31 de julho de 2025
INDÚSTRIA

Produção industrial avançou 0,8% em agosto de 2025, informa PIM Brasil do IBGE

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,4%)

Por Política Real com assessoria
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Números da indústria de agosto de 2025 Foto: site do IBGE

(Brasília-DF, 03/10/2025). Na manhã desta sexta-feira, 03, o IBGE divulgou a sua PIM Brasil, a pesquisa da produção industrial nacional referente a agosto de 2025 que cresceu 0,8% frente a julho, na série com ajuste sazonal.

Em relação a agosto de 2024, na série sem ajuste, houve redução de 0,7% O acumulado no ano foi de 0,9% e o dos últimos 12 meses chegou a 1,6%.

Na passagem de julho para agosto de 2025, três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 25 ramos industriais pesquisados apontaram avanço na produção. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,8%) e produtos alimentícios (1,3%), com a primeira acumulando expansão de 28,6% em quatro meses consecutivos de crescimento; e as duas últimas marcando dois meses seguidos de avanço na produção, período em que acumularam ganhos de 2,7% e 2,4%, respectivamente.

Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de impressão e reprodução de gravações (26,8%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,8%), de produtos diversos (5,8%), de outros equipamentos de transporte (4,4%) e de bebidas (1,7%).

Por outro lado, entre as nove atividades que apontaram queda na produção, produtos químicos (-1,6%) exerceu o principal impacto na média da indústria e interrompeu três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 2,4%. Outras influências negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (-2,2%), de produtos de madeira (-8,6%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-3,6%) e de indústrias extrativas (-0,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (1,0%), bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) e bens de consumo duráveis (0,6%) assinalaram as taxas positivas em agosto de 2025, com a primeira marcando o sétimo resultado positivo consecutivo e acumulando nesse período ganho de 3,8%; a segunda registrando avanço de 1,1% em dois meses seguidos de crescimento na produção; e a última intensificando o ritmo de expansão frente aos resultados de julho (0,3%) e junho (0,2%) de 2025. Por outro lado, o segmento de bens de capital, ao recuar 1,4%, mostrou a única taxa negativa em agosto de 2025 e intensificou a perda verificada no mês anterior (-0,2%).

Média móvel trimestral varia 0,3% no trimestre encerrado em agosto

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em agosto de 2025 frente ao nível do mês anterior, após registrar quedas em julho (-0,2%) e junho (-0,4%), quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2025. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens intermediários (0,5%) e bens de consumo duráveis (0,4%) assinalaram as taxas positivas em agosto de 2025, com a primeira permanecendo com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em janeiro de 2025; e a segunda interrompendo dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 1,9%.

Por outro lado, os segmentos de bens de capital (-0,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) apontaram os resultados negativos nesse mês, com o primeiro marcando a quarta queda seguida e acumulando nesse período redução de 1,9%; e o segundo permanecendo com a trajetória descendente iniciada em março de 2025.

Acumulado no ano cresce 0,9%

No índice acumulado para janeiro-agosto de 2025, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 0,9%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 25 ramos, 44 dos 80 grupos e 52,0% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por indústrias extrativas (3,9%), máquinas e equipamentos (6,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,6%) e produtos químicos (2,6%). Outras contribuições positivas relevantes foram assinaladas pelos ramos de metalurgia (3,0%), de produtos têxteis (10,7%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (9,1%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-agosto de 2024, entre as dez atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito meses de 2025 mostrou maior dinamismo para os segmentos de bens de consumo duráveis (4,8%) e de bens intermediários (2,2%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de automóveis (5,7%), no primeiro; e de óleos brutos de petróleo, no segundo. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 2,9%, registrou o recuo mais elevado no índice acumulado no ano, pressionado, principalmente, pela redução verificada na produção de álcool etílico. O setor produtor de bens de capital (-0,1%) também assinalou taxa negativa no índice acumulado do período janeiro-agosto de 2025.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)