Benjamin Netanyahu, falando para um plenário da ONU que se esvaziou, diz que todos "Odeiam a todos nós da mesma forma”; ele só foi aplaudido pela comitiva dos EUA
O primeiro-ministro israelita exibiu um mapa que mostrava aquilo a que chamou de "a maldição do eixo terrorista do Irã"
Publicado em
Com agências
( Brasília-DF, 26/09/2025). Nesta sexta-feira, 26, em Nova York, na Assembleia Geral da ONU as delegações da maioria dos países, incluindo o Brasil, abandonaram o plenário assim que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, subiu ao púlpito. O israelense ainda foi vaiado por parte dos presentes.
Ordem na sala
Quando Netanyahu iniciou seu discurso, os delegados foram chamados à ordem: "Ordem na sala, por favor!", pediu o mestre de cerimônia.
Diante de uma sala praticamente vazia, um momento histórico nas Nações Unidas, Benjamin Netanyahu afirmou que os inimigos de Israel são os inimigos de todo o mundo, inclusive de seu maior parceiro, os Estados Unidos.
"Odeiam a todos nós da mesma forma. Eles querem arrastar o mundo moderno para o fanatismo".
O primeiro-ministro israelita exibiu um mapa que mostrava aquilo a que chamou de "a maldição do eixo terrorista do Irã", afirmando que grande parte dos representantes de Teerão tinham sido dizimados pelas forças armadas israelitas.
Em Nova Iorgue, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dirigiu-se diretamente aos reféns detidos pelo Hamas em Gaza, dizendo: "Não vos esquecemos".
"Não descansaremos enquanto não os trouxermos todos para casa", afirmou Netanyahu em hebraico e inglês, dizendo ao Hamas que "deponha as armas" e liberte já os reféns.
"Israel vai perseguirp-los", avisou Netanyahu na Assembleia Geral das Nações Unidas.
A delegação dos EUA destoou do protesto: permaneceu no local e chegou a aplaudir Netanyahu de pé. Ignorando o ato, o premiê abriu o discurso com críticas ao Hamas e exigiu a libertação imediata dos reféns israelenses sequestrados em 7 de outubro de 2023.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chamou atenção na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ao aparecer com um código QR estampado em seu paletó. O código direciona a um site com informações sobre o ataque de militantes palestinos em 7 de outubro de 2023.
Outra novidade foi a transmissão do discurso por altifalantes na Faixa de Gaza, onde o conflito se prolonga há quase dois anos e dezenas de israelenses seguem em cativeiro.
Em 2023, Israel sofreu uma ofensiva sem precedentes do Hamas, que incluiu disparos maciços de foguetes e a tomada de mais de 200 reféns. Como resposta, Tel Aviv lançou a operação Espadas de Ferro, com bombardeios, bloqueio total de Gaza e restrição de energia, água, alimentos e medicamentos.
( da redação com Ag. Brasil e Sputnik /News. Edição: Política Real)