31 de julho de 2025
MERCADOS

INFLAÇÃO: Mercado está esperando deflação na divulgação do IPCA na semana que vem

Por Política Real com assessoria
Publicado em
Deflação à vista Foto: Portal Contábil

Com assessoria.

(Brasília-DF, 05/09/2025). Neste final da semana tivemos mais informações sobr eo comportamento da inflação, como os números do Dieese/Conab mas durante a semana chamou atenção a expectativa do mercado. Na quarta-feira, 10, será divulgado o IPCA de agosto, pelo IBGE.

Setores do mercado estão esperadno deflação de -0,17% no IPCA de agosto , após o recuo de -0,14% no IPCA-15 do mesmo mês. Em 12 meses, a taxa deve desacelerar de 5,23% em julho para 5,17% em agosto.

No grupo Transportes,  a gasolina, com expectativa de mais uma leitura negativa de -0,55% em agosto, após -0,34% em julho e -0,66% em junho. No mesmo grupo, o resultado, por metodologia, repetirá o valor para passagem aérea (-2,59%) do IPCA-15 de agosto.

Para Energia Elétrica, setores do mercado estimam -4,85%, considerando a bandeira vermelha 2, bônus de Itaipu e também os reajustes tarifários: 4,25% em Belém (-6,47%) a partir de 07/08; 13,97% em uma concessionária de São Paulo (-0,88%) desde 04/07; 1,97% em Curitiba (-6,19%) vigente desde 24/06; 14,19% em Porto Alegre (-8,38%) a partir de 19/06; e redução de 2,16% no Rio de Janeiro (-6,49%) desde 17/06.

Já em Vestuário, o movimento deve inverter a deflação de julho (-0,54%): com a troca de coleções, projetamos alta de +0,36%. Em Educação, seguem as pressões sazonais típicas do período de reajuste escolar, com alta estimada em +0,75% no mês.

Em Alimentação no domicílio, a tendência deflacionária deve se intensificar, com queda projetada de -0,94% após -0,69% em julho e -0,43% em junho. O recuo deve ser puxado por carnes (-0,35%), hortaliças (-1,11%), leguminosas (-2,96%) e tubérculos (-9,86%). Os alimentos in natura, em queda desde maio, devem seguir em retração, em linha com nossa coleta proprietária, que aponta -3,12% no IPCA cheio de agosto.

O grupo de Saúde e cuidados pessoais deve contribuir para o alívio inflacionário, com alta moderada de +0,30%, 15 pontos-base abaixo de julho. Em Despesas pessoais, por outro lado, projetamos aceleração para +0,54% (vs. +0,76% em julho), refletindo a devolução de reajustes de loterias e tarifas de cigarros.

Também merece atenção a deflação esperada em automóveis novos (-0,65%), reflexo da implementação do IPI verde.

Os núcleos de inflação devem manter comportamento benigno. Em Serviços, esperamos +0,42%, abaixo de julho (+0,59%) e próximo a junho (+0,40%), com atenção ao contraste com o IPCA-15 (+0,55%). Em industriais, a deflação deve continuar, embora em ritmo mais suave: -0,02% em agosto, após -0,04% em julho.

De forma geral, setores do mercado fazem uma leitura bem-comportada, reforçando viés baixista para a inflação. Nossas projeções estão em 4,85% para 2025 e 4,50% para 2026, apontam consultorias.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)