No primeiro mês do tarifaço, exportações para Argentina cresceram 40,4 e caiu -18,5% para os Estados Unidos, mostram números da balança comercial de agosto
A balança comercial registrou superávit de US$ 6,13 bilhões , com crescimento de 35,8%, e a corrente de comércio aumentou 1,2%, alcançando US$ 53,59 bilhões.
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(Brasília-DF, 04/09/2025). Na tarde desta quinta-feira, 04, como já era esperado a Secretaria de Comércio Exterior, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) divulgou a Balança Comercial de agosto. No primeiro mês do tarifaço, exportações para Argentina cresceram 40,4 % e para os Estados Unidos caiu -18,5%.
Em Agosto/2025, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 3,9% e somaram US$ 29,86 bilhões. As importações caíram -2,0% e totalizaram US$ 23,73 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 6,13 bilhões , com crescimento de 35,8%, e a corrente de comércio aumentou 1,2%, alcançando US$ 53,59 bilhões.
No acumulado Janeiro/Agosto 2025, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 0,5% e somaram US$ 227,58 bilhões. As importações cresceram 6,9% e totalizaram US$ 184,77 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 42,81 bilhões , com queda de -20,2%, e a corrente de comércio registrou aumento de 3,2%, atingindo US$ 412,35 bilhões.
Em Agosto/2025, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 8,3% em Agropecuária, que somou US$ 6,66 bilhões; crescimento de 11,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 7,26 bilhões e, por fim, queda de -0,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,77 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce ( 17,9%), Soja ( 11,0%) e Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras ( 19,9%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados ( 5,2%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 4,9%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 18,0%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (56,0%), Bombas, centrífugas, compressores de ar, ventiladores, exaustores, aparelhos de filtrar ou depurar e suas partes (310,7%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (55,9%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-17,1%), Arroz com casca, paddy ou em bruto ( -37,1%) e Algodão em bruto (-37,1%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-18,6%), Minérios de alumínio e seus concentrados (-12,3%) e Minérios de metais preciosos e seus concentrados (-98,5%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-16,1%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-18,1%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-96,0%) na Indústria de Transformação.
Acumulado no Ano
No acumulado Janeiro/Agosto 2025, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 0,4% em Agropecuária, que somou US$ 52,93 bilhões; queda de -7,2% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 52,00 bilhões e, por fim, crescimento de 4,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 121,48 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (31,8%), Café não torrado (38,5%) e Especiarias (88,2%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (22,7%), Outros minérios e concentrados dos metais de base (38,6%) e Gás natural, liquefeito ou não (1.319.202%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (34,3%), Veículos automóveis de passageiros (62,7%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (63,2%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Milho não moído, exceto milho doce (-10,3%), Soja (-5,8%) e Algodão em bruto (-11,8%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-13,4%), Minérios de metais preciosos e seus concentrados (-85,4%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-4,9%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-26,7%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-18,7%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-11,9%) na Indústria de Transformação.
Argentina
As exportações para a Argentina, no mês de Agosto/2025, cresceram 40,4% e somaram US$ 1,64 bilhões. As importações diminuíram -11,7% e totalizaram US$ 1,03 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,61 bilhões e a corrente de comércio aumentou 14,4% alcançando US$ 2,67 bilhões.
No período acumulado de Janeiro/Agosto 2025, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina cresceram 51,2% e atingiram US$ 12,41 bilhões. As importações caíram -1,7% e chegaram US$ 8,30 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 4,11 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 24,4% totalizando US$ 20,71 bilhões.
China, Hong Kong e Macau
As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de Agosto/2025, cresceram 29,9% e somaram US$ 9,60 bilhões. As importações diminuíram -5,8% e totalizaram US$ 5,54 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 4,06 bilhões e a corrente de comércio aumentou 14,1% alcançando US$ 15,13 bilhões.
No período de Janeiro/Agosto 2025, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau caíram -3,0% e atingiram US$ 67,96 bilhões. As importações cresceram 15,7% e totalizaram US$ 47,71 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 20,25 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 3,9% somando US$ 115,68 bilhões.
Estados Unidos
As exportações para os Estados Unidos, em Agosto/2025, caíram -18,5% e somaram US$ 2,76 bilhões. As importações aumentaram 4,6% e chegaram a US$ 3,99 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -1,23 bilhões e a corrente de comércio registrou queda de -6,3% alcançando US$ 6,76 bilhões.
No acumulado de Janeiro/Agosto 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 1,6% e atingiram US$ 26,58 bilhões. As importações cresceram 11,4% e totalizaram US$ 29,97 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -3,39 bilhões e a corrente de comércio aumentou 6,6% chegando a US$ 56,55 bilhões.
União Europeia
As vendas para a União Europeia, caíram -11,9% e chegaram US$ 4,03 bilhões. As importações diminuíram -3,0% e totalizaram US$ 4,28 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num déficit de US$ -0,25 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -7,5% alcançando US$ 8,30 bilhões.
No período acumulado de Janeiro/Agosto 2025, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 1,3% e atingiram US$ 32,44 bilhões. As importações cresceram 4,6% e totalizaram US$ 33,51 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou déficit de US$ -1,07 bilhões e a corrente de comércio aumentou 2,9% somando US$ 65,95 bilhões.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)