31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil divulgação do resultado primário do governo central

Por Politica Real com assessoria
Publicado em
Mercados em estabilidade Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 28/08/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil destaque para divulgação do resultado primário do governo central, que deve apresentar déficit de R$ 58 bilhões.

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Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: estável; Nasdaq 100: -0,1%) após a divulgação dos resultados da Nvidia. A companhia superou as estimativas do 2T25 e projetou crescimento de vendas acima de 50% no trimestre atual, mas as ações recuam quase 2% no pré-mercado, pressionando o setor de chips (AMD e TSMC também caem). O mercado reage ao fato de a empresa não ter considerado vendas de H20 para a China no guidance, dado que a licença para exportação ainda depende da definição das tarifas de 15% impostas pelos EUA. Além disso, a baixa magnitude das surpresas positivas nos guidances aumentou a preocupação dos investidores de que o ritmo de investimento em inteligência artificial não seja sustentável.

Na Europa, as bolsas apresentam leve queda (Stoxx 600: -0,1%) após balanços e dados do setor automotivo. A francesa Pernod Ricard avança 5% mesmo após queda de 3% nas vendas anuais, citando demanda fraca na China. Já a britânica Drax despenca 11% após anúncio de investigação regulatória. No setor automotivo, as vendas de carros na União Europeia subiram 7,4% em julho, com destaque para o avanço de 291% da chinesa BYD, enquanto a Tesla recuou 34% nos registros de novos veículos no acumulado do ano na União Europeia.

Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: -0,8%; CSI 300: +1,8%), em movimento de recuperação após as recentes preocupações com tarifas. O CSI 300 atingiu 4.463 pontos, sustentado por ganhos no setor de tecnologia e otimismo em torno de maior liquidez.

Economia

A União Europeia considera impor sanções econômicas a compradores de petróleo russo, com o objetivo de pressionar Moscou por sua continuidade na guerra contra a Ucrânia. A medida segue os passos dos Estados Unidos, que aplicaram tarifas adicionais de 25% sobre a Índia pelo mesmo motivo, em vigor desde ontem.

No Brasil, o relatório do Caged mostrou criação líquida de 129,8 mil empregos formais em julho, em linha com a nossa projeção (XP: 130 mil; Mercado: 138 mil). Os baixos níveis da taxa de desemprego — nossa projeção de 6,0% para o final de 2025 tem viés de baixa — e o avanço contínuo dos salários reais devem persistir nos próximos trimestres, em nossa visão.

IBOVESPA +1,0% | 139.206 Pontos.  CÂMBIO -0,3% | 5,42/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou ontem em alta de 1,0%, aos 139.206 pontos. O destaque do dia foi a divulgação do Caged de julho, que veio ligeiramente abaixo das expectativas do consenso, reforçando a percepção de uma desaceleração mais gradual da economia. Nesse contexto, os ativos locais reagiram positivamente: o dólar recuou 0,3%, para R$ 5,42, e as pontas curtas da curva de juros fecharam.

Entre os destaques positivos do dia, Vibra (VBBR3, +4,1%) avançou em meio ao momento favorável da companhia, impulsionado pelos dados de distribuição de combustíveis da ANP que apontaram para um ganho relevante de market share. Pelo lado negativo, Auren (AURE3, -1,7%) recuou em movimento técnico em meio a um desempenho positivo acumulado de +14,9% no mês.

A agenda desta quinta-feira inclui dados de confiança do consumidor de agosto na Zona do Euro. Pela temporada internacional de resultados do 2T25, a Dell divulga seu balanço.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com leve fechamento da curva nos vértices mais curtos e abertura na ponta longa. Nos EUA, os ativos seguiram refletindo as expectativas de cortes de juros ainda neste ano, enquanto crescem as dúvidas sobre a autonomia da política monetária após as críticas de Donald Trump à diretora Lisa Cook. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,61% (-7,05bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,24% (-2,54bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,97% (- 1,2bps); DI jan/29 em 13,25% (+0,1bp); DI jan/31 em 13,61% (+2,4bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira praticamente estável, com leve alta de 0,04%, registrando a quinta valorização consecutiva, em um dia sem grandes eventos domésticos diretamente relacionados ao setor.

No desempenho setorial, os fundos de tijolo foram o destaque da sessão, com alta média de 0,08%, enquanto os fundos de papel recuaram, em média, 0,16%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se HGRE11 (1,9%), VIUR11 (1,3%) e PMLL11 (1,3%). Já entre as principais quedas, figuraram URPR11 (-2,7%), BROF11 (-2,6%) e PATL11 (-2,4%).

Na agenda doméstica, destaque para a divulgação do resultado primário do governo central, que deve apresentar déficit de R$ 58 bilhões. Conheceremos também o IGP-M de agosto. Nos Estados Unidos, a segunda estimativa do PIB e pedidos semanais de seguro-desemprego serão divulgados. Por fim, o mercado deve seguir repercutindo a tensão entre o presidente Donald Trump e o Fed (banco central).

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)