31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil só se fala do telefone de Trump para Lula

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Por Política Real com agências
Publicado em
Mercados em estabilidade Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 07/10/2025). A Política Real teve acessso ao relatório “Moorning Call” da Xp Investimentos apontando que os mercados globais operam estáveis e no Brasil atenção são todas para as consequências da conversa de Lula com Donald Trump.

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Mercados globais

Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam estáveis (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: 0,0%) após Wall Street encerrar o pregão anterior em novas máximas, impulsionada pelo otimismo com fusões e aquisições e pela expectativa de cortes de juros pelo Fed. O rali foi liderado pela AMD, que avançou 23,7% no pregão anterior e sobe mais 3,8% antes da abertura do mercado, após o anúncio de um acordo com a OpenAI, que poderá adquirir 10% da fabricante de chips. O avanço dos índices ocorre mesmo com o prolongamento do shutdown do governo americano, que entra na segunda semana e mantém suspensa a divulgação de dados econômicos, como o payroll de setembro.

Na Europa, as bolsas seguem estáveis (Stoxx 600: 0,0%), mesmo em meio à crise política na França, após a renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, apenas 27 dias após assumir o cargo. O presidente Emmanuel Macron concedeu 48 horas para novas negociações com partidos rivais antes de decidir os próximos passos. O CAC 40 cai -1,3%, pressionado por bancos franceses, embora ações de luxo e da Renault mostrem recuperação parcial. Em destaque, Shell avança +1,7% após prever melhora no desempenho de sua divisão de gás, mesmo com uma provisão de US$ 600 milhões pela suspensão do projeto de biocombustíveis em Roterdã.

Na China, as bolsas permanecem fechadas por feriado, assim como na Coreia do Sul. No Japão, o Nikkei 225 encerrou estável após tocar nova máxima histórica, impulsionado pelo rali da AMD em Wall Street e pela força do setor de semicondutores. Os juros dos títulos japoneses subiram para os maiores níveis em décadas, com o yield do JGB de 30 anos atingindo 3,33%.

IBOVESPA -0,41% | 143.608 Pontos.  CÂMBIO -0,47% | 5,31/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a segunda-feira em queda de 0,4%, aos 143.608 pontos, continuando o movimento de correção do índice, mesmo após a repercussão positiva da conversa entre os presidentes Lula e Donald Trump. O que evitou uma queda maior do índice foram as ações da Vale (VALE3, +1,7%), após a companhia anunciar suas intenções de adquirir até a totalidade das debêntures participativas de sua 6ª emissão (veja aqui o comentário completo).

Enquanto isso, outras companhias do setor de Mineração & Siderurgia foram os destaques positivos do dia, como CSN (CSNA3, +6,5%), CSN Mineração (CMIN3, +3,4%) e Usiminas (USIM5, +3,4%). Os nossos analistas da XP publicaram a prévia para os resultados do 3T25 para o setor (veja aqui mais detalhes), apresentando um tom mais positivo para CSN e uma perspectiva mais cautelosa para Usiminas. O destaque negativo do dia foi Raízen (RAIZ4, -4,0%), continuando a tendência negativa do papel em meio ao processo de reestruturação da companhia devido ao seu alto nível de alavancagem.

Nesta terça-feira, a agenda econômica doméstica inclui publicações do IGP-DI e os dados de vendas de automóveis, ambos referentes a setembro.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, o movimento foi influenciado pela valorização do real frente ao dólar, o que contribuiu para a redução das taxas, mesmo diante da alta dos rendimentos dos Treasuries.

Nos EUA, a continuidade da paralisação do governo seguiu pressionando os juros, com os títulos de dois anos encerrando em 3,59% (+5,16bps) e os de dez anos em 4,15% (+6,65bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,1bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,11% (- 1,9bps); DI jan/29 em 13,37% (- 5,8bps); DI jan/31 em 13,57% (- 4,4bps).

IFIX

O IFIX encerrou a segunda-feira com queda marginal de 0,06%, em um pregão marcado pela oscilação do índice e mesmo diante do movimento de fechamento da curva de juros futura, influenciado pela valorização do real frente ao dólar. Esse cenário refletiu no desempenho negativo dos fundos de tijolo, que recuaram 0,10%, enquanto os fundos de papel registraram alta marginal de 0,04%.

Entre as maiores altas do dia, destacaram-se CACR11 (+2,4%), TRBL11 (+1,9%) e KNIP11 (+1,6%). Já entre as principais quedas, figuraram HSAF11 (-2,1%), ITRI11 (-1,1%) e LIFE11 (-1,0%).

Economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem ter gostado da conversa por telefone com o presidente Lula. Pelas redes sociais, Trump disse que a conversa com o líder brasileiro focou em economia e comércio, além de sinalizar novas discussões e que se encontrarão em um futuro “não tão distante, no Brasil e nos Estados Unidos”. Mais cedo, o Palácio do Planalto divulgou um comunicado sobre a ligação, afirmando que Lula solicitou ao governo americano a retirada da tarifa aplicada a produtos brasileiros e as sanções contra autoridades. Durante a conversa, Trump designou o Secretário de Estado, Marco Rubio, para dar continuidade às negociações.  

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)