31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil destaque para a balança comercial de agosto

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Por Política Real com agências
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Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 04/09/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da Xp Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil destaque para a balança comercial de agosto.

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Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,3%), após o rali da Alphabet na véspera ter sustentado ganhos no setor de tecnologia, mesmo com sinais de fraqueza no mercado de trabalho. O mercado acompanha hoje os dados do ADP de criação de empregos no setor privado, com expectativa de 75 mil vagas em agosto. O Payroll sai na sexta-feira e deve guiar a decisão do Fed sobre a trajetória de juros do Fed.

Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,4%). Entre os destaques, Sanofi despenca -10% após resultados abaixo do esperado em estudo de medicamento para dermatite. No campo político, os investidores seguem atentos à disputa sobre tarifas. Ontem à noite, Trump pediu à Suprema Corte para reverter a decisão que classificou a maior parte de suas tarifas globais como ilegais, e solicitou julgamento rápido ainda neste ano.

Na China, os mercados recuaram (HSI: -1,1%; CSI 300: -2,1%), enquanto outros mercados asiáticos avançaram após o rali do setor de tecnologia em Wall Street. O Nikkei, por exemplo, 225 subiu +1,5%, liderado por ganhos da SoftBank, Fujikura e Advantest.

Hoje, outros indicadores de atividade nos EUA estarão no centro das atenções, como os pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada, a geração de empregos no setor privado em agosto (relatório ADP), além das sondagens de serviços ISM e PMI, também referentes ao último mês.

IBOVESPA -0,3% | 139.864 Pontos.  CÂMBIO -0,4% | 5,45/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em queda de 0,3%, aos 139.864 pontos. O mercado seguiu adotando um tom cauteloso com o cenário político no centro das atenções em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. No lado macro, os dados de produção industrial de julho apresentaram contração, reforçando as perspectivas de desaceleração econômica ao longo do segundo semestre.

O destaque positivo do dia foi Cosan (CSAN3, +8,0%), após um relatório positivo de um banco de investimento e notícias de que o grupo estaria esperando propostas para vender uma participação na Raízen (RAIZ4, +5,0%). Já o destaque negativo foi Brava Energia (BRAV3, -3,0%), repercutindo a queda do preço do petróleo (Brent, -2,2%).

Nesta quinta-feira, atenções voltadas para o relatório ADP e o ISM de serviços nos EUA, ambos referentes a agosto.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com certa estabilidade ao longo da curva. Nos Estados Unidos, os dados do relatório Jolts vieram abaixo do esperado, e declarações de dirigentes do Fed destacando preocupações com o mercado de trabalho influenciaram os investidores a reforçarem as apostas de que o banco central poderá reduzir os juros ainda este ano.

Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram estáveis em 3,62% (-2,06bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,22% (-4,18bp). No Brasil, por um lado, a queda nos juros de países desenvolvidos trouxe alívio à curva doméstica. Por outro, o Tesouro Nacional realizou um leilão extraordinário de 4,5 milhões de NTN-Bs, fora do calendário regular, o que pressionou os juros reais e influenciou também as taxas nominais.

Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14% (+0,8bp); DI jan/29 em 13,33% (+0,8bp); DI jan/31 em 13,66% (+0,1bp).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou o pregão de quarta-feira em alta de 0,39%, aproximando-se de sua máxima histórica, registrada em julho. O movimento foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho dos fundos de tijolo, que apresentaram avanço médio de 0,52% na sessão, enquanto os fundos de papel registraram ganho médio de 0,35%.

Entre as maiores altas do dia, destacaram-se BLMG11 (14,5%), URPR11 (3,7%) e GZIT11 (2,7%). Já entre as principais quedas, figuraram CACR11 (-2,3%), BCRI11 (-1,1%) e KIVO11 (-1,0%).

Economia

As vagas de emprego nos EUA diminuíram em 176 mil em julho, totalizando 7,18 milhões, o menor nível desde setembro de 2024. Conforme publicado ontem no Jolts (Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade da Mão de Obra), havia mais desempregados do que posições disponíveis pela primeira vez desde a pandemia. O Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) corroborou o cenário de arrefecimento no mercado de trabalho. Segundo a publicação bimestral, que traz uma análise qualitativa das condições econômicas nos EUA, as empresas têm hesitado em contratar trabalhadores devido à demanda mais fraca ou à ampliação da incerteza no ambiente macroeconômico. Acreditamos que o Fed voltará a cortar juros em sua próxima reunião de política monetária (17/set).

No Brasil, a produção industrial recuou 0,2% em julho comparado a junho, em linha com as expectativas. O setor não registra crescimento mensal desde março. A nosso ver, a indústria ficará estagnada no curto prazo. As condições financeiras restritivas e os elevados níveis de estoques em diversas categorias continuarão a pesar sobre a produção manufatureira. Isto posto, a resiliência do mercado de trabalho (e a firme expansão da renda) tendem a evitar um ciclo recessivo no setor. 

Na agenda doméstica, destaque para a balança comercial de agosto, que deve mostrar alguns efeitos da elevação de tarifas pelo governo de Donald Trump.    

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)