CPMI INSS: Economista Rubens Oliveira Costa nega que fez pagamento e propina, mas Alfredo Gaspar pediu sua prisão; Careca do INSS confirmou que vai depor na quinta-feira
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(Brasília-DF, 22/09/2025) Esta segunda-feira, 22, foi dia de trabalho na CPMI do INSS oportunidade em que o colegiado ouviu o economista Rubens Oliveira Costa.
Rubens Oliveira Costa negou que tenha participado do esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas e de ter sido sócio de empresas de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso no último dia 12.
“Jamais ordenei, operei ou participei, conscientemente, do pagamento de qualquer propina. Deixei o cargo de administrador financeiro no início de 2024, antes de ter conhecimento da existência de inquéritos criminais envolvendo o meu nome”, declarou Costa, ao reconhecer ter prestado serviços a Antunes de junho de 2022 a março de 2024.
Amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), Costa, qeu foi ouvido como testemunha, preferiu não assinar o termo de compromisso para falar a verdade e usou o direito de permanecer em silêncio diante de algumas perguntas.
O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), pediu a prisão do economista Rubens Oliveira Costa.
“Esta CPMI não vai ser o local para a impunidade, se ele é laranja pouco me importa. Derrubando uma laranja podre, a gente termina alcançando o bicho que está apodrecendo as laranjas. Este cidadão participou de crimes gravíssimos contra aposentados e pensionistas, continua na impunidade, continua praticando crimes e se encontrando com outros investigados (...) para evitar a fuga e a prática de novos crimes e pelo flagrante do crime de ocultação documental diante de uma investigação em curso, peço a decretação da prisão preventiva “, disse o relator.
Para o relator, o depoente pode ser preso em flagrante, por “visível ocultação documental”, pelo presidente da CPMI, o senador Carlos Viana (Podemos-MG). Viana disse que o requerimento do relator deve ser votado ainda na reunião de hoje e que o pedido de prisão preventiva será direcionado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Quanto à possibilidade de prisão em flagrante, Viana disse que decidirá até o final do depoimento.
“Mentir ou omitir na CPMI pode ocasionar prisão em flagrante “, advertiu Viana.
Na avaliação de Gaspar, “a organização criminosa continua livre para agir em outras frentes”. Ele listou várias empresas para as quais o depoente trabalhou em parceria com Antônio Carlos Camilo Antunes, o ‘Careca do INSS, e que movimentaram milhões de reais de maneira atípica em 2023 e 2024.
O requerimento do relator foi apoiado por parlamentares, como o senador Sérgio Moro (União-PR).
CARECA
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), informou que Antônio Carlos Camilo Antunes deverá depor na comissão na quinta-feira ,25.
Apelidado pela imprensa de "Careca do INSS’", Antunes foi preso pela Polícia Federal no âmbito da investigação sobre o esquema de descontos ilegais de aposentados e pensionistas. De acordo com Carlos Viana, a comissão está negociando o depoimento com o advogado de Antunes.
A convocação do "Careca do INSS" foi uma das mais solicitadas pelos parlamentares. Ao todo, foram apresentados 14 requerimentos com esse objetivo, incluindo do próprio presidente da CPMI e do relator, deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL).
Em um desses requerimentos, o REQ 35/2025, o senador Izalci Lucas (PL-DF), classifica o depoimento de Antunes como "medida inarredável e de urgência" diante das investigações que, segundo Izalci, apresentam o lobista como o "epicentro operacional" do esquema criminoso.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)