31 de julho de 2025
REFORMA TRIBUTÁRIA

Depois que empresas de tecnologia passaram a dizer que o novo sistema de notas fiscais vai inviabilizar o setor, Bernard Appy diz que vai haver “bom senso” e critica quem usa de terrorismo

Appy em evento sobre a Reforma Tributária no escritório Schneider Pugliese Advogados, em São Paulo

Por Política Real com assessoria
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Barnard Appy, Secretário Especial de Reforma Tributária do Ministéri da Fazenda Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 12/09/2025) Representares do setor de streaming e serviços de tecnologias estão viabilizando em diversos veículos informando que o novo sistema de notas fiscais proposto na reforma tributária de consumo irá inviabilizar o setor deles.

Nesta sexta-feira, 12, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou que a migração para o novo sistema de tributação do consumo não exigirá das empresas nada que não seja plenamente viável em termos operacionais.

“Vai ter bom senso”, enfatizou Appy. “Não vai haver nenhuma mudança feita sem bom senso. Tudo o que for exigido será viável em termos operacionais”, acrescentou o secretário do Ministério da Fazenda durante participação em evento sobre a Reforma Tributária no escritório Schneider Pugliese Advogados, em São Paulo.

Appy fez essas afirmações ao comentar que reportagens e artigos publicados recentemente apontam um suposto risco de inviabilização de negócios em razão da necessidade de emissão de documentos fiscais individualizados para cada operação, o que incluiria, por exemplo, os motoristas de aplicativos e de serviços de entregas de refeições.

“As plataformas já vieram falar com a gente”, relatou Appy. “Estamos avaliando como fazer. Agora, trabalhar nessa linha de terrorismo é ruim. Nossa linha é a do bom senso. Ninguém vai pedir nada que não seja viável operacionalmente ou em prazo inviável”, acrescentou.

Segundo Appy, estão sendo avaliadas as melhores alternativas para racionalizar a emissão de documentos fiscais pelo setor. “Em hipótese alguma haverá caos em 2026 por conta das obrigações acessórias decorrentes da Reforma Tributária”, assegurou o secretário. As plataformas não terão que emitir “bilhões” de notas, a partir de 1º de janeiro de 2026, frisou Appy.  

Receita Federal

A Receita Federal ressaltou nesta sexta-feira que está em constante diálogo com o setor, reafirmando que não serão exigidas obrigações acessórias sem que seja disponibilizado um período antecedente necessário para a adaptação dos sistemas das empresas, quando isso se fizer necessário.

O sistema da Receita Federal já está em fase de testes do piloto, com participação de até 500 empresas parceiras. De acordo com a Receita, “o ano de 2026 continuará sendo de testes e ajustes, garantindo uma transição segura e tranquila”.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)