DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em evolução e no Brasil será divulgada a produção industrial de julho
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(Brasília-DF, 03/09/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em evolução e no Brasil a produção industrial de julho.
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Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA avançam (S&P 500: +0,5%; Nasdaq 100: +0,7%) após decisão judicial em caso antitruste contra o Google trazer alívio para as big techs. Um juiz federal determinou que a Alphabet poderá manter o navegador Chrome, mas não poderá firmar acordos exclusivos de busca e terá de compartilhar dados. A decisão evita o pior cenário para a companhia e beneficia a Apple, que seguirá podendo pré-instalar o Google Search em seus iPhones.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,6%), revertendo o movimento negativo da véspera, quando preocupações fiscais elevaram os yields na região. Em destaque, as ações da Watches of Switzerland saltam 8% após atualização operacional e elevação de recomendação do Deutsche Bank. A empresa afirmou que não espera impacto material das tarifas de 39% impostas pelos EUA, já que parceiros ampliaram estoques, com exportações suíças de relógios crescendo 45% A/A em julho.
Na China, os mercados recuaram (HSI: -0,6%; CSI 300: -0,7%) após discurso do presidente Xi Jinping em cerimônia militar. O PMI de serviços subiu para 53,0 em agosto (anterior: 52,6), atingindo o maior nível em 15 meses com demanda doméstica mais forte e melhora nos pedidos externos.
Nos EUA, o ISM industrial subiu para 48,7 em agosto, indicando o sexto mês consecutivo de contração, com queda na produção e emprego, e estoques e pedidos em atraso diminuindo, refletindo demanda mais fraca e impactos das tarifas. Na Zona do Euro, o PPI avançou 0,4% m/m em julho, avançando 0,2% em doze meses, o que reforça inflação controlada e cenário de juros baixos pelo Banco Central Europeu. Hoje, destaque nos EUA para o Jolts e o Livro Bege do Fed, que trarão mais informações sobre o mercado de trabalho e a atividade econômica americana
IBOVESPA -0,67% | 140.335 Pontos. CÂMBIO +0,61% | 5,47/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em queda de 0,7%, aos 140.335 pontos, com o noticiário político no radar dos investidores em meio ao início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e a volta de temores de potenciais sanções dos EUA contra o Brasil ou empresas brasileiras. No lado macro, o PIB do 2T25 avançou 0,4%, ligeiramente acima das expectativas, mas ainda indicando um cenário de desaceleração gradual da economia.
O destaque positivo do dia foi Cosan (CSAN3, +3,3%), que avançou após relatório positivo de um banco de investimentos. Na ponta negativa, Banco do Brasil (BBAS3, -3,2%) recuou após o aumento de temores de que o Banco possa ser alvo de sanções.
Nesta quarta-feira, a agenda econômica inclui dados de produção industrial no Brasil e o relatório Jolts nos EUA, ambos referentes a julho.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com forte abertura dos vértices longos da curva. No Brasil, o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro elevou a incerteza dos investidores, diante da possibilidade de retaliação americana.
Nos Estados Unidos, a judicialização da demissão de Lisa Cook do Fed aumentou a cautela do mercado quanto à interferência política na autoridade monetária. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,64% (+2,1bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,26% (+3,0bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,5bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,99% (+5,2bps); DI jan/29 em 13,34% (+11,6bps); DI jan/31 em 13,67% (+11,5bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) interrompeu a sequência de oito altas consecutivas e encerrou a terça-feira com queda de 0,20%, pressionado pela abertura nos vértices longos da curva de juros. O movimento refletiu a atenção dos investidores ao cenário político, marcado pelo início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e pela retomada de preocupações sobre possíveis sanções dos Estados Unidos contra o Brasil.
No desempenho setorial, tanto os fundos de tijolo quanto os fundos de papel registraram variações negativas, com quedas médias de 0,21% e 0,15%, respectivamente. As maiores altas do dia foram URPR11 (2,3%), KISU11 (2,1%) e KNRI11 (1,9%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de KORE11 (-2,2%), HSML11 (-2,1%) e TGAR11 (-1,8%).
Economia
No Brasil, o PIB cresceu 0,4% t/t no 2T25, acima das expectativas, com destaque para a resiliência do setor de serviços e o desempenho robusto da agropecuária e indústria extrativa. Apesar da queda na indústria de transformação e construção civil, o mercado de trabalho aquecido e as transferências fiscais, como os pagamentos de precatórios, sustentam o consumo. A formação bruta de capital fixo recuou, e a absorção doméstica caiu levemente, enquanto o setor externo contribuiu positivamente no trimestre. Projetamos crescimento de 0,4% no 3T25 e 2,2% para o ano. Na agenda de hoje, teremos a produção industrial de julho.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)