primeiro estágio do acordo de paz proposto por Donald Trump, que prevê cessar-fogo e libertação de reféns. O setor de defesa recua -0,7%, enquanto mineradoras também caem diante das novas restrições chinesas à exportação de terras-raras. Entre os destaques corporativos, a Comissão Europeia prepara uma ação contra a Itália por impor restrições à aquisição do Banco BPM pela UniCredit.

Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -2,0%; HSI: -1,7%), pressionadas por realizações no setor de tecnologia. Na Ásia, os mercados encerraram mistos. O Kospi da Coreia do Sul disparou 1,7%, com ações da Samsung e SK Hynix atingindo recordes, impulsionadas pelo otimismo em torno do acordo entre a OpenAI e a AMD. Já no Japão, o Nikkei 225 recuou 1,0% e o Topix caiu 1,9%, acompanhando a realização em Wall Street

IBOVESPA -0,31% |141.708 Pontos. CÂMBIO +0,58% | 5,37/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a quinta-feira em queda de 0,3%, aos 141.708 pontos, dando continuidade ao movimento de correção do índice, que acumula queda de 3,1% em outubro. O mercado permaneceu atento ao cenário político após a derrubada da MP 1.303 no Congresso Nacional e suas possíveis implicações para a política fiscal, especialmente a partir de 2026.

O destaque positivo do dia foi Weg (WEGE3, +4,8%), após um relatório de um banco de investimentos indicar que a renovação antecipada da concessão da Light (LIGT3, -1,0%) no Rio de Janeiro, caso aprovada, poderia beneficiar a companhia, ao impulsionar a demanda por suas soluções elétricas e industriais. Na ponta negativa, Brava (BRAV3, -5,1%) recuou em movimento técnico, estendendo as perdas recentes e acumulando queda de 15,6% desde 18 de setembro.

Para esta sexta-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação dos dados de expectativas do consumidor de outubro nos EUA.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com redução ao longo da curva. O movimento refletiu a derrubada da MP 1303 pelo Congresso, e a divulgação do IPCA de setembro (+0,48%), abaixo da expectativa do mercado (+0,52%), que contribuiu para o alívio nas taxas, com destaque para a desaceleração dos preços de serviços. No cenário internacional, o Hamas anunciou ter chegado a um acordo de cessar-fogo com Israel. No entanto, o governo israelense ainda discute a aprovação do acordo, que segue sem vigência. Além disso, o presidente Donald Trump sugeriu a possibilidade de impor novas sanções ao governo russo, em resposta à continuidade do conflito no leste europeu. Em um dia sem dados econômicos nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,60 (+1,6bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,14% (+2,0bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,02% (- 7,8bps); DI jan/29 em 13,34% (- 10bps); DI jan/31 em 13,6% (- 7,2bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou o pregão de quarta-feira com queda de 0,11%. O movimento foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho negativo dos fundos de tijolo, que recuaram em média 0,20% na sessão, enquanto os fundos de papel permaneceram estáveis. A correção do índice ocorreu mesmo diante do fechamento da curva de juros futura, reflexo da divulgação do IPCA de setembro, que veio abaixo das expectativas do mercado, e da derrubada da MP 1303 no Congresso.

Entre as maiores altas do dia, destacaram-se AIEC11 (1,0%), KISU1 (0,9%) e VRTM11 (0,9%). Já entre as principais quedas, figuraram TEPP11 (-2,2%), HGBS11 (-1,5%) e RBRP11 (-1,2%).

Economia

No cenário internacional, o mercado repercute o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, evento que derrubou as cotações de petróleo e ouro na sessão de ontem. Nos EUA, a agenda de indicadores segue pouco movimentada, devido ao shutdown. Destaque hoje para a divulgação da confiança do consumidor de outubro, medida pela Universidade de Michigan. O mercado projeta queda de 55,1 pontos no último mês para 54,0 pontos nesse. Além disso, projeta-se que as expectativas de inflação de 1 ano e de médio prazo se mantenham em 4,7% e 3,7%, respectivamente.

No Brasil, o IPCA de setembro avançou 0,48% m/m, tendo a inflação anual subido de 5,13% para 5,17%, influenciada pela alta de 10,3% nas tarifas de energia. Os alimentos registraram deflação, puxados por cereais, alimentos in natura e proteínas, enquanto a alimentação fora do domicílio teve alta menor que o esperado. Houve moderação nos preços de serviços e nos núcleos de inflação, especialmente nos serviços intensivos em mão de obra, que cresceram menos que o previsto. A inflação de bens industriais subiu levemente, com queda nos preços dos bens duráveis pelo terceiro mês consecutivo, e os preços monitorados subiram 1,87%, influenciados pela normalização dos preços de energia. Com isso, reduzimos nossa projeção para o IPCA de 2025 para 4,7% (antes 4,8%). Apesar da melhora, a inflação corrente permanece elevada e desafiadora, exigindo juros altos por mais tempo, com início do ciclo de cortes previsto para março e Selic a 12,00% no final de 2026.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)