DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil os mercados atentos a Primeira Turma do STF
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(Brasília-DF, 09/09/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil sem índices de destaque com o mercado atento ao Supremo Tribunal Federal.
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Nesta terça-feira, os futuros nos Estados Unidos operam próximos à estabilidade (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,2%). Em destaque, ações da Fox caem 3% após Lachlan Murdoch assumir controle do grupo após acordo familiar, enquanto Dell recua 2% com a saída da CFO Yvonne McGill. Investidores aguardam os dados de inflação desta semana (PPI e CPI), que podem ser determinantes para a decisão do Fed na semana que vem.
Na Europa, as bolsas avançam (Stoxx 600: +0,2%), impulsionadas pela disparada da Anglo American (+8%) após anunciar fusão com a canadense Teck Resources, criando a Anglo Teck. O noticiário político segue no radar após a queda do premiê francês François Bayrou em voto de confiança na segunda-feira, forçando o presidente Emmanuel Macron a indicar um novo primeiro-ministro — o quinto em menos de dois anos.
Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: +1,2%; CSI 300: -0,7%). O índice de Hong Kong tocou o maior nível desde 2021, sustentado por ganhos em tecnologia, enquanto o CSI 300 recuou. No Japão, o índice recuou em meio à renúncia do premiê Shigeru Ishiba, com expectativas de estímulos fiscais sob novo governo.
IBOVESPA – 0,59% | 141.792 Pontos. CÂMBIO + 0,07% | 5,41/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em queda de 0,6%, aos 141.792 pontos, em um dia de agenda mais esvaziada, e após ter renovado sua máxima histórica na última sexta-feira (5).
A ação da Raízen (RAIZ4, +5,5%) teve alta, após a companhia reiterar que avalia a entrada de novos investidores em conjunto com seus controladores. Na ponta negativa, BRF (BRFS3, -4,4%) e Marfrig (MRFG3, -3,5%) recuaram em movimento técnico. Na sexta-feira, o Cade aprovou a fusão entre as duas companhias, cujos papéis passarão a ser negociados sob o ticker MBRF3 a partir de 23 de setembro.
Para esta terça-feira, destaque para a divulgação dos dados de inflação ao produtor e ao consumidor na China. Ao longo da semana, o mercado deve seguir monitorando o cenário político doméstico em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que será retomado.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com certa estabilidade ao longo da curva. No Brasil, houve volatilidade pela manhã, refletindo a desvalorização dos ativos argentinos em meio às incertezas políticas no país vizinho. Ao longo do dia, as taxas se acomodaram, acompanhando o alívio observado na curva americana. Nos EUA, os juros recuaram após declarações do secretário do Tesouro, Scott Bessent, e do diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, reforçando a defesa por cortes na taxa básica. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,49% (-2,39bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,04% (-3,40bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,4bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,95% (+1,6bps); DI jan/29 em 13,19% (inalterada 0bps); DI jan/31 em 13,49% (- 2,6bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana com alta de 0,29%, renovando sua máxima histórica aos 3.509 pontos. O movimento ocorreu em um dia sem grandes eventos domésticos diretamente ligados ao setor, marcado pela estabilidade da curva de juros no Brasil e pelo alívio nas taxas norte-americanas.
No desempenho setorial, tanto os fundos de tijolo quanto os de papel registraram resultados positivos na sessão, com altas médias de 0,33% e 0,24%, respectivamente. Entre as maiores valorizações do dia, destacaram-se KORE11 (4,2%), URPR11 (2,3%) e PVBI11 (2,2%). Já entre as principais quedas, figuraram DEVA11 (-3,3%), CACR11 (-2,6%) e SNFF11 (-1,7%).
Economia
O primeiro-ministro francês, Francois Bayrou, deve apresentar sua renúncia ainda hoje ao presidente francês, Emmanuel Macron, após os parlamentares votarem contra o voto de confiança, sinalizando perda de apoio do Parlamento. A votação foi convocada pelo próprio Bayrou, em resposta à forte resistência enfrentada por seu plano fiscal, que previa medidas de austeridade no valor de 44 bilhões de euros. Agora, Macron deve anunciar um novo ministro.
Na agenda internacional, o destaque fica para os dados de inflação na China. O mercado espera queda de 2,9% nos preços ao produtor e estabilidade para os preços ao consumidor na comparação interanual.
No Brasil, será retomado o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)