31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil destaque para divulgação do IPCA de setembro

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Por Politica Real com agências
Publicado em
Mercados em estabilidade Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 09/10/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e n destaque da agenda econômica doméstica será a divulgação do IPCA referente ao mês de setembro.

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Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: 0,0%) após o S&P 500 ter renovado sua máxima histórica na sessão anterior. O índice acumula oito altas nas últimas nove sessões, enquanto o Nasdaq superou pela primeira vez o patamar dos 23 mil pontos, impulsionado por ações de tecnologia. A agenda segue esvaziada por causa do shutdown do governo, mas investidores acompanham falas do presidente do Fed, Jerome Powell, e de outras autoridades monetárias, além dos balanços de Delta Air Lines e PepsiCo, que serão divulgados antes da abertura.

Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,2%), pressionado por bancos após o HSBC anunciar uma proposta para privatizar sua subsidiária Hang Seng Bank, de Hong Kong, o que derrubou as ações da matriz em mais de 6%. O movimento pesou sobre o setor financeiro europeu, que cai 1,4% na sessão. O mercado também repercute a promessa do presidente francês Emmanuel Macron de nomear um novo primeiro-ministro nas próximas 48 horas, após a renúncia de Sébastien Lecornu.

Na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: +1,5%; HSI: -0,3%) após o feriado, liderado por mineradoras, em meio a novas restrições do governo às exportações de terras-raras. Na Ásia, o destaque foi o Japão, onde o Nikkei 225 saltou 1,8% e atingiu nova máxima histórica, impulsionado pelo avanço de 11% do SoftBank após anunciar a compra da divisão de robótica da ABB por US$ 5,4 bilhões. A empresa está reforçando sua estratégia de ampliar presença em inteligência artificial e robótica avançada.

Economia

Nos EUA, a ata do FOMC – comitê que decide o nível de juros – divulgada ontem, relativa à reunião de setembro, que alguns membros poderiam ter apoiado a manutenção dos juros naquele encontro, enquanto a maioria do comitê enfatizou riscos altistas para a inflação, mesmo diante da desaceleração do mercado de trabalho. O mercado estima 92% de chance de corte de juros na próxima reunião, dia 29 de outubro

IBOVESPA +0,6% | 142.145 Pontos.     CÂMBIO -0,1% | 5,34/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em alta de 0,56%, aos 142.145 pontos, refletindo volatilidade conforme o prosseguimento do cenário de discussão pertinente a MP 1303 após aprovação por comissão mista na noite de terça-feira, com o mercado fechando no positivo após a deterioração de um cenário de aprovação da MP. Ela foi rejeitada na votação, realizada pós-fechamento do mercado, retirando-a de pauta. Com isso, o texto perderá validade. No paralelo, o câmbio entregou parte dos ganhos, fechando em valorização de 0,11%. Em outras notícias, a ata do FOMC veio como esperado pelo mercado, citando riscos elevados de alta para a inflação e que os riscos de queda para o emprego estão altos e aumentaram.

As maiores altas do pregão foram Ultrapar (UGPA3, +5,54%) e B3 (B3SA3, +3,43%), frutos de um movimento técnico de recuperação após queda de 6,42% para Ultrapar e de 8,66% para B3 desde o fechamento de 30 de setembro. A maior queda foi Hypera (HYPE3, -5,02%), também influenciada pelo técnico, com a desvalorização desde 1º de outubro se intensificando em 8,98%.

Nesta quinta-feira, o destaque da agenda econômica doméstica será a divulgação do IPCA referente ao mês de setembro.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva.  No Brasil, o movimento foi influenciado pela rejeição da MP 1.303, que trata da tributação de alguns ativos antes isentos como proposta alternativa ao aumento do IOF. Assim, na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,09% (- 4,7bps); DI jan/29 em 13,42% (- 4,6bps); DI jan/31 em 13,64% (- 4,4bps). Já nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego recuaram além do esperado, indicando força no mercado de trabalho. Com isso, houve leve abertura nas taxas dos vértices curtos das Treasuries, enquanto os vértices mais longos ficaram estáveis ao longo do pregão, com os títulos de dois anos encerrando em 3,58% (+1,46bps) e os de dez anos em 4,12% (-0,92bps).

IFIX

O IFIX encerrou a quarta-feira com alta marginal de 0,05%, refletindo o desempenho positivo dos fundos de papel (0,20%), enquanto os fundos de tijolos apresentaram queda marginal de 0,04%. A movimentação foi influenciada pelo fechamento da curva de juros, motivada pela rejeição da MP 1.303.

Entre as maiores altas do dia, destacaram-se KNIP1 (+1,7%), HTMX11 (+1,7%) e HSAF11 (+1,6%). Já entre as principais quedas, figuraram URPR11 (-5,0%), BLMG11 (-1,9%) e RECR11 (-1,5%).

No Brasil, a Câmara dos Deputados decidiu retirar de pauta a Medida Provisória nº 1303/25, o que faz com que o texto perdesse a validade. Com a retirada, voltam a valer as regras anteriores, incluindo a alíquota de 15% para JCP, a alíquota de CSLL mais baixa para fintechs e a tributação diferenciada por prazo do investimento. O governo sinalizou que buscará alternativas para compensar a perda de receita e evitar cortes orçamentários no início de 2026.

Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação IPCA de setembro. Esperamos avanço de 0,51%, praticamente em linha com o consenso de mercado (0,52%). No acumulado de 12 meses, o IPCA deve acelerar para 5,20%, com destaque para os preços de energia, que devem subir em 10,50% por conta do fim do bônus de Itaipu. Na agenda internacional, sem indicadores relevantes.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)