DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil sem índices relevantes só se fala de anistia
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(Brasília-DF, 05/09/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil, sem índices e só se fala de anistia.
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Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,5%), com os investidores à espera do relatório de emprego (payroll) de agosto. O consenso aponta para criação de 75 mil vagas no mês e taxa de desemprego em 4,3%. O dado será determinante para calibrar as apostas sobre o corte de juros do Fed em setembro.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,3%), lideradas pelo setor de mineração (+1,2%). Em destaque, Orsted avança +3% após aprovação de acionistas para aumento de capital de US$ 9,4 bi, mesmo após reduzir guidance. A norueguesa Equinor participará do aporte para manter 10% de participação. No Reino Unido, as vendas no varejo subiram +0,6% em julho, e os preços de imóveis avançaram +0,3% em agosto, sugerindo resiliência da economia no início do 3T25.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,4%; CSI 300: +2,2%) acompanhando ganhos globais e após alívio em tensões tarifárias. O setor de semicondutores também foi destaque após comentários de Trump indicando tarifas sobre chips produzidos fora dos EUA.
Economia
Dados recentes continuam mostrando sinais mistos nos Estados Unidos. O índice de gerentes de compras do Institute for Suply Management para serviços mostrou uma alta inesperada para 52,0, bem acima da marca de julho de 50,1, indicando uma recuperação do setor. Por outro lado, dados de emprego do ADP mostraram uma criação líquida de 54 mil postos de trabalho, abaixo do valor de julho (106 mil) e da expectativa (73 mil). No Brasil, dados da balança comercial mostraram um superávit acima do esperado, com exportações puxadas por indústria extrativa e agricultura, enquanto as importações mostraram queda. No geral, os dados reforçam nossa projeção de superávit de US$ 66,5 bilhões, ligeiramente abaixo do ano anterior.
IBOVESPA + 0,81% | 140.993 Pontos. CÂMBIO -0,07% | 5,45/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira em alta de 0,8%, aos 140.993 pontos, em linha com os mercados globais (S&P 500, +0,8%; Nasdaq, +0,9%). O relatório ADP nos EUA veio abaixo do esperado pelo consenso de mercado, reforçando os sinais de desaceleração do mercado de trabalho americano. No Brasil, o cenário político segue no centro das atenções em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre as ações, a Cosan (CSAN3, +5,9%) teve alta, após a companhia afirmar que, em seu processo de melhoria da estrutura de capital, busca novos investidores para a Raízen (RAIZ4, +1,6%). Na ponta negativa, Brava Energia (BRAV3, -1,7%) recuou repercutindo a queda dos preços do petróleo (Brent, -0,9%).
Nesta sexta-feira, todos os olhos se voltam para a divulgação do relatório de empregos referente a agosto nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com leve fechamento ao longo da curva. No Brasil, além da influência do cenário externo, o mercado reagiu positivamente ao superávit comercial de US$ 6,1 bilhões, enquanto o leilão de prefixados do Tesouro, com juros em alta na comparação semanal, e os temores de retaliação americana ao julgamento de Bolsonaro limitaram a queda da curva.
Nos Estados Unidos, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,59% (-2,7bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,16% (-5,7bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,6bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,98% (- 1,6bps); DI jan/29 em 13,31% (- 1,3bps); DI jan/31 em 13,63% (- 1,4bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira com queda marginal de 0,02%. O movimento foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho dos fundos de tijolo, que apresentaram recuo médio de 0,10% na sessão, enquanto os fundos de papel andaram de lado.
Entre as maiores altas do dia, destacaram-se AIEC11 (3,1%), BTHF11 (1,8%) e SPXS11 (1,1%). Já entre as principais quedas, figuraram CACR11 (-5,0%), CCME11 (-1,5%) e BLMG11 (-1,4%).
Publicamos hoje nosso relatório Brasil Macro Mensal. Destacamos que o cenário global continua positivo para os mercados emergentes, puxada por China e Estados Unidos. No Brasil, a atividade econômica mostra desaceleração gradual e a inflação dá sinais de arrefecimento, embora os preços de serviços continuem pressionados. Nesse sentido, acreditamos que o ciclo de corte de juros só deve se iniciar no ano que vem, com reduções de 0,5 p.p. até atingir 12%.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)